Toscana

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Um sorriso manhoso brotou no rosto de Mark ao sentir pequenas mordidas em seu pescoço.

- Cris... – murmurou com o rosto enterrado no travesseiro.

O sorriso evaporou quando as delicadas mordidas foram substituídas por um cutucar em sua bunda nua.

- Acho que sua namorada não tem isso, loirinho – a voz grossa em seu ouvido o fez ficar todo arrepiado.

- Kieran?! – Mark arregalou os olhos se afastando do moreno e cobrindo o corpo com o lençol. O fotógrafo o encarava com um sorriso safado, deitado de lado na cama – o que aconteceu? Por que você está pelado na minha cama? Por que eu estou pelado na minha cama com você?

- Ah, loirinho – Kieran se levantou e andou até onde sua cueca estava jogada – você não estava tão bêbado assim para ter esquecido nossa transa selvagem – disse encarando Mark enquanto subia o pedaço de pano entre as pernas.

Mark correu os olhos pelo corpo alvo e esguio de Kieran e por um momento se esqueceu de respirar.

- Ah, merda – puxou os cabelos em desespero, as lembranças da noite passada o atingiram como um caminhão - o que eu vou dizer para a Cristina?

- Primeiro: você está no meu quarto – Kieran colocou um short e camisa de corridas – depois dos nossos beijos na mata ontem à noite, você bateu na minha porta de madrugada sedento por mim, estou usando suas palavras, e praticamente rasgou minhas roupas e quicou no meu colo por horas.

- Ai meu Deus – Mark sentiu uma leve vertigem.

- E segundo: a morena dispensou você, você mesmo disse que ela queria dormir sozinha – ele sentou em um sofá e calçou os tênis.

- Então você não se importa de ter sido usado? Obviamente eu vim atrás de você por que a Cris... – Mark ficou corado, subitamente envergonhado por falar daquela maneira com o outro, como se Kieran fosse um garoto de programa.

- Não se preocupe, loirinho, eu também aproveitei – Kieran piscou para um pálido Mark que não sabia como desgrudar seus olhos dos olhos bicolores hipnotizantes.

- Eu sou um filho da puta mesmo – a culpa invadiu o agente – a Cris não merece isso.

- Você está certo – Kieran andou pelo quarto e pegou seu celular e fones.

- É só isso que você tem a dizer? – Mark abriu a boca, indignado.

- O que você queria que eu dissesse? – o moreno se virou para encarar Mark.

- Que lamenta e que tudo isso foi um erro – sugeriu.

- Impossível – Kieran negou com a cabeça – eu não posso dizer isso.

- Porque, porra?! – Mark se irritou.

- Por que, seu idiota – Kieran cruzou os braços, subitamente irritado – eu não lamento nada e para mim isso não foi um erro!

Mark ficou em choque, o queixo caído. Os olhos ardentes do fotógrafo queimando sua pele.

- Pois para mim foi! – disse com uma firmeza que era apenas metade sincera.

- Mentiroso! – Kieran gritou.

- Por que você está gritando? – Mark se apavorou. O quarto do irmão de Alec ficava ao lado do de Kieran.

- Por que essa sua negação me irrita – o moreno amenizou o tom.

- Você não entende que eu tenho uma namorada e que a amo?

Kieran suspirou.

- Eu acredito que você a ame, mas não o suficiente, senão não estaria aqui.

Boyfriend (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora