⛸ Capítulo 5 📒

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5- Alice – A seleção e um acidente de percurso

     Eu não sei que horas eram exatamente, quando finalmente peguei num sono

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     Eu não sei que horas eram exatamente, quando finalmente peguei num sono. Só sei que dormi em cima do notebook e acordei com parte do rosto doendo e os ombros tão doloridos quanto, devido a posição horrível em que passei a noite. Durante toda a madrugada estive me preparando, assistindo algumas aulas e anotando dicas para que no dia seguinte conseguisse realizar um dos movimentos mais difíceis da patinação, a serpente de fogo. É um passo bem complexo, delicado que requer muito equilíbrio e destreza.

Serpente de fogo: Quatro cruzados atrás, seguido de um giro, um mapes encerrando com um corrupio de dois pés e um pulo.

      Já venho treinando há um bom tempo individualmente quando fico até mais tarde n rinque, mas infelizmente não tenho me saído muito bem. Preciso dar o melhor de mim, pois esse movimento tão difícil, pode fazer a diferença na seleção. Fora o Camel, outro passo que tenho muita vontade de aprender e executar.

Camel: Um giro que compõe uma única perna no chão e outra no ar.

      Sem a intenção de perder tempo, corri apenas dez minutos, comi uma maçã, me despedi da minha família e fui para pista. Ainda era bem cedo, por volta das oito da manhã, muito difícil algum patinador da equipe aparecer na pista esse horário. O que me daria tempo suficiente para treinar os dois passos tranquilamente.

      Calço meus patins, bebo um pouco d'água da minha garrafinha e entro no ranking. A princípio tento mais uma vez a serpente de fogo e levo um belo tombo. Respiro fundo e me levanto pronta para tentar de novo. Se tem uma coisa que aprendi na patinação é que não importa quantas vezes você caia, é preciso sempre se levantar e tentar outra vez e isso não serve só para a patinação, mas para vida.

      Me lembro como se fosse ontem, as inúmeras quedas que levei nos primeiros treinos da equipe. Por mais que eu tivesse aprendido bastante com minha irmã e soubesse patinar, em grupo e com um treinador profissional, era uma realidade completamente diferente, e foi necessário me adequar a ela.

     Quinta tentativa, lá vou eu! Já cansada de tanto rodar, tento outra vez e me contenho para não dar um grito em comemoração. Finalmente consegui! Paro um pouco para beber água e recuperar o fôlego e então realizo o movimento novamente. Para minha felicidade e orgulho sai ainda melhor do que da primeira vez e eu vibro de maneira eufórica. Faço mais algumas vezes no intuito de aperfeiçoar ainda mais e estando já bastante satisfeita, me preparo para o próximo passo. O camel.

      Me posiciono no centro da pista e levo uma queda ainda pior do que da primeira vez que tentei a serpente de fogo. Sem desânimo, me coloco de pé novamente e tento outra vez falhando de novo. Repito a mesma coisa e caio mais uma vez. E de novo, de novo, de novo...

     Eu já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha ido de encontro ao gelo. Minha perna já estava começando a doer de tanto tentar me equilibrar em uma perna só e cair em todas as tentativas.

Além de um sonho (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora