My Baby Don't Like It ✧ Hyuckil

.Piranha Não Sente Essas Coisas.

Sabe, tem muitas coisas que me impedem de focar no meu mestrado. Uma dessas coisas é o mestrado em si, porque sinceramente, ninguém tem paciência para um treco desses. sem contar, também, que a preguiça é muito grande, eu nunca fui tão chegado a ver vídeos no YouTube e, mesmo assim, toda vez que eu tenho que focar, eu sempre acabo vendo um vídeo aleatório. Eu não entendo como funciona isso, parece que abre sozinho sabe, é simplesmente automático.

A realidade é que essas coisas nem são o que mais vem me tirando tanto da atenção, tem outro fator em específico.... Que bem. É muito bom no que faz. — Meu amor, Moon Taeil. — eu o escuto cantarolar, enquanto caminha sedutoramente até mim e eu penso meu deus desse jeito eu não vou querer focar em mais nada da minha vida.

Eu sei, eu sei que isso é um pouco preocupante, na realidade eu sei que todas as vezes que se trata de Donghyuck, as coisas se tornam preocupantes e eu sei, sério, eu sei que às vezes parece que eu só estou aceitando migalhas de um garoto que acabou de completar maioridade... Mas cara, é só que tem alguma coisa nele que é como se fosse um imã, ele me puxa e me prende, eu não tenho nem como reagir. É como se eu brilhasse por causa dele, como se ele fosse o sol que ilumina a lua que eu sou. 

É eu sei, eu tô começando a ficar bem meloso. Eu sei, eu sei, podem me xingar o quanto quiserem, mas fazer o quê, essa é feito o que ele tem sobre as pessoas. 

— Você vai ficar nesse notebook para sempre, ou você vai dar atenção para o seu solzinho? — Ele pergunta enquanto senta no meu colo, de forma que eu não conseguisse ver mais a tela do computador. É sério eu estou tentando muito, não quero tacar tudo para o ar e simplesmente jogar ele na cama, mas sério, ele não facilita nada, mesmo que eu sinta que ele quer que eu vá com calma. 

— Hyuckie, o hyung precisa estudar... — Eu digo o segurando pela cintura, até que finalmente nós cruzamos o olhar. 

E ele tem toda aquela pose insinuativa de fodedor, mas eu não sei até que ponto isso é só uma fachada. Até que ponto ele realmente gosta de ser tratado da forma que ele parece ser tratado pelos outros peguetes dele. Eu não sei se ele quer que eu seja diferente ou apenas mais um. 

— Você sabe que não precisa ir devagar comigo, né? — Ele diz bem baixinho perto do meu rosto e então dá um selinho curto. 

— Na verdade eu não tenho tanta certeza sobre isso... — Eu explico e ele sorri enquanto nega com a cabeça. 

— Não precisa se preocupar comigo, Hyung. 

— É inevitável. — Respondo rapidamente. Trocamos olhares por um tempo, em silêncio mesmo, até que, enfim, ele decide tomar meus lábios com mais entusiasmo do que eu esperava, por um momento, acreditei que ele ficaria até um pouco desanimado com a minha preocupação, mas ao contrário do que eu imaginei, ele na realidade parecia agradecido pelas minhas palavras, pelos meus sentimentos, pelo meu coração. 

Mas eu não me permito acreditar nisso, porque eu sei que às vezes o nosso coração e a nossa mente faz a gente enxergar coisas que não são reais, que não fazem jus ao que realmente está acontecendo e eu sei, porque Donghyuck deixou claro, que ele não sentia algo, que ele aceitaria ser um pouquinho meu desde que ele ainda podesse ser um pouquinho de todo mundo, porque eu era apenas um pedacinho do esquema dele. 

Mas naquele momento, com o garoto sentado no meu colo, me beijando com vontade, mordendo meus lábios e sugam na minha língua, eu me permiti acreditar. Pelo menos por aquele momento, por aquele segundo, por aquela mentira mal contada por mim mesmo, eu gostava de acreditar que eu era algo a mais.

E quando eu vejo, sem sequer perceber, já estávamos na cama novamente eu me pergunto se seria certo, dessa vez, cruzar a linha, mas a frase que ele havia me dito ecoou em minha cabeça e me deixou mais tranquilo, saber que ele quer, que ele me permite cruzar a linha, já é o suficiente para mim.