CAPÍTULO 1
O CAÍDO3 de Março, numa tarde chuvosa. O funeral do meu pai, mau posso acreditar que ele realmente se foi. Ele foi assassinado em frente à nossa casa, por uma figura mascarada que o esfaqueou várias vezes, enquanto eu, fiquei ali. Parado. Congelado de medo. Eu fiquei sozinho, sem família para falar...
A polícia havia passado uma semana inteira me fazendo perguntas, segundo eles eram suspeitas as circunstâncias que cercam sua morte, embora não tivessem nada conclusivo.
Foi então que a amiga de longa vida do meu pai, Theresa, me acolheu e me deu um quarto em sua casa. Ela é muito gentil, tem uma grande casa e apenas outra adolescente morando com ela.Eu estava sofrendo e isso era tudo que eu era, todo o resto, as chances que me foram dadas, todas as promessas que tinha feito, tudo era dor.
E qual uso para a dor ? Que utilidade é ter tanta dor ? Não é digna, não é justa. E se não é digna e não é justa, então não serve para nada. Talvez seja melhor como nada. Se foi. Morto.Naquela noite, logo após o funeral, danificado e destruído, tinha tomado minha decisão, não queria mais me sentir assim. Foi quando fui até o banheiro sem que ninguém me visse, com uma das navalhas de barbear do meu pai, trancando a porta, foi então que eu caí de joelhos, colocando o metal no meu pulso. A borda arranhava de modo congelante, o sangue escorria na minha mão. Foi então que eu olhei pra cima. Para o meu pai. Disse a ele que estava arrependido, que sentia muito.
Eu estava de joelhos em Detroit, rezando, juntando finalmente minhas mãos, só sentia o sangue e o calor entre elas. Eu rezava, e ninguém... ninguém respondeu. Ninguém respondeu. Ninguém respondeu, foi quando percebi eu estava sozinho, como todos na cidade, lutando todos os dias tentando sobreviver a corrupção e a criminalidade, eu vi todos de Detroit, todos nós.
Todos estávamos de joelhos, com as mãos unidas, o sangue e o calor da lâmina entre elas. Nós rezamos, e ninguém respondia. Eu vi, e entendi, finalmente gentil e dignamente.Eu deixei a navalha cair, e entendi, estava feito, eu tinha feito, me rendi. Minha vida não era mais minha, e eu sussurrei... "Eu juro pelo espírito do meu pai vingar sua morte passando o resto da minha vida em guerra com os criminosos."
E foi isso a escolha de um menino. A escolha de morrer.
Logo depois, eu me ergui, limpei o sangue e cobri o ferimento com a manga da camisa. Saindo do banheiro, eu pude ouvir uma conversa entre Theresa e sua irmã Marie, no andar de baixo, estavam falando do meu pai, relembrando os bons momentos que passaram juntos. Foi quando ela desmoronou e confessou a irmã que não sabia o que fazer, ao que parece, meu pai havia se envolvido com criminosos que agora a pressionavam para cobrir sua dívida.Ao ouvir aquilo, decidi voltar para meu quarto. E iniciar minha própria investigação a cerca de seu assassinato.
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A Lenda do Cavaleiro das Trevas [FAMÍLIA]
Mystery / ThrillerApós presenciar a morte do pai, Damian faz uma promessa, de dedicar sua vida no combate ao crime em Detroit. É quando o garoto de apenas 16 anos, descobre que seu pai havia se envolvido com criminosos, o que o faz decidir investigar o assassinato de...