A cidade do brilho estelar

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 My life isn't perfect, but it does have perfect moments

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My life isn't perfect, but it does have perfect moments.

Tarquin sabia que estava sonhando, principalmente pelo fato daquilo ser uma memória da cabeça de outra pessoa. Ele sabia disso pois estava vendo tudo de um ponto baixo, os corredores eram escuros e a pedra sombria cheia de candelabros de prata cintilante e pura. Ele jamais vira aqueles corredores e a pessoa que corria por ele era uma criança de cabelos vermelhos que se divertia fazendo aquilo. A cena mudou depois de algum tempo para um quarto gigantesco aonde um casal estava com Valkyrie sentada diante de uma enorme penteadeira de ferro retorcido com um espelho enorme que refletia uma criança absurdamente encantadora. Valkyrie fora uma criança linda. Olhos violetas enormes, espessos cílios ruivos que davam um efeito impressionante e os cabelos estavam sendo puxados para trás com força pela escova na mão de uma Grã-feérica que parecia impaciente. 

Valkyrie tinha muito cabelo e a fêmea de cabelos escuros tentava domá-los num rabo de cavalo alto enquanto falava em tom de repreensão com a pequena menina. 

– Então não, você não pode me chamar de mãe e definitivamente não pode tentar abraçar o Rei de Hybern! – A fêmea finalizava falando e Valkyrie fez um beicinho pro reflexo. Levou um pequeno tapa na cabeça da escova de ferro e se encolheu. – É sério, garota. Eu e Dagdan somos Príncipes de Hybern. Nosso tio é o Rei. Você está sendo treinada para ir para o exército, para se tornar grande nele, então honre isso e pare de agir feito uma pirralha irritante.

Valkyrie apertou os lábios, mas Tarquin tinha consciência suficiente da mente dela para saber que algumas das perguntas eram feitas para irritar a fêmea. Uma típica criança endemoniada que Tarquin imaginara que ela fora. Ela estava se divertindo ao atormentar a Grã-féerica. 

– Então, eu não sou uma Princesa? – Havia certa provocação na voz de Valkyrie, mas as notas de insegurança podiam ser ouvidas. Os olhos escuros da fêmea encontraram os violetas de Valkyrie no espelho. Aquela era Brannagh, sobrinha do Rei de Hybern e gêmea de Dagdan, o macho deitado na cama as observando preguiçosamente. Ele ficou tenso com a pergunta.

– Não, você não é. – Brannagh disse bruscamente.

Dagdan saltou da cama imediatamente. Ergueu a garotinha nos braços e a jogou pro alto a pegando com um sorriso enorme no rosto. Valkyrie gritou uma risada e Brannagh revirou os olhos. Dagdan a segurou nos braços e apertou o nariz dela antes de falar com seriedade para ela. 

– Aqui você não é uma Princesa, mas em Prythian você é. – Ele declarou para ela que teve todo o rosto iluminado. Valkyrie era uma criança linda, definitivamente.

–Dagdan! – Brannagh arregalou os olhos em repreensão, mas o gêmeo sequer olhou para ela ao continuar falando com a garotinha. 

– Sua mãe se tornou Grã-Rainha de Prythian, mas antes de fazer isso ela se provou poderosa sendo uma General de Hybern. Você é sua Princesa, mas precisa se provar antes de ir para Reinar lá igual sua mãe fez. – Dagdan falava com um sorriso frouxo, como se fosse uma grande brincadeira, uma conspiração falsa, todavia a seriedade nos olhos dele indicava que nada daquilo era uma piada. –Em Hybern, minha pequena, nada é dado de graça. Tudo é conquistado. Se torne uma General, então você irá para Prythian ser a Princesa de sua mãe.

The depths of the soulOnde histórias criam vida. Descubra agora