3. Cupcake

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O filme estava ótimo, Harry se empolgava em cada música que tocava, era apaixonado por ABBA. Já estavam no final quando Louis apoiou o braço no sofá, quase sobre os seus ombros. Mordeu o lábio, esperando a próxima reação. Seus dedos tocaram o pescoço pálido em um carinho suave, descendo devagar até chegar na gola da blusa, onde brincou um pouco e continuou seu trajeto até o ombro.

Ele sabe como seduzir alguém, pensava, fingindo-se de morto. Não pareceu que estava sentindo algo, tampouco retribuiria no momento. Estava aguardando.

O colunista aproximou seu rosto de seu pescoço, possibilitando que a respiração quente tocasse sua pele. O cacheado fechou os olhos, a atmosfera do ambiente era propícia demais para qualquer ato íntimo. No filme, tocava I Have a Dream, ABBA, que não se encaixava perfeitamente com o momento. Chegava a ser até irônico.

I have a dream, a song to sing

To help me cope with anything

If you see the wonder of a fairy tale

You can take the future even if you fail

I believe in angels

Something good in everything I see

I believe in angels

When I know the time is right for me

I'll cross the stream, I have a dream

- Eu quero te beijar. - Tomlinson tomou a iniciativa. - Posso? - Oh. Além de sexy e requintado, ainda é educado!

Ele não tocara em Harry. Nada além dos dedos em seus ombros, sem dúvida era um homem muito respeitoso. Na verdade, era o mínimo que todos os homens deveriam ser. Louis era atirado, dizia o que queria, mas não o deixava constrangido. Às vezes era até engraçado.

I have a dream, a fantasy

To help me through reality

And my destination makes it worth the while

Pushing through the darkness still another mile

I believe in angels

Something good in everything I see

I believe in angels

When I know the time is right for me

I'll cross the stream, I have a dream

I'll cross the stream, I have a dream

- Não vou fazer nada que você não queira, anjo. - chamou-o daquela maneira devido à música que os envolvia. - Posso?

Harry deu uma resposta à altura do clima sensual. Virou sua cabeça e capturou os lábios do mais velho em um beijo suave, mergulhando seus dedos nos cabelos lisos e finos. Louis segurou sua cintura e pediu passagem com a língua, dançando lentamente antes de morder seu lábio, separando suas bocas e deixando um gostinho de quero mais.

Ele definitivamente sabe como deixar um homem louco, o cacheado pensou.

Queria mais daquela boca na sua e não passaria vontade. Segurou suas bochechas barbadas e grudou seus lábios novamente, percebendo que o toque de Louis não era algo sentimental, era puramente físico e voraz. Ele era insaciável e aquilo agradou Harry, não era muito fã de rotina e sabia que com aquele homem, seria pêgo de surpresa muitas vezes.

Como agora.

Tomlinson segurou a cintura do publicitário com firmeza e o puxou para o seu colo, sentando-o em suas coxas e agarrando-o com possessividade, coisa que deixou o cacheado um tanto confuso. Não sabia se ele era possessivo somente entre quatro paredes ou se isso se extendia para outros aspectos. Louis separou suas bocas e fitou os belos olhos verdes, arqueando uma sobrancelha.

Constellations | Larry Stylinson Onde histórias criam vida. Descubra agora