My Baby Don't Like It ✧ Hyuckil

.Eu Sou De Todo Mundo E Todo Mundo É Meu Também.

Tento abrir meus olhos, mas eles estão pesados demais, a luz do cômodo é bastante incômoda também, então acho que tudo bem dormir mais um pouco. É estranho porque não me lembro de como cheguei em casa ontem a noite. Mas apenas me aconchego melhor na cama, até sentir alguém me abraçar e deitar sobre meu peito. E eu apenas retribuo, já que estava um pouco frio.

Mas... Um momento. 

Por que sinto um corpo quente abraçado ao meu?

Minha cabeça dói ainda mais e algo parece iluminar minha mente e só posso me dizer: Caramba, ontem a noite eu realmente perdi todas as estribeiras.  E eu sei bem o motivo: eu tinha saído para beber, lembro do Taeyong falando sobre maneirar e vagamente me recordo do Yuta ao meu lado. Mas o ponto é... Desde quando o Yuta estava lá no bar? Desde quando os grupos mudaram e Tae e Jae foram embora? 

Por que eu me lembro de beijar um garoto muito parecido com Donghyuck? Por que eu me lembro de ter dito coisas tão absurdas para aquele garoto? 

E principalmente... Por que eu me lembro de uma feição tão triste vindo dele? 

Dessa vez, realmente me forço a abrir meus olhos. Como estes estavam muito sensíveis, eu tomei um tempo até conseguir enxergar tudo de forma clara e enfim poder desviar o olhar para o garoto me abraçando. E foi então que meu coração saltou, quase pulou pela minha boca e me abandonou sozinho nessa situação. 

Lee Donghyuck estava me abraçando, na cama, sem camisa, com marcas no pescoço e no tronco... E parecendo tão incrivelmente lindo como sempre. Parecendo o anjo caído mais lindo que os céus já perderam. Parecendo a pessoa perfeita para me tirar totalmente da linha.

E o que mais dói. Parecendo até demais com aquele menino que eu vi crescer, mesmo que tão maior e desviado. Ainda tendo o mesmo rostinho angelical e isso me assusta. Meus pensamentos me assustam. 

Eu levanto meio atordoado, meio sem rumo e meu pé prende na coberta, me fazendo cair com tudo no chão. Droga. 

Custava eu conseguir ir embora sem que ele acordasse?

— Aish... Que barulheira... — Ele resmunga sonolento e não se dá o trabalho de abrir seus olhos. — Quem deixou você entrar no meu quarto? Uhm? Vaza daqui... — Ele continua ainda mais sonolento e eu posso sentir que ele está prestes a cair no sono novamente. 

E então eu apenas seguro a respiração e tento ao máximo não fazer barulho algum, mas como nada nessa droga de vida sai da forma que eu quero, Hyuck levanta um pouco a cabeça parecendo bem confuso e abre apenas um dos seus olhos, apenas uma frestinha para reconhecer onde estava. Ele olha pelo quarto e eu sigo rezando mentalmente para que ele não me note.

Mas ele nota. E sinceramente, a minha cara nesse momento deve ser a mais ridícula das caras que eu já fiz nessa vida. Só tenho certeza que meus olhos estão arregalados e que o desespero grita em minha feição. E para ser sincero, a face do menor não estava tão diferente. Ele abria e fechava a boca, parecendo realmente estar procurando algo para dizer, mas ele fechava bem os olhos, os coçava e depois olhava para mim de novo. Aparentemente, eu devia estar parecendo algum tipo de alucinação. 

Se eu ficar parado imóvel talvez ele realmente acredite que eu sou uma... Seria bom, certo?

— Parece que vocês finalmente acordaram. — E novamente meu coração quase desiste de permanecer no meu corpo, afinal tanto eu quanto Hyuck tomamos o maior susto quando a porta do quarto fora aberta com tudo por Yuta. 

Hyuck olha para o japonês e silenciosamente aponta para mim e para si mesmo. — A gente... Tipo... 

— Relaxa, mesmo que vocês tenham quase transado no banco do meu carro, vocês capotaram antes de conseguir. Então a gente só deitou vocês aí e deixamos vocês dormirem.