Selene - Entre o bem e o mal

Capítulo 13- Que comecem os treinos

Chego na casa de Layla por volta das 14hrs. O dia está lindo e completamente ensolarado.

-Boa tarde.

- Luna, já chegou. Espera minha tia já está vindo.- diz Layla comendo seu biscoito.

Contar para ela que bem, eu era meio que uma Selene foi assustador. Não sabia como ela iria reagir, mas graças a Deus ela levou na boa. Claro que no inicio ela ficou em choque, mas depois relevou. É difícil para ela, eu sei, a sua mãe morreu por conta das escolhas de uma Selene.

-Oh, que bom que chegou. Venha, coloque esse macacão. Não vai querer sujar sua roupa.- Diz Morgana.

-O que vamos fazer exatamente?- pergunto após colocar o macacão.

-Jardinagem. Layla, você pode ajudar se quiser. Olhe e preste bastante atenção. Essas são sementes de rosas brancas, você deverá planta-las e rega-las todos os dias. Dessa forma-ela demonstra- coloque todos os seus sentimentos na plantas e ela crescerá mais rápido do que se espera.

-É isso? plantar ?"É fácil demais".

-As vezes as coisas mais simples são as mais complicadas.

Com ajuda de Layla plantamos vários vasos. Duas adolescentes mexendo com terra e água, sim, vai dar merda. Quando terminamos o sol já dava sinal de que ia se deitar.

-Isso foi legal- fala Layla tirando um pouco de terra do cabelo- da próxima vez deveríamos chamar Darya.

-Definitivamente.

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-Como foi o dia hoje, filha?

-Até que foi bom. Passei o dia na casa de Layla. Plantamos várias rosas.
-Luna Sanches plantando rosas, essa é nova.- minha mãe dá uma risadinha-.
-Aquele menino, Daymoon. Ele não mora lá?   
-Sim.
-Hum... Entendi. Muito interessante isso.
Jogo uma almofada nela e ela devolve jogando outra em mim.

Subo para meu quarto. Pego o livro das selenes e abro na parte que diz respeito a jardinagem.

" Uma Selene não planta. Ela cultiva. Fique atenta pequena criatura, todas as plantas, folhas e flores merecem carinho e amor. São criadas pelo mesmo que as criou, seja confiante e lembre-se, suas emoções influenciam a cada etapa e o resultado irá demonstrar."

"Cada selene tem um animal e planta que ditam suas personalidades. Mas vamos ficar só com as plantas nesse capitulo. É de suma importância a procura de sua planta. Seja direta e encontrará o caminho".

" Ela lhe encontrará".

Encontrar uma planta. Hum.. isso pode ser interessante.

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As semanas foram se passando e as rosas de Layla e Morgana já começaram a dar sinal de vida, mas nada das minhas rosas. Quando o tempo atingiu a marca de três meses percebi que havia algo de errado.

Estou sentada dês das 09:00 e nada. Eu realmente perdi minha cabeça. Ficar encarando um vaso por horas, só doidos, acho que me tornei um deles. Meu humor estava bem sensível hoje, estou completamente irritada, ainda mais depois de começar a compreender o livro de Aurora monte-negro e consequentemente encontrar cartas de Selena na casa da árvore o qual eu achei que pertencia a tal Aurora. Mas não se enganem, estou falando de Selena, aquela Selena que sumiu e quando voltou se tornou um furacão. E como eu achei? em um súbito momento de exploração.

flashback on

Corro o mais rápido que posso. Sinto-me frustrada. A dias tento me comunicar com meu lado selene e nada funciona e ainda por cima Daymoon resolve me dar um gelo. Logo depois de eu descobri que sou uma companheira e aparentemente alma gêmea é que temos que ficar juntos por toda a eternidade. Mas ele parece não se importar.

Paro quando vejo a casa da árvore. Subo-a e fico encarando a fechadura.

O que eu espero, que abra magicamente! Pego meu amuleto e coloco na fechadura, a porta se abre e da lugar a um quartinho bem pequeno, cheio de papeis, desenhos e livros. Parecia um refugio. Pego uma folha.

"Selena Argent"

flashback off

-Que saco!!

Vou andando até o lado de fora da estufa. Ouço barulhos estranhos e já me preparo para atacar se for algum bandido. O que vejo me faz ficar dez vezes mais irritada. Daymoon estava se pegando com Trixy. Vejo ele a beijando enquanto a mão dela está espalmada em suas costas. A pelo amor de Deus, não tem como se pegar em outro lugar não. Ele para o sua tão "graciosa" demonstração de afeto e me encara. Logo percebe que eu vi tudo. Saio dali.

-Lua- Ouço ele me chamar-
-Lua
-Luna!!!

-É o que? - respondo já sem paciência- Vai ficar se pegando com sua namoradinha vai.

- Ela não é minha namorada. O que você viu... bom...- Ele começa a coçar a cabeça-.

-Vamos deixar uma coisa clara. Não me interessa o que eu vi. Agora com licença preciso voltar para estufa.

-Não, espera.

Vou andando sem olhar para traz. Quem ele pensa que é. Quem ele pensa que EU sou, não preciso de explicações, não temos absolutamente nada.

- Porra, Luna. Você que parar de andar e me ouvir.

- O que você quer!!! Estou ouvindo.

Ele me encara, mas parece ficar sem palavras e ligeiramente confuso. Ótimo! Era o que faltava.

-Se não tem nada para falar vou voltar para minhas rosas. Obrigado.
-Está vendo. Você é impossível Luna. IMPOSSÍVEL.
-AH! Eu sou a impossível. Não era eu que estava me pegando com a Trixy.

-Eu não estou falando dela. Só esquece ela. Você tem me evitado por três meses. TRÊS MESES LUNA e agora acha que tem algum direito de vir pagar de boa moça. Eu não sei o que aconteceu,mas achei que fossemos amigos.

-Amigos? Você me disse que não somos amigos e eu estava te evitando pois VOCÊ resolveu me dar um gelo. Sei o quanto você odeia as Selenes e não queria ser mais uma para encher o seu saco. Então me desculpe por pensar em você.

-Eu nunca disse que odiava Selenes.

-Não foi preciso. Acha que não vi como você passou a me olhar depois de descobrir quem eu era. VOCÊ se afastou primeiro. Não sei como consegue agir como se eu fosse a culpada.

-O que? Tem noção do que está falando? Eu me esquivei de você não por ser uma selene, foi porque eu gost... gostaria que você olhasse ao seu redor e observasse que nem tudo é sobre você. Eu não sei porque logo você foi designada para ser minha companheira.

-EU TE ODEIO!

Nessa hora ouço vários vasos de plantas serem quebrados. Olho para o chão e fico impressionada com o que vejo, várias rosas negras descansam no piso da estufa. Minhas rosas. Elas finalmente desabrocharam.