Cap 05

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                             ♡
Eu não faço ideia de que horas são, mas, acordo deitada na cama enorme com lençóis branquinhos ainda naquele adorável  quarto subterrâneo, estou meio perdida e ainda acordando vagarosamente. Meus cabelos lisos e negros agora estão completamente secos sobre a cama, ainda visto a camisa preta de seu Edgar, quer dizer, depois do que aconteceu ontem, eu nem sei se devo chamá-lo assim. Faço um esforço para me levantar e vou andando descalça até uma pequena janelinha de vidro, que deve ser do tamanho das minhas mãos. Chego mais perto e consigo ver as gotas da chuva forte escorrendo pela janela. Olho em volta e vejo um relógio que marca 02:30 da manhã. Procuro por Edgar em todo o quarto e não o encontro.

-Esmeralda...

Ele diz descendo a pequena escada que dá acesso ao nosso cômodo secreto.

-Eu!

Digo sorrindo.

-Eu trouxe um lanchinho pra gente.

Ele diz com uma bandeija nas mãos.

-Olha tem queijo, uva, yogurte... Torrada e chá.

Ele senta na cama e põe a bandeija sobre os lençóis bagunçados.
Pego uma uva e como lentamente, saboreando cada delicioso sentimetro dela.

-Foi bom pra você também?

Ele diz com os olhos fitos em mim.

-Foi.

Digo depois de ruborizar.
Ele põe uma mecha de cabelo meu atrás da minha orelha.

-Essa noite está sendo a mais feliz da minha vida.

Edgar diz ficando ainda mais perto de mim.

- Pode apostar, que a minha também.

-Eu fico muito feliz!

Ele diz.

-Eles já foram?

Eu pergunto timidamente.

-Já sim! Eu chequei cada cômodo, eles já foram. Levaram só algumas estátuas valiosas porque não conseguiram abrir os cofres.

-Que horror! Tô tremendo até agora.

-Não precisa ficar com medo, eu cuido de você.

Edgar diz se aproximando para me dar um beijo.

-Tem certeza que foi bom pra você Esmeralda? Eu machuquei você?

-Não Edgar! Foi lindo...

Ele se aproxima e nos abraçamos muito forte.

-Vem! Vamos pro meu quarto, eu não quero que a gente fique aqui nem mais um minuto.

Arrumamos o quarto e subimos para o último andar, no quarto de Edgar. Nos amamos mais uma vez até pegar no sono.

               🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻
             

Ouço o canto dos pássaros, e sinto perfume de lavanda; estou com a cabeça no peito de Edgar e ele ainda dorme, está com um semblante risonho e relaxado. Sua mão direita está sobre a minha cintura e estamos cobertos do peito pra baixo com o lençol azul bebê de algodão preferido de Edgar.
Ouço um burburinho lá embaixo, merda! São os donos da casa chegando, me lembrando onde é o meu lugar aqui.
Me levanto devagar da cama e visto minha roupa de ontem. Saio na ponta do pé, espero até que todos estejam em seus quartos ou qualquer cômodo no qual não possam me ver cruzando a cozinha. Depois de conseguir sair da mansão corro até a nossa velha casinha e chego antes de mamãe, me deito na cama e recurpero o fôlego.

A porta bate.

-Esmeralda! Abre a porta pra mamãe fia! Cheguei!

Corro até a porta e abraço a minha mãe.

-Tô cansada Esmeralda, era chuva que não se acabava mais na cidade, trouxe algumas coisas pra você, fiquei sabendo do roubo na mansão, você tá bem fia??

Disse mamãe se sentando no sofá com muitas sacolas.

Depois de receber mamãe e ajudá-la a desfazer as malas, vou até a cachoeira lavar roupas . Assim que termino fico flutuando na água olhando pro céu e pensando no quanto eu estava completamente apaixonada pelo filho dos patrões.

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 𝔼𝕤𝕞𝕖𝕣𝕒𝕝𝕕𝕒Onde histórias criam vida. Descubra agora