.Bêbado De Amor, Rodado Na Cachaça.

474 55 60
                                    

— Ah... Taeil. Faz tempo que chegou? — Tae pergunta um pouco desconcertado assim que me nota, Donghyuck já havia sumido pela casa e eu respiro fundo.

— Não... Acabei de chegar, aconteceu alguma coisa? — Minto, pelo nosso bem, e ele apenas nega, em seguida me convidando a entrar.

Enquanto tento controlar minhas emoções e aquela vontade maluca de chorar, vou andando calmamente até o sofá da sala e me sento ali, tentando manter minha respiração normal.

— Taeil... Você 'tá bem? Aconteceu alguma coisa? — Tae questiona, se sentando ao meu lado.

— Desculpa... É só.... — Respiro fundo, sei que contar a verdade pra ele, ainda mais em um momento com esse, seria uma péssima ideia. — É só que eu 'tô meio de saco cheio do mestrado.

Ele parece entender bem meu sentimento e logo suspira comigo. — Ah, o Jae logo chega. — Comenta e eu apenas concordo com a cabeça. — Mas eae, se aproximou de alguém do mestrado? — Tae pergunta animado.

— Eu acabei adotando um calouro. Ele desistiu de direito e acabou indo pra engenharia... Ele tem... 23 anos se eu não me engano. É um japonês muito gente fina, as histórias dele com o namorado são as mais doidas. — Explico e acabamos por rir.

— Tenho até medo de perguntar...

— Ah, é que eles tem uns fetiche estranho. Mas esses dias ele me contou que as vezes eles falam frases dos animes que eles gostam um pro outro... Na hora do sexo. Um pouco perturbador, talvez. — Digo e o meu amigo só consegue rir alto. — Ele fala que o menino é super garotinho da igreja, mas quando 'ta só os dois parece que encarna outra pessoa no corpo dele. Eu não tenho muita vontade de ver ele com o boy dele, pra ser sincero.

— Eu imagino o porquê. Imagina olhar pra cara dele e lembrar das histórias. — Começamos então a rir ainda mais alto, até enfim ouvirmos a porta abrindo.

— Ah, Pai. Você chegou. — Tae sorri para o mesmo e eu me levanto para poder cumprimentar o senhor e a senhora Lee propriamente.

— Taeil-ah! Quanto tempo. — O Sr. Lee diz animado e eu faço uma reverência à ele.

— Realmente, senhor Lee. Faz dez anos. — Sorrio e me viro para a mãe de meu amigo, mas então algo me deixa um pouco... estranho? Aquela não era a senhora Lee.

— Está é minha esposa, Lee Soo Jin. — Ele diz e eu a cumprimento educadamente, assim vendo os dois subirem as escadas juntos.

Depois de algum tempo, com aquele silêncio estranho no ar. Viro para meu amigo e sinto que ele entende minha pergunta, mesmo que eu não fale uma única palavra. — Eles se divorciaram. Já faz oito anos, ela nunca mais entrou em contato com a gente.

— Ah... Eu sinto muito, Tae... — Eu digo e ele sorri como quem diz que não tem problema. E eu me sinto meio mal de tê-lo feito falar sobre isso.

— Eu reagi melhor que o Hyuck... Ele começou a ficar desse jeito porque queria se vingar do meu pai. Porque queria a mãe de volta... Não foi fácil pra ele. — Ele explica com um sorriso triste.

— Eu imagino... — É tudo que respondo até que encontre algo melhor para falar. Felizmente uma ideia logo me veio em mente. — Sabe o que vai melhorar nosso humor? Ir pro bar. Acho que estamos precisando. O que me diz? — Eu o convido e ele sorri cúmplice.

— Vamos só esperar o Jae chegar... Acho que estamos mesmo precisando. — Ele responde animado.

(...)

— Então... Alguma explicação ou é simplesmente um sequestro mesmo? — Eu pergunto um pouco sem paciência pro casal no banco da frente.

— Hyuck, a gente 'tá indo pro bar beber, desde quando você precisa de mais que isso? — Mark que me responde e o japonês apenas ri alto.

My Baby Don't Like It ✧ HyuckilOnde histórias criam vida. Descubra agora