MEU IRMÃO: a continuação.

acampamento

#Daniel

assim que eu dei um beijo na minha irmã, fiquei meio pensativo sobre aquilo e merda que eu fiz.

pai tinha chegando e eu pedi a ela que arrumasse minha mochila para ir comprar mais algumas coisas e mais uma barraca para irmos. E ela ficou arrumando as nossas coisa e fomos comprar a tal barraca, voltamos e já estava tudo pronto em cima do sofá, ela já estava pronta, com um rabo de cavalo, blusa de surfista com mangas longas, calça legue e um sapato esportivo, uma roupa apropriada para frio e fomos nos arrumar, quando desço as escadas já pronto, eu encontro Katryna se beijando com aquele babaquinha da escola dela. Na hora, eu senti uma vontade enorme de dar um soco nele, mas me contive e apenas dei uma aperto de mão.

entramos no carro e ela em nenhum momento olhou para minha cara. Começamos a subir a montanha e o seu "namoradinho" já estava um pouco mais na frente que ela, pelo que parece, a bolsa dela estava um pouco pesada. mas também , ela é pequena e fraca, como que ela quer levar uma tonelada de coisas numa bolsa se não aguenta o peso do próprio corpo.

- Victor!! - ela gritou

- oi? - o babaquinha respondeu voltando até ela.

- me ajuda com a bolsa? ela está muito pesada pra mim. - o jeitinho fofinho que ela pediu me deu uma vontade de dar um beijo nela.

- pow gata, a minha mochila também está pesada. Descansa um pouco aí, depois você sobe tá? - e ele voltou a subir e seguir o ritmo do nosso pai.

- espera aí! você vai me deixar aqui?

- você sabe o caminho. Descansa e depois você vai até a gente.

- mas a minha mochila ta muito pesada.

- a minha tambem. Pede pro seu irmão te ajudar.

Victor continuou subindo e ela se sentou em uma pedra grande que estava um pouco gelada, pois já estava um pouco próximo ao alto da montanha. Katryna estava suspirando pelo fato de está cansada, então resolvi deixar minha mochila no chão e dar um pouco da minha água para ela.

- Você está bem?- resolvi perguntar como que ela estava com aquela situação, e ela como sempre a irmã educada que tenho, me deu a resposta que eu já estava esperando

-resolveu dar uma de irmão preocupado agora? - ela estava bebendo a água que dei a ela e olhando para mim com raiva.

- não perguntei sobre seu cansaço. perguntei sobre seu namoradinho que te deixou aqui. - na mesma hora, ela engasgou com a água.

- eu não estou chateada.

- ah não?

- não. ele tinha os motivos dele, eu acho.

- ah é?

- é - ela continuava a beber a água, dando uma de sonsa como ela sempre faz, o que aliás ela faz muito bem que eu até acredito, as vezes.

- e qual motivo seria esse para não ajudar a namorada a subir com a mochila, sendo que é mais que óbvio que a mochila dele não está tão pesada quanto a sua?

Na mesma hora, ela não soube o que responder e ficou em silêncio por uns minutos, e eu como sempre, minha cara de deboche para cima dela não conseguiu disfarçar o quanto eu estava vendo percebendo que esse relacionamento dela não iria demorar muito tempo.

- ele é um ótimo namorado, e eu gosto dele. - acho incrível como ela procura desculpas e mais desculpas para esse namoro.

- bom saber que você gosta de ser tratada como uma ninguém pelo seu próprio namorado.

- e você?

- eu o que?

- parou pra pensar como você me trata?

E exatamente nesse momento, eu fiquei sem saber o que fazer porque sinceramente, eu não a trato da melhor maneira. Mas ela também não ajuda.

- eu tento ser legal com você, Katty.

- ah, tenta?

- tento. mas você é mesquinha e mimada. E eu...

- você é o que? compulsivo, estressado, temperamental? É. isso, eu sei!

Katty se levanta da pedra e fica com seu corpo próximo ao meu, me olhando e eu senti uma vontade de dar umas palmadas nela, mas apenas peguei minha mochila do chão, tirei umas coisas da mochila dela e coloquei na minha, sem dizer nenhuma "a", sai de perto dela e continuei a subir.

- você vem?

ela pegou a mochila e veio atrás de mim.

Quando chegamos lá, arrumei minha barraca e a dela, já estava anoitecendo quando terminei e começou a ficar frio, Katty entrou na barraca e começou a ventar muito, resolvi ver como que ela estava, quando abri a barraca, ela estava tremendo de frio.

- Katryna?

- oi

- você está bem? estou ouvindo você bater os dentes.

- vou ficar bem.

- quer que eu fique aqui por um tempo para você se esquentar? - Katryna não falou nada, apenas assentiu confirmando com a cabeça.

Eu peguei meu cobertor na minha barraca e fui para a dela, a cobri e ficamos abraçados de conchinha por um bom tempo, ela começou a se confortar seu rosto em meu antebraço, enquanto eu mesmo sem olhar, senti seu corpo bem colado ao meu, o que me deixou bastante excitado, mas ela estava morrendo de frio e eu não poderia pensar nisso logo agora, e principalmente com a minha irmã.

"cacete! Eu até tento não pensar nisso, tento evitá-la, mas fica cada vez mais dificil. Minha vontade de beijar a boca dela, me consome"

Então tento parar de olhar um pouco para ela, tento pensar em qualquer coisa, menos nela. Logo penso nos problemas da empresa, penso na mulher e vestido vermelho, penso no nosso pai que está na barraca ao lado e penso no bosta do namorado da minha irmã... E quando eu penso nele, percebo que alguém está abrindo a barraca bem devagar, e logo me afasto um pouco da Katryna achando que poderia ser o nosso pai, mas quando percebo.. é o babaquinha do namorado.

- O que você veio fazer aqui? - Daniel

- Ué, por que você está aqui? - Victor

sai bem devagar da barraca e fomos para fora discutir sem acordar a Katty.

- Katty estava com frio e ela me pediu para esquenta-la. Mas eu nem deveria está te dando satisfações, até porque eu sou irmão dela. Já você é apenas um passatempo.

- Você? que eu saiba, nem irmãos de sangue são...

Na mesma hora, dei um belo de um soco na cara dele, o joguei no chão, a raiva me consumiu e não percebi.

- Daniel! - Katty gritou comigo, ajudando o babaca do namorado dela a se levantar. - qual o seu problema?

- ué, ele me provocou! Eu não vou deixar ser ofendido por ele só porque é seu namoradinho de merda.

voltei para minha barraca e tentei dormir um pouco, mas a culpa estava me consumindo, pois fiquei pensando no que eu falei para Katty em relação ao namorado dela