IV

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CAPÍTULO 4
A EMPRESA

Um novo dia nascia, mas eu não conseguia tirar aquela ligação da cabeça, o pior é saber que eu não podia fazer nada.

Desci ao primeiro andar e encontrei Theresa, sentada na bancada da cozinha, tomando café, preocupada.
- Theresa! - Disse me aproximando - Eu, não pude deixar de ouvir você ontem, ao telefone. Se houver alguma coisa que eu possa faz...
- Não, seu não iria querer você envolvido nisso. O que você pode fazer é me deixar lidar com isso.
- Tudo bem... eu entendo.
- Mas, mudando de assunto, o que você vai querer no almoço ?

- Não precisa se preocupar com isso, hoje depois da escola, eu vou pra casa do Scott e seguir a ideia que ele e a Marie me deram.
- Que ideia ? - Perguntou Theresa curiosa
- Iniciar uma empresa de tecnologia, e assim, juntar um dinheiro para a faculdade.
- Fico feliz em ouvir isso! Espero que se divirtam... mas agora, é melhor você se apressar ou vai se atrasar.
- Tem razão! - Disse começando a comer o café da manhã

Hoje na escola, eu iria lecionar a aula de física sobre eletricidade, então noite passada, montei uma miniatura de uma bobina de Tesla, para fazer uma demonstração. A aula foi bem produtiva, na classe estavam dos meus amigos Donna e Eve, que contribuíram bastante.
Terminada a aula, fui falar com Donna.

- Então, como eu fui ? - Perguntei
- Ótimo! Você fez um milagre aqui. Fez com que todos entendessem.
- Obrigado. E tem mais uma coisa, hoje depois da escola eu estou indo pra casa do Scott. Estamos iniciando uma empresa e... sua ajuda seria muito bem-vinda!
- Legal! Mas não sei se meus pai vão deixar, não é fácil convencê-los.
- Entendo. Bom, caso consiga vir estaremos te esperando. E... acho que agora é melhor irmos pra aula do Sr. White, ele não gosta que cheguem atrasado.

Na aula de química de hoje, nós teríamos de preparar para-cloro-anilina empregando ácido tricloroisocianúrico. Foi uma experiência bem extensa, além de complexa, porém foi interessante. Fiz dupla com Donna, o que facilitou em grande parte.

Quando o professor White estava terminando sua aula, o gerador da escola havia queimado, fazendo o prédio inteiro ficar sem energia. Isso nos fez ser mandados de volta pra casa.
Com tempo extra, fui com Scott até sua casa, a qual era vizinha a minha. A mãe dele tinha um porão imenso, que ela nos deixou usar.

O porão não tinha muita iluminação, mas ia servir para iniciarmos nossa empresa. O primeiro passo era pensar no que faríamos.
Foi então que o Scott me sugeriu criar um fone de ouvido que traduz idiomas em tempo real. Aquilo seria um verdadeiro desafio, mas continuamos com a ideia, ficamos horas trabalhando naquele projeto, e ao final daquela tarde, tínhamos conseguido a tradução do espanhol para o inglês, aquele era um imenso progresso e combinamos de eu vir de novo à casa dele amanhã e continuarmos o projeto.

Quando abri a porta de casa, pude ouvir de novo Theresa discutindo ao telefone. Pra mim já chega, precisava fazer alguma coisa a respeito, Theresa não iria concordar, mas tinha alguém que eu podia contar.
Eu fechei a porta e fui pra casa da Donna, que ficava depois da do Scott. Bati na porta e esperei alguém atender, esse alguém foi Donna, que percebeu minha preocupação.
- Damian, o que aconteceu ?
- Preciso falar com seu pai, é urgente! - Falei o que a fez abrir totalmente a porta, me deixando entrar

- Ele está ali. - Disse apontando para a sala de estar

- Sr. Dupin! - Disse chamando a atenção dos pais de Donna - Preciso da sua ajuda.
- O que aconteceu, Damian.
Expliquei o que estava aconteceu, falei a ele sobre as ligações e ao final fiz-lhe um pedido.
- ... E tem mais uma coisa, preciso que me leve a minha antiga casa. Acho que deixamos algo passar.

A Lenda do Cavaleiro das Trevas [FAMÍLIA]Onde histórias criam vida. Descubra agora