Ao fim da noite - Livro III ♡ JiKook {CONCLUÍDO}

IX

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Antes...

- O que vamos fazer? - a mulher escondia seu rosto molhado sob o cabelo negro, enquanto seus ombros balançavam mediante o choro silencioso.

- Eu preciso que vocês saiam daqui - ele lhe estendeu o bebê, os olhos arregalados e o choro preso, como se soubesse a importância de seu silêncio.

- Eu não posso...

- Pode! - ele encostou sua testa na dela - Você consegue - a beijou - vai ficar tudo bem.

- E se não ficar?

- Eu vou fazer ficar - ele ergueu seu rosto, para a olhar nos olhos - Só precisará de uma gota de meu sangue, lembre - se que isto não é um castigo divino.

A voz falhou, a tensão crescia a cada segundo.

- Acha que a escuridão irá com você? - ela sussurrou, encarando a porta tão apreensiva quanto ele.

- É oque eu mais quero - acariciou o bebê, o encarando com pesar.

- Eu te amo, prometo que vamos nos ver - ela soluçou, abraçando o menino em seu colo.

- Eu te amo mais que tudo, amo os dois, ainda iremos nos ver novamente.

Então a porta se abriu...

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Agora...

- Jimin? - Jungkook vasculhou o quarto com os olhos, procurando as madeixas platinadas e seu peito se apertou quando não as viu.

- Oi - ouviu do banheiro, indo até lá depressa.

- O que está fazendo? - parado sob o portal, observou a figura parcialmente despida, se encarando no grande espelho com moldura de ouro.

- Nada - disse baixinho, como sempre fazia quando estava mentindo.

- Me diz - ele se aproximou.

- Só estava pensando - O encarou pelo reflexo - Talvez você mereça alguma melhor que eu, alguém como Taehyung por exemplo - suspirou - sem todos estes demônios e estas cicatrizes.

- Ei - envolveu seu corpo por trás, afundando o rosto na curva do seu pescoço - Eu te amo - beijou seu ombro - Amo cada uma de suas partes, por mais estilhaçado que esteja, com todos os seus medos e demônios - beijou sua nuca - Eu não tiraria nada de você, pois você é perfeito - mordeu o lóbulo de sua orelha - Nada além da sua roupa é claro.

Ele riu.

- Kook! - bateu em sua mão, acompanhando a risada.

Então se virou, enlaçando seu pescoço e o olhando nos olhos.

- Eu também te amo, mesmo com todos esses demônios e cicatrizes.

Prendeu as madeixas negras entre os dedos, erguendo - se na ponta dos pés para juntar seus lábios. Tinha gosto de desejo, amor e eternidade...