⛸Capítulo 7📒

250 49 46
                                    

7 – Alice – Sorte ou azar?

       Depois de aproveitar a tarde junto das meninas, fui para casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

       Depois de aproveitar a tarde junto das meninas, fui para casa. Ao chegar, contei tudo detalhe por detalhe do que havia acontecido desde o início do meu dia na pista, os passos que havia feito, o conselho que recebi da Paola, a surpresa de ter que se apresentar de repente para seleção, meu entusiasmo por ter realizado os movimentos durante a performance, a alegria indescritível por ter sido escolhida, tudo que aconteceu com a Nat, e o quanto foi divertido a nossa tarde.

      Eu já não esperava que fosse diferente, minha família mais uma vez como de costume, vibrou comigo por mais uma etapa concluída. Fora a minha irmã que foi a minha maior inspiração, minha vó Hilma, foi a primeira a me apoiar a seguir nas competições e lutar para ser uma patinadora profissional. Quando comecei a patinar por volta dos oito anos, era apenas um hobby. Só a partir dos meus dez anos eu iniciei o treinamento oficial com o Josh e passei a competir. A princípio, não afetava tanto os meus estudos, eu conseguia conciliar tudo, mas a partir dos dezessete anos, assim que me formei no ensino médio, com a faculdade chegando, eu precisava ajustar algumas coisas se eu realmente quisesse continuar a competir e seguir carreira na patinação. Foi aí que minha vó entrou em ação.

      Não me esqueço de sua fala ao dizer que ter me apoiado a seguir o caminho da patinação, foi a melhor decisão que ela poderia ter tomado, pois via no brilho dos meus olhos que eu havia nascido exatamente para isso. Desde então ela nunca mais saiu do meu lado. Continua até hoje me motivando a fazer o possível e desafiar o impossível quando se trata dos meus sonhos. E só então recebi o apoio dos meus pais. Como já comentei, dona Marta esteve bastante receosa por eu preferir a patinação em vez dos estudos. Eu já havia tentado de tudo. Até mesmo a Ana tentou convencê-la e olha que ela boa de lábia, mas ainda assim ela não cedeu. Meu pai então, para minha aflição, ia no mesmo caminho que ela. Até que a vó Hilma armou um jeito de fazer com que eles parassem de verdade e me vissem patinando.

     Acreditam que ela foi para o treino comigo e telefonou para minha mãe que se encontrava em casa com o meu pai e disse que eu havia desmaiado na pista. Meus pais chegaram lá com os olhos arregalados e desesperados a minha procura. Eles chegaram tão aflitos que foram perguntando desde a entrada por mim e dizendo que eu havia desmaiado, que eu precisava de ajuda. Toda aquela confusão fez com que a pista ficasse lotada, todos que estavam do lado de fora queriam saber como eu estava e iam ficando de queixo caído na medida que iam entrando e me vendo perfeitamente bem. A fúria era explícita no olhar da minha mãe, fiquei arrepiada, mas ao mesmo tempo com vontade de rir de toda aquela situação. De todas as feições hilárias, a melhor de todas era a do meu pai, que estava com o telefone no ouvido já ligando para ambulância e continuou com o telefone em mãos de boca aberta me encarando como se estivesse vendo um fantasma.

     Foi aí que minha vó se meteu no meio e fez com que eles se acalmassem e se sentassem para me ver. Caso contrário era bem capaz deles invadirem a pista e me arrancaram de lá pelos os cabelos.

Além de um sonho (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora