Confissões

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Apesar de ser um exímio modelo em cima de uma passarela ou diante de uma câmera, em seu cotidiano Alec sempre fora desajeitado. Quando conheceu Magnus, ele se chocou contra o peito largo dele antes mesmo de ver o rosto do futuro namorado, no segundo encontro, ele estava de cara no chão enquanto Magnus falava com ele, no terceiro, estava chovendo e ele olhava para Magnus, caído em uma poça de lama. Ele já tinha tropeçado em um tapete quando Magnus pediu que ele pegasse brigadeiros para apimentar o sexo, os quinze dias que passaram juntos em Amsterdã, também não foi muito diferente, Alec estava sempre caindo e escorregando para a alegria de Magnus.

No entanto, ele nunca tinha envolvido Magnus em suas trapalhadas. Mas agora ele estava estatelado no chão do hotel em cima de Magnus, que chorava de tanto ri.

Assim que eles chegaram ao hotel, que não tinha elevador, eles subiram os degraus aos beijos agradecendo por não ter ninguém na recepção ou aos arredores, na ânsia de matar a saudade da boca macia de Magnus, Alec, subindo de costas, errou o degrau seguinte e acabou escorregando e indo de encontro ao peito de Magnus, os dentes se chocaram de uma maneira nada sensual e embolados, eles rolaram meio lance de escada.

Alec entrou em pânico quando ouviu um barulho preocupante vindo das costas de Magnus, temendo que o namorado tivesse quebrado a coluna, as pressas ele tentou se levantar para socorrê-lo, mas mãos fortes o prenderam pela cintura não dando outra opção a não ser ficar com o rosto enterrado no pescoço de Magnus, enquanto ele ria alto.

- Amor, você é tão desastrado!

- Magnus, você está bem? – Alec levantou a cabeça para analisar o rosto do moreno.

- Você está preso a mim, me cutucando – Magnus levantou uma sobrancelha – eu estou ótimo.

- Eu ouvi um barulho de algo quebrando.

- Acho que foi meu celular.

No mesmo instante Alec relaxou e deu um beijo na boca de Magnus, simplesmente por que não resistia estar tão colado ao moreno e não fazer nada.

- E você, está bem? – Magnus esfregou o rosto na barba de Alec, ronronando satisfeito.

- Só minha dignidade ferida, mas pelo menos estamos sozinhos.

- Sabe – Magnus tocou o rosto de Alec, analisando cada detalhe – estava demorando para você me levar junto nas suas quedas épicas, confesso que me sentia excluído – ele riu novamente e Alec estalou a língua, o rosto corado de embaraço.

- Baby, me desculpe – o modelo deu mais selinhos no namorado.

- Está tudo bem, minha vida, acho melhor... – Magnus foi interrompido pela chegada da dona do hotel.

- Santo Dio, cosa è successo?! – ela levou as mãos ao peito ao ver o casal deitado no tapete carmim, no meio do saguão.

Alec se levantou e puxou Magnus pela mão.

- Stai bene? – ela perguntou olhando para Magnus.

- Nós caímos da escada, mas estamos bem, obrigado – Foi Alec quem respondeu em inglês, para Magnus entender a conversa.

A senhora de meia idade assentiu, aliviada, ela disse que a escada tinha sido encerada e talvez a faxineira tivesse exagerado na cera. Humildemente ela ofereceu um jantar especial para o casal como forma de desculpas pelo incidente.

- Olha só – Magnus disse após a mulher sair, constrangida – pela primeira vez seus tombos deram um resultado positivo – ele brincou.

- Negativo, baby, segunda vez – Alec passou os braços pelo pescoço de Magnus que o segurou pelo smoking – a primeira vez, eu conheci você, a melhor coisa da minha vida.

Boyfriend (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora