II

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CAPÍTULO 2
DAMIAN

Agora, 5 meses após a morte do meu pai, eu ia finalmente voltar a escola. Nesses 5 meses, eu havia aprendido vários ramos de engenharia e análise forense, além de ter continuado a investigar o assassinato do meu pai, embora não tivesse feito nenhum progresso. E ter me inscrito em uma aula de boxe.
Hoje vai ser meu primeiro dia de volta à escola. Vai ser bom ver meus amigos de novo.

Mas, melhor me apressar se quero chegar cedo.
Scott não tinha mandado nenhuma mensagem, não é preciso ser o maior detetive do mundo pra saber que ele ainda tá dormindo. Acho que vou ir à casa dele a caminho da escola.

Vesti uma camisa do Nirvana, um jeans azul-marinho e uma bota Mariner camurça café. Fui em direção a cozinha tomar o café da manhã, mas fui abordado pela outra adolescente que vivia na casa, enquanto descia as escadas, seu nome é Carrie e consegue redefinir os padrões de vadia. Primeiro por que ela trata todos como seus subalternos, além de se sentir confortável para andar por aí só de calcinha e com uma blusa que deixava seus seios a mostra, não que eu me importe, sinceramente após a morte do meu pai, eu fiquei tão focado na promessa que fiz que me desliguei do resto do mundo, mas é bem difícil não ouvir os comentários dos vizinhos.

Já eu, agora estou agora com 16 anos, um ruivo, com heterocromia, cerca de 1,95 m de altura e uma inteligência que deixaria muitos gênios no chinelo. Antes do ocorrido, eu era uma pessoa carinhosa, que se importava com tudo que as pessoas diziam, além de ter valores católicos. Porém após isso, eu havia me tornado anti-social, sem sentimentos, fria, determinada e implacável e com uma personalidade forte e sombria. Sendo agora um agnóstico com algumas características do budismo.

- Você não deveria estar na escola ? - Perguntou com uma cara que esculpia desprezo
- É você não deveria ter um emprego ? Ou acha que agir feito uma puta com todo mundo, se embebedar com seus amigos, chegar em casa às 3 da manhã fedendo a mijo e se masturbar no seu quarto o dia inteiro é um trabalho?

- !!! Oh, não acredito que está jogando este jogo comigo, espertinho.
- Se eu fosse você parava de tentar ser melhor que eu, porquê eu sei que vai falhar miseravelmente.
- Eu paro quando você parar de ouvir aquele rock depressivo.
- Nirvana não é depressivo!

- Não ? Até onde eu me lembro Kurt Cobain meteu uma bala na cabeça.
- Olha, acho que você já me fez perder muito tempo, então por que não se enfia logo no seu quarto e se fode. - Disse descendo às escadas enquanto ouvia ela indo resmungando até o quarto.

Quando cheguei à cozinha, vi Theresa ainda de pijama, ela é uma pessoa amável, bem diferente da possível filha dela, a Carrie. Nunca perguntei a ela se Carrie era sua filha, mas devido às semelhanças como o tom escuro de seus cabelos loiros volumosos e claro as semelhanças de seus rostos, eu poderia afirmar que elas têm algum parentesco.
- Bom dia, querido! Eu fiz um café da manhã para você. - Disse ela segurando uma xícara de café e um prato com torradas, bacon e ovos - Eu pensei que você gostaria de algo especial para seu primeiro dia de volta às aulas.
- Obrigado, T. Melhor eu comer logo, não quero me atrasar.

Eu tomei meu café da manhã rapidamente. Terminado, peguei minha mochila, coloquei um dispositivo que continha os livros digitalizados, feito a partir de um tablet quebrado. Um caderno, duas canetas e meu celular.
Antes de sair fui até Theresa e lhe dei um beijo na bochecha, como agradecimento. Foi então que ela me disse que a irmã, Marie, tinha uma máquina de fazenda que estava quebrada e queria que eu desse uma olhada.

Ao abrir a porta para ir à escola, me surpreendi ao ver Jim Dupin, o pai da minha amiga Donna e também o último policial honesto do DPD (Departamento de Polícia de Detroit), foi ele o policial que atendeu ao chamado do assassinato do meu pai.

A Lenda do Cavaleiro das Trevas [FAMÍLIA]Onde histórias criam vida. Descubra agora