Capitulo 6

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Não revisado

ANNA CORTÊS

Fazia quase cinco dias que tinha mandado uma mensagem para Neuza dizendo que não voltaria mais, e confesso que não fiquei supresa quando vi ele na frente da casa dos meus pais encostado em um carro branco.

_Pensou que fugiria? _Ele perguntou me fazendo sorrir, claro que não fugiria, nem queria, afinal tinha me apegado na família de Athos, e Porthos tinha se tornado um grande amigo e protetor quando o irmão morreu.

_Estou até supresa pela demora. _Confessei dando alguns passos na direção do meu cunhado, mas meu filho foi mais rápido ao correr na direção do tio.

_Tio Porthos!!! _gritou Tiago ao se jogar nos braços de mosqueteiro número dois.

_Não vai me abraçar Anna? _Ele perguntou ainda com meu filho em um dos seus braços e sorrindo me aproximei dele dividindo o seu abraço junto com o meu filho. _Sentir sua falta.

_Eu também, na verdade de todos. _Confessei ao me afastar e deixar que Tiago ainda permanecesse com o tio. _Mas eu...

_Anna? _Olhei para trás e vi meu pai, voltando do terreno de trás, provavelmente estava terminando a casa que ficaria, ao contrário da minha mãe que está escondida atrás da cortina da janela da cozinha olhando tudo. _Tudo bem?

_Tudo pai, aliás, pais esse é...

_Sou um grande amigo de Anna. _Porthos se adiantou e em alguns passos pegou na mão do meu pai e o comprimento.

_Filho, por que não vai pegar a bicicleta e mostra para o tio Porthos o que aprendeu.

_Pensei que ele fosse um amigo. _Meu pai me disse depois de ver Tiago sair correndo em busca da velha bicicleta que meu pai concertou para ele.

_Ele é, mas Tiago acabou chamando todos os meus amigos de tios. _Falei, mas logo me sentir péssima por está mentindo por ele.

_Vou ver se sua mãe precisa de alguma coisa, fique a vontade.

Ele se afastou de nós dois depois olhar bem para o homem ao meu lado e sabia que ele ocuparia um espaço ao lado da minha mãe na janela.

_Quer conversar? _Perguntei, mas já sabendo a resposta. _Vamos para parte de trás da casa, vamos ter mais privacidade.

Ele me acompanhou em silêncio, e sorrir ao ver Tiago vim na nossa direção, empurrando a bicicleta.

_Ele aprendeu a andar? _Porthos perguntou indo na direção do sobrinho.

_Ainda não, meu pai tem o ajudado muito. _Falei vendo Tiago parar a bicicleta ao lado do tio que o ajudou a subir e o segurou enquanto ele dava algumas voltas.

Me aproximei da minha casa, e me sentei em um banco que tinha ali e fiquei olhando Tiago e Porthos sorrirem enquanto eles brincavam no terreno gramado que tínhamos ali.

Porthos não era igual a Athos, os cabelos de Porthos era um pouco mais chegado ao loiro do que ao ao castanho que era os cabelos do irmão mais velho, mas ver ele ali brincando com o meu filho, quis muito que fosse Athos em seu lugar.

Gostaria que fosse meu namorado ali ajudando o nosso filho nos primeiros ensinamentos de como equilibrar uma bicicleta, de o ajudar a se levantar quando caísse e o explicasse mentiras fáceis para andar na bike, e pensar tal coisa me fez querer chorar, tentei afastar a sensação de solidão que estava querendo me dominar, junto com o desespero e gostaria muito de me isolar naquele momento.

_Anna! _levantei o meu olhar ver que Porthos estava agora li na minha frente e busquei por Tiago em algum lugar. _Sua mãe o chamou para comer, ele não queria ir, mas falei que depois podemos brincar mais tarde.

_Pretende ficar por muito tempo? _perguntei dando espaço para que ele se sentasse ao meu lado.

_Volto ainda hoje.

_Ainda hoje? _tudo bem que gostaria de ficar longe de todos, que a decisão tinha sido minha, mas agora que ele estava ali, gostaria que ele ficasse mais tempo.

_Ninguém sabe que vim, Aramis Natália está cuidando de tudo, mas não posso me afastar deles.

_Eu entendo. _Falei não querendo entender.

_Eu sei o motivo que você escolheu ficar, e não te jugo, mas toda a minha família vai lamentar a sua decisão. _Sua mão pegou a minha e a apertou levemente.

_Gostaria muito que você ficasse por mais tempo, eu entendo que tenha que ir, mas eu não posso voltar, tudo lá me fez lembrar Athos, cada canto daquela casa ou daquela cidade, eu não posso ir sabendo que ainda tem gente querendo me matar lá, agora com Athos morto e com aquele homem que quebrou me braço solto, eu não posso arriscar os meus filhos.

_Por favor não chore. _Ele se aproximou um pouco mais e secou as minhas lágrimas, lágrimas que tentei muito que não caísse. _Todos nos entendemos, não quero que se culpe por querer proteger a sua família. _Os seus braços envolveu ao redor do meu corpo e agradeci pelo seu carinho família.

_Não sou bom com sentimentos Anna, não gosto de que as pessoas sabem o que estou pensando ou sentindo, mas dessa vez eu vou deixar que você sabia que eu fiquei muito feliz com o fato de você ter entrado na vida do meu irmão, ele precisava do amor e você trouxe isso com uma doce extra de loucura.

Sorrir, pois Porthos, era realmente um cara fechado, nem me importei do fato dele me chamar de louca, coisa que não era, mas sorrir apenas por ele de abrir comigo.

_Não se preocupe comigo ou com meus irmãos, vamos ficar bem e podemos vim te visitar sempre que tivemos com saudades, não vai se livrar de todos nós, queremos ver quando a nossa sobrinha nascer.

Me afastei dele e assim que ele finalizou sua frase.

_Como sabe que é uma meni... Neuza te disse?

_Foi por causa dela que estou aqui, tem que dizer no grupo sua decisão e se preparar a chuva de interrogatório. _Resmunguei ao saber que isso não seria fácil. _Desculpe por tudo isso. _Ele disse tocando com certo receio na minha barriga.

_Não se preocupe eu ficarei bem. _Ele sorriu ao afastar a mão de minha barriga.

_Sei que vai. _Ele se levantou quando ouvir Tiago gritar o seu nome. _Vou brincar um pouco com Tiago, depois podemos falar um pouco mais da sua estadia aqui. Aliás. _Ele tirou algo do bolso da calça e me entregou. _Um presente pela bebê. _dizendo isso ele se afastou.

E desfazendo o laço do saco de couro vermelho que ele me entregou, achei um colar prateado com com três pingentes, um menino, uma menina e um com o nome do Athos.

Apertando forte o colar em minha para eu desejei mais uma vez que Athos estivesse ali.



Ate a próxima!!!

ANNA #1.5 Onde histórias criam vida. Descubra agora