.Ah Lá, O Fragmentado.

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Então, eu acho que essa é a primeira vez na minha vida que eu entendi perfeitamente a expressão “quem não te conhece, que te compre”, mas acreditem, não é algo exatamente bom. Eu acho...?

Não sei nem por onde começar explicando, para ser sincero, porque nada mais faz sentido nesse “relacionamento”. Vocês já devem estar se perguntando que tipo de merda o Hyuck fez, mas acreditem, ele não fez. Esse é o ponto: Lee Donghyuck não fala mais de contatinho algum para mim — e olha que ele adorava esfregar na minha cara que saía com mais gente — , ele não está mais na extrema defensiva como costumava, na verdade, ele vem sendo extremamente carinhoso, até mesmo em público.

Hoje mesmo, quando estávamos entrando no cinema, o garoto me abraçou por trás, e, assim seguimos, andando e rindo das palhaçadas adoráveis dele. Durante o filme, o assistimos inteiro de mãos dadas, fazendo piadas e comentários engraçados durante a sessão. E os beijos só vieram no carro, depois de todo o “encontro”. Por isso me parece um... Então, é um encontro, certo?

De qualquer forma, atualmente o Lee parece que mudou pra minha casa, e eu não fui avisado disso. Mas ele, estranhamente, parou de deixar o irmão dele tendo um treco diferente por dia, pois agora dizia com antecedência que sairia com alguém e passaria a noite fora. E por mais que o Tae não gostasse de como o irmão não parecia muito cuidadoso de com quem e como ele faz sexo, Hyuck vem sido bem responsável... E estável(?).

É estranho porque inúmeras vezes o garoto vinha, transava comigo e ia embora para encontrar outra pessoa. Mas agora, sinceramente nem consigo me recordar quando foi a última vez que ele fez isso. Hyuck chega em minha casa por volta das 18 horas, nós jantamos, transamos, nos divertimos, assistimos algo, transamos de novo, tomamos banho e dormimos. No outro dia, geralmente, a gente transa de novo, mas não é sempre. E essa é a parte estranha, apesar de transarmos bastante, tem várias vezes que Lee Donghyuck, auto denominado ‘Máquina de Sexo’, não vem ‘pra transar. Ele apenas vem e passa o dia comigo, trocando beijos e ficando abraçados.

E sinceramente? Tudo que eu sei, é que eu não sei de mais nada.

Porque sim, isso deveria ser incrível. Mas é de Lee Donghyuck que estamos falando, e honestamente? Por mais completamente apaixonado que eu esteja, eu sei que esse tipo de atitude não dura com ele. O que as vezes me sufoca, porque eu sei que hora, ou outra, eu vou me machucar, e feio. Porque eu sei que, agora, estou completamente apegado ao garoto, mais do que já estive em toda a minha vida.

Mas agora estamos no carro, voltando do cinema. Hyuck segura minha mão enquanto eu dirijo, e ele segue cantando as músicas que tinha escolhido para tocar. E eu tento muito duramente não ligar para a forma como ele canta a canção de Frankie Valli, a forma como ele beija minha mão, e em seguida canta junto a música “You’re just too good to be true...Can’t take my eyes off of you”, parecendo ser verdade, parecendo que ele realmente não consegue tirar os olhos de mim. Mas é só quando ele começa a cantarolar a parte do “I love you, Baby” que eu percebo que quanto mais atenção eu prestar nesse teatrinho, mais eu vou querer acreditar nisso.

Por sorte, finalmente chegamos na casa dos Lee, e por um momento eu me questiono se isso é sorte mesmo ou azar. Na porta, eu posso ver três pessoas: Taeyong, Jaehyun e aquele peguete do Hyuck.

— Ué, o que o Lucas ‘tá fazendo aqui?

— Você não o chamou? — Questiono, e o garoto diz que não com a cabeça. Decidimos, então, sair do carro. Eu o sigo, pois estou com medo do que pode acontecer aqui, e eu não quero que ele passe por algo assim sozinho.

— Hyuck! Cara, ‘tá todo mundo preocupado com você... — O chinês diz, se aproximando e os dois se cumprimentam com um high five.

— Preocupados, por quê? Eu estou sempre respondendo o grupo.

My Baby Don't Like It ✧ HyuckilOnde histórias criam vida. Descubra agora