Preparem os lençosE VOTEM
boa leitura🐍
______{Narrado por Shawn}
Há 7 anos....
Tudo que é bom, dura pouco.
Quem inventou essa frase deve ter sido um maldito gênio. Eu era um idiota por pensar que a normalidade que durou enquanto Lily estava grávida continuaria. Tinha resistido um pouco depois que ela deu à luz, há dois meses, e deixamos o hospital praticamente flutuando. Nas semanas que se seguiram, porém, as coisas começaram a se deteriorar um pouco a cada dia. Lily tinha problemas para dormir e ficou irritada. Mas tínhamos uma recém-nascida e, depois que voltei ao trabalho, ela fez a maior parte do trabalho acordando à noite. Então, quem não estaria cansada e irritadiça?
Com seis semanas, fomos ao seu exame pós-parto. Quando o médico perguntou sobre mudanças de humor e depressão, eu mencionei as mudanças em Lily, desde que ela respondeu que tudo estava ótimo. Mas o Dr. Larson apenas deu um tapinha na minha mão e me disse que um período de ajuste era normal. Os hormônios de Lily estavam voltando ao normal, ela tinha o estresse de uma nova maternidade, e Leilani parecia ter trocado os dias pelas noites. Eu saí me sentido esperançoso de estar preocupado em excesso.
As coisas começaram a piorar bastante nas próximas semanas. Lily ficou quase paranóica que algo ruim iria acontecer com o bebê. Ela nem queria que a enfermeira segurasse Leilani em seu exame de dois meses, alegando que não ela estava apoiando a cabeça o suficiente. Todos pareciam atribuir o comportamento a instintos maternais, uma hiperproteção que resultou dela tentando ser a melhor mãe que podia. Mais uma vez... fazia sentido.
Mas na última semana, tudo começou a se desfazer. Lily não conseguia dormir, tipo nunca. Ela estava fisicamente exausta, mas mal me permitia tocar o bebê. Ela alegava que Leilani gostava das coisas de certa maneira, e eu não estava fazendo certo. Mas tinha a sensação de que ela não confiava em mim perto da minha própria filha. Sua paranoia parecia se espalhar mais e mais a cada dia, e discutíamos sobre isso. De fato, ultimamente parecia que tudo o que fazíamos era discutir.
Sábado à noite, eu pretendia melhorar as coisas entre nós. Fiz o jantar favorito de Lily, estava uma noite linda, e ela sentou-se no convés dos fundos com o bebê nos braços, parecendo tranquila para variar.
— Você quer comer aí fora? — Eu perguntei, colocando minha cabeça para fora da cabine. — Ou devo preparar a mesa aqui?
— Eu não estou com fome.
Eu fiz uma careta.
— Você não comeu nada hoje.
— Eu não posso evitar se não estou com fome.
— Você precisa comer, Lily.
— Tudo bem. Vou comer um pouco.
— Dentro ou fora?
Ela encolheu os ombros.
— Em qualquer lugar.
Suspirei e entrei para servir a comida. Como tínhamos a cadeira de balanço de Leilani e uma dúzia de outras engenhocas dentro da cabine, imaginei que seria mais fácil comer lá. Coloquei tudo na mesa e levantei a cadeira vibratória favorita do bebê no banco entre onde nos sentaríamos.
— Entre. O jantar está na mesa.
Lily sentou-se com Leilani ainda aninhada em seus braços. Estendi a mão para pegá-la, e ela torceu abruptamente seu corpo para que eu não pudesse tocar no bebê.
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