10. Sea

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Louis sorria bobo ao observar Harry brincando com seus irmãos mais novos. Finalmente tinha conseguido trazê-lo para Doncaster e sua família amou o publicitário de imediato, largando o colunista sozinho para mimar o recém-chegado.

Era o fim de tarde de um domingo, o cacheado brincava de pique com Ernest e Doris, correndo pelo jardim verdejante enquanto o irmão mais velho estava sentado em uma espreguiçadeira tomando uma cerveja geladinha. Lottie estava ao seu lado fazendo as unhas e as outras irmãs ajudando Jay com alguma coisa dentro de casa. Talvez um doce ou algo parecido.

- Você está diferente desde a última vez que veio para cá. - ela falou, passando uma camada de brilho nas unhas compridas. - Parece mais feliz, contudo, sinto que está tenso.

- É o trabalho. - respirou fundo, dando um gole na cerveja. - Harry faz o que está no alcance dele para que eu não fique tão estressado. Ele está me fazendo muito bem. - seu coração acelerou ao ver seu namorado se jogar no chão e os gêmeos pularem em cima dele em meio às risadas. - Estamos juntos há três meses e parecem anos. Às vezes parece até que estamos casados, sabe?

- Awn, o Loulou está tão romântico. - ela riu. - Realmente, ele mexe com você.

- E muito. - mordeu o lábio. - Mas ele não quer casar.

- Oh, não. Você com esse papo de casamento, Louis? Provavelmente assustou o garoto!

- Ele sabe o que eu quero. - olhou a irmã. - Sabe que desejo casar e ter filhos. Morar juntos só depois do matrimônio.

- Maninho, às vezes acho que você está em 1920. - suspirou. - Mas ele disse mesmo que não queria se casar?

- Falou que poderíamos juntar os paninhos de bunda. - deixou a lata de cerveja na mesinha entre os dois. - Você sabe que não sou um cara de juntar paninhos de bunda antes do casamento.

- Talvez ele só queira um test-drive. - deu de ombros. - Muitas coisas mudam quando se mora com alguém e Harry pode estar inseguro. E se no futuro vocês casarem e ele descobrir que não era do jeito que imaginou? E se ele descobrir depois de algumas semanas de casamento que você tira caquinha do nariz?

- Eu não tiro caquinha do nariz. - ofendeu-se. - Assoo meu nariz quando algo me incomoda.

- Que seja! Morar junto é uma etapa importante, Louis. Só assim alguém conhece a rotina e os hábitos de outra pessoa. É um momento crucial antes do casamento. Se Harry quer viver com você, dê isso a ele.

- Ele não falou que queria. - franziu o cenho. - A história é a seguinte: estávamos em Liverpool porque a irmã dele deu à luz. Quando fomos dormir, Hazz me disse que eu ficava lindo com crianças e falei que estava me preparando para nossos filhos. Ele ficou meio chocado e eu o confortei falando que seria depois do casamento. - voltou a segurar a lata de cerveja e deu um longo gole. - Mais uma vez, Harry se surpreendeu e disse que não precisávamos casar, poderíamos apenas juntar paninhos de bunda.

- Ai, Louis, você está procurando cabelo em ovo! - irritou-se com o irmão. - Em momento algum ele falou que não queria se casar, só sugeriu morar juntos. Aliás, você anda pressionando o garoto.

- Não estou pressionando ninguém! - se defendeu.

- Louis, vocês tem três meses de namoro. Ainda estão se conhecendo melhor, aproveitando essa fase. Acha que é fácil para ele ser surpreendido com o assunto filhos e casamento em uma noite só? Dê tempo ao tempo. - aconselhou. - Ele sabe o que você quer e não estaria ao seu lado se não desejasse o mesmo. Harry pode estar confuso, não fique batendo na mesma tecla ou pode afastá-lo de você. Deixe as coisas fluírem, William! Pare de querer controlar tudo, a vida não é feita só de planos.

- Lottie, você não entende...

- Entendo sim, irmão. Nem todos são como você, que planejam e fazem de tudo para seguir à risca. - sorriu amorosa para ele. - Deixe que as coisas se ajeitem por si só, se continuar falando de filhos e casamento com esse desespero todo, Harry vai picar a mula. Conheço seu namorado há pouco tempo e não sei muito sobre ele, mas talvez eu esteja certa. Ouça-me mais, Lou.

- Ah, Lottie, o que seria de mim sem você? - sorriu para a irmã e viu Harry se aproximar com os gêmeos. O cacheado estava ofegante e com folhinhas em suas roupas. - Oi, sweet. Podemos ir? Temos que chegar em Londres antes das dez.

- Claro. - sorriu e entraram na casa grande. Despediram-se de Daisy, Phoebe e Fizzy que estavam na cozinha. A mais velha ajudava as gêmeas com um dever de casa.

- Harry! - ouviu enquanto colocava seu casaco, vendo sua sogra descer as escadas com uma caixa fina. - Aqui, para você.

- Oh, dona Jay, não precisa! - sorriu modesto e aceitou o presente.

- Claro que precisa! - teimou, o puxando para um abraço apertado e acolhedor. - Boa viagem. - beijou sua testa de um modo maternal. - Apareça mais vezes, docinho.

- Sim, claro. - suas bochechas coraram e ela deu atenção ao filho, abraçando-o e o enchendo de beijinhos. - Não machuque seu garoto.

- Não vou. - garantiu e beijou todos os seus familiares, saindo da casa e colocando a pequena mala que trouxeram no porta-malas. - Tchau! - acenou quando entrou no carro na companhia do namorado. Harry quem ia dirigindo, devido às latinhas de cerveja que Louis havia consumido durante a tarde.

Chegaram em Londres quase dez horas da noite, cansados e doloridos por ficarem na mesma posição. Despediram-se com beijos, que evoluíram para alguns amassos na porta de Harry, mas ele o barrou antes de continuarem, estava exausto, tinha certeza que dormiria na hora do sexo.

- Boa noite, sunshine. - desejou, beijando suas bochechas.

- Boa noite, sweet. - abraçou-o calorosamente e foi para seu próprio apartamento, pensativo.

Estou mesmo pressionando Harry? Lottie está certa? Céus, sou um namorado horrível, aquilo rondava por sua mente, não queria que Styles se sentisse desconfortável em sua presença. Ele não deveria ficar desconfortável na presença do próprio namorado.

Confuso, Tomlinson apenas fez sua higiene noturna e deitou-se na cama, esperando ter uma noite tranquila antes de iniciar outra semana cansativa.


~•~


Louis nunca duvidaria da habilidade de Harry para surpreendê-lo. O cacheado tinha contatos e aquilo era muito importante. Styles conseguiu nada mais nada menos que uma praia particular no sul da França para passarem uma semana, de graça.

- Como conseguiu esta casa? - indagou, dirigindo para o endereço indicado. Haviam desembarcado na França algumas horas antes e alugado um carro para sua estadia.

Era Agosto, o ápice do verão europeu. Os dois estavam com poucas roupas e aquilo ainda os faziam suar. Não era difícil ver alguém apenas de short e biquini ou apenas bermuda. Tomlinson estava louco para chegar na casa, arrancar suas roupas e pular no mar. Não aguentava mais tomar um banho bem tomado e poucos minutos depois começar a suar feito um porco, odiava aquilo. Por ele, viveria no ar condicionado.

- Pode não parecer, mas tenho colegas. - Harry deu de ombros, afagando a coxa do namorado, sentindo seus pelinhos finos e castanhos contra a ponta de seus dedos. - E eu fiz um favor para ele. Então, eu tinha um favor de crédito.

- Que tipo de favor você fez? - arqueou a sobrancelha, temendo a resposta.

- Sexual. - falou com seriedade, embora aquilo não fosse verdade. Styles segurou o riso com a expressão chocada de Louis, logo passando para uma enraivecida.

- O quê? Favores sexuais? - rosnou, claramente enciumado. - Harry!

O cacheado não conseguiu mais segurar o riso e gargalhou, sua risada gostosa preenchendo o carro. Balançou a cabeça e se inclinou para beijar a bochecha do namorado.

- Estou brincando, bobinho. - falou. - Eu ajudei esse meu colega a reconquistar sua esposa. Eles tinham se divorciado e ele queria voltar. Agora eles estão casados e tem um bebê. - explicou. - Ele ficou muito grato e disse que eu poderia contar com sua ajuda. Liguei para ele e pedi para que emprestasse a casa para nós por uma semana.

- Hm. - aceitou aquilo, embora ainda estivesse enciumado. - Ainda bem que não foram favores sexuais.

- Por quê? - arqueou a sobrancelha. - Foi antes de começarmos a namorar.

- Esse corpinho gostoso não merece ser tratado de forma tão carnal. - fez um biquinho, acariciando sua coxa nua. Estava com um short curto e toda vez que Harry andava em sua frente tinha vontade de puxá-lo para fazer amor. - Aliás, o que ganharia em troca do favor?

- Ganharia um orgasmo. - abaixou os óculos de sol e relaxou no banco. - Aliás, você já tratou este corpinho gostoso de forma completamente carnal. Em um sexo selvagem e cru.

- Quando?

- Na nossa segunda noite juntos, quando você dormiu em meu apartamento pela primeira vez. - lembrou. - Foi muito bom, inclusive.

- Oh, sim. - mordeu o lábio ao se lembrar de como Harry estava gostoso descontrolado. Sentiu uma fisgada em seu membro e respirou fundo, estavam em uma estrada e não podia simplesmente parar o carro para transar.

Continuou a dirigir por alguns minutos, até entrarem na propriedade. Estacionou no chão de pedras diante de uma casa grande e ampla, de arquitetura moderna e com muitos vidros. Saiu do veículo e apanhou suas malas, caminhando pela varanda de chão e teto de madeira, com espreguiçadeiras.

A vista era simplesmente magnífica. Havia um caminho de pedras que levava diretamente à praia, isolada pelas pedras ao redor do terreno. A água era uma mistura bela de verde e azul, limpa e cristalina.

- Eu poderia passar minha vida aqui. - Harry sorriu, relaxado. Tirou o molho de chaves da bolsa e destrancou a porta de vidro, entrando na casa arejada.

Louis deixou as malas na sala e tirou a camiseta pela cabeça, se desfazendo do tênis e das meias com rapidez. Abriu os braços, feliz por ter se livrado daquelas peças.

- Aqui. - Harry tirou o protetor solar da bolsa e o entregou. - Não quero que você fique com insolação.

- Obrigado. - sorriu agradecido. - Vamos para a praia? Nem precisamos de calção ou sunga, estamos sozinhos. Vou tomar banho de mar peladão!

- Ai, Louis. - riu alto, selando seus lábios com carinho. - Leve a canga. - tirou o pano estampado e nada discreto de sua bolsa. - Já vou te fazer companhia, huh? Vou preparar um suco para nós.

Ele assentiu e foi para a varanda, jogando sua bermuda e cueca em uma espreguiçadeira e caminhando nu para a praia. Estendeu a canga na areia e se sentou, passando o protetor solar por seu corpo. Em pouco mais de dez minutos, Harry apareceu, usando tanta roupa quanto ele. Ajoelhou-se atrás do namorado e passou o creme em suas costas. Louis fez o mesmo com o cacheado e o puxou para seu colo, selando seus lábios.

- Obrigado por tudo, sweet. - apertou a pontinha de seu nariz. - Você é um namorado que... Céus, eu não me acho digno de ter você em minha vida. - afagou sua bochecha.

- Por quê? - franziu o cenho.

- Porque você é perfeito demais. - abraçou-o, dando beijinhos por seu pescoço. - Tão fofo, compreensivo e carinhoso. Um anjo. Meu anjo.

- Ah, Lou! - riu, o beijando mais uma vez. - Você é tudo isso e mais um pouco. Completamos um ao outro perfeitamente. - colocou seus cabelos para trás, expondo mais seu rosto. - É um namorado precioso e merece toda a atenção do mundo, sunshine!

Louis apenas deitou a cabeça em seu ombro, sentindo o calor de seus corpos unidos, banhado pelo Sol da tarde. Harry permaneceu afagando os cabelos lisos do mais velho, deixando-o sonolento.

- Vou tomar um banho de mar. - o colunista falou, tirando o namorado de seu corpo e o deixando na canga. - Você vem?

- Pode ir, vou ficar aproveitando o sol. - sorriu e se esticou na canga, de bruços.

Louis caminhou até o mar, sentindo a água fria em suas pernas, subindo cada vez mais à medida que ele avançava. Quando estava em sua cintura, parou e deu um mergulho, molhando todo o seu corpo. Respirou fundo quando voltou à superfície, aquele lugar era um paraíso! Olhou para a areia e acenou para Harry, que permanecia aquecendo suas costas com o sol.

Brincou sozinho na água, até que seu namorado se ergueu e o fez companhia, agarrando seu corpo por trás. Tomlinson riu e se virou, abraçando o cacheado, que já tinha os cabelos molhados devido aos mergulhos. Tocou suas bochechas e selou seus lábios, o beijo tinha um sabor salgado e era um ato completamente molhado.

Harry puxou os cabelos do mais velho para trás e sorriu pequeno, devorando sua boca com lascívia ao sentir suas mãos passearem por seu corpo e parar em sua bunda redondinha.

- Aqui não. - Louis separou suas bocas e conectou suas testas, respirando ofegante.

- Por quê? - soltou um gemido frustrado.

- Por mais que eu queira, o mar é sujo. - selou seus lábios mais uma vez. - Quando subirmos, vamos fazer amor naquela varanda incrível.

- É a primeira vez que você fala isso. - sorriu grande, afagando suas bochechas.

- O quê?

- Fazer amor. - fitou suas belas íris azuis. - Sempre diz que vamos transar ou fazer sexo, nunca falou que vamos fazer amor.

- Bem, o princípio é o mesmo. - riu baixinho. - Todas as opções levam para o ato sexual.

- Eu sei, mas fazer amor soa mais romântico. - abraçou o namorado, feliz pelo relacionamento dos dois estar estável e subindo os degraus de uma maneira tranquila.

- Porque eu amo você. - confessou, suas bochechas corando violentamente. Tinha percebido isso alguns dias atrás e não conseguia conter em seu peito. Mesmo que não fosse de demonstrar sentimentos, precisava colocar aquilo para fora. Poxa, estavam juntos há cinco meses e se sentiam muito bem na companhia do outro. Muito provavelmente iriam ficar mais tempo juntos, eles tinham um elo muito forte de companheirismo e respeito.

Harry arregalou os olhos, fitando Louis com surpresa, seu coração acelerado a as borboletas querendo voar de seu estômago. Não esperava ouvir aquilo tão cedo, mas podia afirmar que era recíproco.

- V-Você me ama?

- Amo! Amo muito. - seus olhos marejaram, já temendo ser rejeitado. Abrir seu coração era como querer abrir um cofre de segurança máxima com uma faca de pão. - Quero passar minha vida ao seu lado.

- Louis, eu... eu... - riu, alegre. Abraçou-o com força. - Eu também te amo, Lou! - beijou-o mais uma vez. - Mas o que é o amor? Será que o que sentimos pelo outro realmente é amor? E se for só paixão? Louis, eu tenho medo de... de isso acabar.

- O amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer; é um não querer mais que bem querer...

"É um andar solitário entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É um cuidar que se ganha em se perder

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

Louis terminou de declamar o poema de Camões e levou um soquinho de Harry em seu peito. O cacheado sorria bobo, completamente apaixonado.

- Não use as palavras de Camões! - sua voz estava embargada de emoção. Tomlinson sorriu ainda mais por seu cacheadinho ser tão sensível sob a casca grossa que havia criado. - Lou, eu tenho medo. Tenho medo de nos separarmos e...

- Se depender de mim, Hazzy, nunca vamos nos separar. - beijou-o. - Eu te amo. Mesmo que eu precise ir para a Austrália, vou continuar te amando. Vou juntar cada centavo que receber para te ver nas férias.

- E se quisermos ter um filho? - questionou. - E se você não puder voltar para morar aqui?

- Amor, nós vamos dar um jeito. - sorriu e o coração de Harry se aqueceu com o apelido carinhoso. - Nós sempre damos um jeito. E não vamos desistir de nós, huh? Se você pula, eu pulo.

- Tudo bem. - abraçou-o, a ficha caindo de que talvez ele realmente fosse para a Austrália. Tentou ignorar aquilo durante cinco meses, mas o prazo de avaliação estava acabando e Doniya falaria o resultado no próximo mês. Tinha medo de ele ir para o outro lado do mundo e namorarem à distância. Julgava que aquilo não daria certo e já estava envolvido demais para não se machucar. - Você está cheio de referências hoje, huh? Camões, Titanic... qual será a próxima?

- Nenhuma. - riu.

Harry permaneceu em silêncio, preocupado com o futuro próximo. Havia se apegado demais a Louis e planejava ter uma vida ao seu lado, mesmo que se assustasse quando ele falava sobre casamento. Styles havia tido um noivo e foi traído poucas semanas antes do matrimônio. Sabia que o colunista não faria o mesmo que seu ex, mas ainda eram lembranças vivas do dia em que encontrou seu noivo na cama com outro. E com a possível ida de Louis para a Austrália, ele temia que o mais velho encontrasse outro cara do outro lado do mundo e o deixasse. Seria muito mais fácil se ele encontrasse um australiano, não seria? Tomlinson não iria abdicar de seu sonho de dirigir um jornal e poderia casar-se e ter uma família, já que a distância não seria um problema.

- Pare de pensar besteira, Hazzy. - Louis sussurrou em seu ouvido e o publicitário se acalmou. Onde encontraria alguém que o conhecesse tão bem como Tomlinson?

- Como sabe?

- Conheço o meu anjo. - abraçou-o mais apertado, confortando seu coração aflito. - Sei que quando fica muito tempo calado sem estar concentrado em outra atividade, está pensando em alguma coisa. Caraminholas.

- Lou, eu...

- Não se preocupe, amor. - sorriu, mostrando a ele todo o seu carinho, mesmo que Louis estivesse com o coração na mão com o resultado na editora. - Vai ficar tudo bem, huh? Se eu tiver que ir para a Austrália, eu irei. Vou conhecer o lugar e tentar me adaptar, tentar achar uma casa para nós. Uma grande o suficiente para que eu possa dividir com meu marido e nossos filhos.

- Louis, não posso deixar meu emprego. Finalmente minha vida financeira está estável e...

- Só pensei que... que quisesse ir para a Austrália comigo.

- Eu amaria, mas não vou deixar meu trabalho. Não vou viver sendo sustentado por você, na Austrália ou em qualquer lugar do mundo. - suspirou. - Ah, Louis, o que vamos fazer?

- Hazz, não se preocupe com isso. Talvez eu não tenha sido o escolhido. - deu de ombros. - Meu trabalho é inferior ao dos outros colunistas. Quem daria importância para um colunista de astrologia? - balançou a cabeça.

- Você se subestima demais, sunshine. - selou seus lábios. - Sabe que é tão competente quanto qualquer outro.

- Bem, se você acha isso, quem sou eu para discordar? - beijou-o de modo mais intenso, mergulhando sua língua em sua boca úmida. - Se eu tiver seu apoio e seu amor, não preciso de mais nada. - sussurrou, dando mordidinhas em seu lábio inferior. - Se eu tiver seu amor, nada e nem ninguém pode me derrubar.

- Bobo. - riu e se aconchegou mais a ele, a preocupação deixando sua mente por ora.

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