ANNA #1.5

Capitulo 11

Não revisado

ANNA CORTÊS

_Você é uma rapariga sem coração Anna Clara!! _Ate aquele momento rapariga era o xingamento mais leve que Neuza havia falado desde que resolvi ligar pra ela.

E depois de muito choro, de muita demonstravam de carinho como essa, estávamos conversando quase como antigamente, apesar da distância que separava nós duas.

_Eu ainda te amo. _Falei com carinho pois apesar de ter chorado muitos os últimos dez minutos, eu amava ela, mesmo com a nossa separação por estados.

_Isso que você fez não é justo. Sabe como está sendo os meus dias aqui nessa cidade sem você? Ontem eu quase matei minha sogra.

_Ela ainda está na sua casa? _Perguntei pois já se passaram meses que os gêmeos nasceram, tudo bem que eles era prematuro, e Neuza precisava de uma ajuda, mas não era mais necessário.

_Deixei a bruxa entrar, agora ela não quer ir embora. Eu juro, se ela dizer mais uma coisa que posso esta fazendo de errado com o jeito que cuido dos meus meninos eu mato ela.

_Diga pra Pedro, e tente não matar sua sogra enquanto isso, manda a velha embora.

_Vou trancar ela fora do apartamento e jogar as roupas dela pela janela. _Sorrir com a sua ideia.

_Faca isso e se Pedro falar algo joga as coisas dele também.

_Exatamente o que irei fazer. _Ela falou dando um suspiro no final. _Como vai minha futura nora.

_Muito bem, tenho consulta no próximo mês, mas ela tá bem e seu filho tem que tomar jeito para ficar com a minha menininha.

_Todos os meus filhos vão ser os maiores comedores de buceta do Rio de Janeiro, eles vão ser os galãs, só faço filho perfeito, e sua filha que se prepare.

_Misericodia. _sorrir pois tenho certeza que o assunto sexo na casa de Neuza não será um problema, lógico que na minha também não, acho que devemos sempre ter um diálogo com nossos filhos e espero que tanto Tiago quanto melancia sejam sinceros comigo.

_Cuide da minha nora. _Pediu ela é já sabia que nosso tempo pra colocar o assunto em dia estava acabando.

_Cuide dos meus afilhados. Te amo vaca.

_Te amo vadia. _e encerando nossa ligação, eu aproveitei o pouco que ainda tinha de internet é sinal, e mandei uma foto de Tiago para o grupo da família de Athos.

Estava terminando de abaixar uma foto de Sofia deitada no peito de Aramis, quando Ricardo chegou com a camionete do meu lado.

_Vamos? _Acabamos fazendo as pazes depois de uma conversa, vamos a ser amigos e ele tem. Me ajudado muito na loja, todas as dúvidas que tenho ele esclarece.

_Vamos. _Peguei a minha bolsa e entrando no carro coloquei o meu cinto e abrir o pacote de jujuba que tinha comprado.

_Vamos no cinema amanhã?

Toda a vez que venho para a cidade é com ele, de manhã meu pai me leva junto com Tiago, meu filho vai para escola e meu piano busca ficando o restante da tarde em casa com o meu filho e minha mãe, sendo assim quando dar o horário da loja fechar, Ricardo acaba me dando uma carona sempre que não estou com o carro.

Nos fins de semanas eu e ele acabamos planejamento alguma coisa, um passeio com as crianças. Aliás o filho de Ricardo é uma gracinha, uma criança linda e Ricardo aparentemente é um bom pai para o menino. Nesse domingo, prometi para Tiago que íamos assistir o filho que ele tanto quer ver, e como ele convidou Ricardo, não vejo o por que não aceitar.

_Claro, vai levar o Brian? _Perguntei querendo mesmo saber que ele levaria o seu filho

_Não esse fim de semana ele vai ficar com a mãe dele. Algum problema ser só nós três?

_Não. _Realmente não era um problema, Tiago gostava do meu amigo e meu filho tinha o convidado de qualquer forma. Apesar da minha mãe ainda criar mil expectativas sobre nós dois, eu já deixei claro eu o que tínhamos não ia passar de uma amizade e ele aceitou, precisava mesmo de um amigo nessa cidade e achei um amigo fiel. _Passar no sítio para nos pegar?

_As 15 horas vou buscar vocês.

Conversamos durante todo o trazendo até a minha casa, falamos sobre os nossos filhos, trabalho e até o que íamos fazer amanhã no shopping, e quando ele estacionou na frente da casa dos meus pais eu beijei o seu rosto como costume e desci do carro ganhando logo em seguida um abraço de Tiago.

Agradeci meus pais por ter ficado com meu filho durante o dia e depois de pegar sua mochila de escolinha de futebol e de se despedir dos meus pais fomos pra a nossa casa, Tiago foi na frente pra abrir a porta e caminhei logo atrás pelo caminho de pedras que meu pai havia feito fazia pouco tempo.

Pedi que Tiago tomasse um banho para o jantar, mas ele pediu que o deixasse andar de bicicleta por mais um tempo e deixei, tomei um banho, e depois de vestir um vestido que minha mãe fez para mim, depois da minha crise de choro por nada me servir, o vestido era solto, um elástico franzia o tecido abaixo dos meus peito e a barriga grande ficava livre praticamente.

Toquei a extensão da minha barriga quando sentir minha menina se mexer e sorrir, pois de um tempinho para cá ela tem mexido muito, me deixando as vezes maluca e paranóica, mas quando el passava o dia sem se mexer muito eu também ficava louca, por isso depois de um papo de horas com ela, meu bebê tem se mexido o necessário quando quer, pois quando cisma de dormir praticamente o dia todo eu fico igual louca comendo tudo que vejo pela frente para ela se mexer.

Da janela da cozinha conseguia ver Tiago andar com a bicicleta agora com uma habilidade incrível, poucos dias ele já nem precisava mais da ajuda do meu pai para se equilibrar, andava por toda o sítio com a bicicleta velha e estava até pensando em dar uma nova de presente para ele.

As coisas estavam tanto certo, estávamos vivendo dias de paz e sossego, lógico que ainda sofria por Athos, muito mais gostaria, as vezes me afasto de todos pelo tristeza que sinto as vezes, e tem dias que choro sem parar antes de dormir, mas estou melhorando aos poucos, me conformando cada vez que ele se foi e que meu melhor é seguir em frente sem ele.

Mas a verdade é que dói todos os dias, mesmo que alguns dias seja piores que outros, mas a dor sempre está comigo.

Eu sinto a falta dele.