Preludio de Batalha

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Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então

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Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então.

Não era apenas o fato dela estar em sua cama que fez com que Tarquin soubesse que estava sonhando. Era o fato daquela ser Valkyrie, deitada apenas com uma camisola preta de seda se moldando a aquelas curvas que eram além de espetaculares, e o fato dela estar o esperando. As luzes do pôr do sol entravam pelas frestas nas cortinas e flamejavam sobre aqueles cabelos que pareciam sangue, a pele pálida parecendo uma miríade de cores enquanto o vermelho, o rosa e o dourado se refletiam sobre ela. 

Um sorriso se desenhou nos lábios cheios dela enquanto seus olhos deslizavam por Tarquin. Aquele sorriso prometia os maiores prazeres - ou as maiores agonias. 

Vindo de Valkyrie poderia ser ambos. 

– Pequeno Senhor do Verão... – Ela cantarolou, enviando tensão por toda a coluna de Tarquin, o lembrando de quem ela era e do que era capaz. Todavia, ela virou o corpo na cama e ele não conseguiu se conter em observar o tecido da camisola subindo pelas pernas dela, se acumulando logo abaixo daquela bunda farta. – O que está fazendo apenas observando? 

Ele ergueu os olhos para as violetas que cintilavam em seus orbes e mandou o mundo para o inferno. Exatamente como fizera naquele maldito barco. Tarquin mal piscara e seu corpo já deslizava pela cama, cobria o dela e se acomodava entre as pernas grossas e firmes que se moveram para envolver o quadril dele e puxa-lo para mais perto. Para ela. Ele conseguia sentir o calor dela, ali, através da roupa. Seu baixo ventre esquentou e pulsou enquanto sua própria necessidade dela aumentava. 

Os olhos violetas estavam focados nos dele, os cabelos flamejantes espalhados pelos lençóis dele, mas nenhuma palavra foi dita naquele silencio pesado entre os dois que se odiavam, mas se desejavam. Os dedos dela subiram pelos músculos do braço de Tarquin, a pele clara dela em contraste com a sua negra, e as unhas sussurrando contra ele numa ameaça e numa promessa. 

Tarquin não fazia ideia de qual dos dois o excitava mais. 

Os dedos dela se entrelaçaram no cabelo dele, então Valkyrie o puxou para si. 

– Tarquin! – O Grão Senhor se levantou num sobressalto e observou a própria tenda com alarme e susto. 

Naila estava de braços cruzados na frente dele completamente ensopada. Ele pressionou os labios juntos para não sorrir, mas pelo olhar assassino que ela lhe dirigiu não conseguiu esconder a vontade de rir. Ela tinha que parar de acorda-lo no susto se não queria que sua magia reagisse. 

– O que houve, Naila? – Ele questionou se erguendo da cama confusamente. Os cabelos dele estavam relativamente emaranhados e Tarquin se colocou em puxar as mechas brancas para junto de um coque enquanto evitava encarar a prima. 

O sonho ainda estava muito vivido em suas pálpebras. 

– Varian está trancado com Amren na barraca transando e você está fazendo o mesmo no mundo dos sonhos. – Ela revirou os olhos e Tarquin engasgou, a encarando incrédulo. Ela ergueu as sobrancelhas e apontou para a virilha dele. Xingando, o Grão-Senhor enfiou uma almofada no colo e sentiu o calor se acumular no rosto. Naila foi quem se segurou para não rir agora. – Estamos em guerra, Tarquin. O inferno está explodindo no acampamento. 

The depths of the soulOnde histórias criam vida. Descubra agora