o pesadelo

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Seokjin

Tirei o dia para fazer a faxina e organizar as coisas na minha nova casa, quando tudo estava limpo com cheiro de kiboa e sabão de limão, o sol já havia descido e a lua pairava no céu. Fui direto me deitar, já que não estava com muita fome e a preguiça e cansaço não colaboravam para descer até a cozinha e preparar no mínimo um lámen antes de ir dormir. 

Tomei uma ducha e me aconcheguei em minha cama, e assim que fechei os olhos me lembrei que não havia trancado a porta, analiso minha situação atual e visto que se eu levantasse iria dar de cara no chão, derrepente, acabei adormecendo me rendendo ao exaustão das tarefas iniciadas dês de cedo de manhã .

Namjoon on

O relógio apontava uma hora da madrugada e eu não sentia um resquício de sono, estava observando o lago azul escarlate refletindo o reflexo da lua cheia nas águas brilhantes e cristalinas. Minha vontade era de ler um livro e relaxar para ver se o sono aparecia, mas por algum motivo preferi apenas observar o lago, ouvir a melodia da água corrente, eu e meus ouvidos agradeciam por aquele momento lindo de paz e harmonia com o mundo.

Mas, para a minha infelicidade, o glorioso sossego da madrugada e o maravilhoso barulho de água corrente foram interrompidos por gritos altos estridentes e agoniantes que me fizeram tomar um grande susto, quase gritando com a pessoa que estava atrapalhando o meu silêncio.

Corri imediatamente para fora do cômodo e pegando uma faca que se encontrava em cima do balcão da coxinha, correndo para fora de casa ouço os mesmos gritos vindo da casa do novo morador, e sem pensar duas vezes, adentro a moradia alheia percebendo não estar trancada.

Em passos rápidos vou em direção aos gritos chegando ao quarto do meu vizinho, e para a minha surpresa ele estava sonhando, especificamente um pesadelo, a menos que ele esteja sonhando que está numa montanha russa. Mas poxa, pra quê gritar assim?

Rapidamente chacoalho o corpo do homem, que acorda gritando ainda mais.

— PARE DE GRITAR, INFERNO.— Grito de volta e me olha assustado.— M-me desculpe.

— Por favor não me mate... Eu juro que não a matei, eu juro!— Ele diz rapidamente atropelando as palavras.

Acabei ficando curioso, não matou quem?

— Ei, se acalme.— Respondi o olhando.— Escutei você gritando e achei que alguém iria te matar, ou algo assim, você está bem?

E o homem a sua frente, deitado e suado em sua cama, se dá conta do que estava acontecendo.

— Você não deveria estar aqui. SAIA DESTA CASA AGORA!— Ele grita sem exitar.

— Você poderia começar a ter uma crise de ansiedade enquanto dormia, e eu me dei o trabalho de sair da minha casa para vir até aqui e você me trata desse jeito?

— Que seja um pesadelo, que seja um pesadelo, que seja um pesadelo por favor.— O homem se beliscava enquanto dizia as palavras repetidamente.

— Pare com isso!— Pego suas duas mãos e me sento na cama.— Quer uma água com açúcar ou algo pra lhe ajudar?

— Quero que você vá embora, eu já falei!— Ele cospe as palavras rapidamente me fazendo levantar rapidamente da cama e o encarar.

— Ok, ok, eu entendi. Se precisar de algo eu moro aqui do lado e...

— EU SEI CARALHO. SÓ TEM DUAS CASAS NESSE FIM DE MUNDO, A MINHA E A SUA!

Após o pequeno surto do meu vizinho, eu o deixo para trás indo de volta para a minha casa.

— É nisso que dá ser generoso.— Falei baixo enquanto subia as escadas para o segundo andar querendo apenas deitar em minha cama e vegetar ali até o sol da manhã aparecer.

Seokjin

Eu estava sentindo a terrível sensação de estar sendo observado depois de ser acordado pelo meu vizinho. O ar dentro do meu quarto estava sufocante, a palavra tensão descrevia todos os cantos das paredes do cômodo em que eu dormia, e num ato de desespero rapidamente abro todas as janelas e portas do meu quarto para sentir uma brisa fresca e me acalmar.

Eu sentia que realmente estava observado, eu sentia aquilo como lâminas na minha pele. Meus pelos estavam eriçados, minhas mãos e pés estavam formigando, aquele frio na barriga e coração acelerado. O medo era horrível.

— Por favor, me deixe em paz.— Murmurei baixo recordando do terrível pesadelo que me acompanhava todas as noites dormidas dês de a morte dos meus pais. E agora, tudo piorou com a morte de Lisa.

Ainda havia uma esperança, minha prima do sul poderia ainda estar viva, ela era a minha única família, e eu precisava dela por perto neste momento.

Cato o meu celular em cima da cômoda tentando encontrar do número da mesma diante dos meus contatos. Quando encontrado, digito algumas palavras em um curto SMS.

'' Oi, como está? É o Seokjin seu primo ''

fear of feelings | NAMJINOnde histórias criam vida. Descubra agora