Cap 18

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Acordo com dificuldade, meu marido está dormindo em uma poltrona ao lado da cama, aos poucos percebo que estou em um quarto de hospital, tem soro sendo conduzido para as minhas veias e tem uma atadura enorme na região da minha costela que dói um pouco quando puxo a respiração. Me mexo na cama e Edgar abre os olhos bruscamente.

-Meu amor!

Ele diz e se aproxima de mim na cama.

-Tá tudo bem agora, o médico já cuidou de você, você está fora de perigo, só precisa descansar agora.

Explica.

Me lembro do que aconteceu, e começo a chorar  devagar.

"Ela conseguiu! Estragou minha festa de casamento e me fez passar a lua de mel em uma cama de hospital"

Penso.

-O que que foi minha princesa? Você tá sentindo dor?

Edgar pergunta com os olhos brilhando a ponto de chorar.

-Ela conseguiu! Ela estragou o nosso casamento!

Depois de dizer isso desabo em choro.

Edgar me abraça com cuidado, depois senta na cama e limpa as minhas lágrimas com os polegares.

-Não! Ela não conseguiu nada! Ela estragou a nossa festa, mas nós já estamos casados, vamos embora do país, vamos trabalhar com o que gostamos e vamos nos amar muito! A festa do nosso casamento foi sim muito importante pra nós, mas não mais importante do que a vida toda que nós teremos pela frente. Eu te amo agora mais do que nunca, e nunca, nunca na vida vou deixar de lutar pela gente.

Eu não resisto e o beijo na boca.

O médico chega e nos interrompe.

-Tudo bem senhora Campus Salles? Meus parabéns pelo casamento!

O médico pergunta se aproximando.

-Me sinto bem doutor.

Respondo.

-Bem, você foi muito abençoada, a facada foi  rasa e não afetou nenhum órgão vital, fiz os devidos procedimentos e você vai ficar bem, só precisa descansar.

Esclarece.

-E quando eu posso ir pra casa doutor?

Questiono ansiosa.

-Hoje mesmo eu vou ti dar alta, é só você me prometer que vai se comportar direitinho, sem esforço físico nenhum, de nenhum natureza... E claro, retornar aqui para eu acompanhar a cicatrização.

O médico aconselha.

-Eu prometo o que o senhor quiser, desde que seja para eu sair daqui.

Depois de arrumar as minhas coisas, entro no carro com Edgar e estamos indo de volta pra São Martin.

-Voce já decidiu o que nós vamos fazer amor?

Edgar pergunta enquanto dirige.

-Sobre a Lara?

Pergunto.

-Exato.

(apartir de agora, os diálogos iram ser alternados entre   Esmeralda e Edgar )

-Eu tava pensando em prestar queixa contra ela, afinal, ela invadiu o nosso casamento, me agrediu e tentou me matar...

-Você tá coberta de razão, o tio Toledo foi até o hospital ontem me pedir perdão e se oferecer pra pagar os procedimentos médicos, ele disse que não sabe o que está acontecendo com a Lara... Você sabe que eu odeio a Magnólia, ela humilhou você naquele dia... Mas ela veio chorando de joelhos me pedindo pra ti convencer a não colocar a filha dela na cadeia,eu só disse pra ela que era você quem iria decidir, porque eu não queria nem tocar no nome da Lara. Na minha opinião você tem que levar isso adiante sim, afinal de contas eu quase ti perdi Esmeralda, eu nunca senti tanto medo em toda minha vida... Ela acabou com a nossa festa, ela me fez perder a cabeça e a agir como um covarde machucando ela de volta, você entende a gravidade de tudo que ela fez? Ela precisa ser parada!

 𝔼𝕤𝕞𝕖𝕣𝕒𝕝𝕕𝕒Onde histórias criam vida. Descubra agora