Em meio a livros didáticos e estetoscópios, Kim Taehyung não imaginava que um sequestro mudaria totalmente sua percepção do mundo, trazendo, inclusive, sentimentos que jurou esconder para todo o sempre.
Jeon Jungkook, no entanto, afundava-se cada v...
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Uma semana se passara, levando com os dias, todo o conforto de Taehyung naquele lugar. O jovem estava extremamente cansado de tudo.
No momento, encontrava-se deitado em um dos diversos puffs que o depósito fétido oferecia, enquanto observava Jungkook socar violentamente um pobre saco de areia vermelho.
Na semana que havia passado, não aconteceu nada de interessante. Sem novas informações, descobertas ou um avanço em sua relação com os demais, exceto a Jeon.
O tatuado ficou junto de si em todos os momentos, calado, enquanto demonstrava respeitar sua dor. Taehyung, na verdade, começou a achar que o menino estava apresentando-se real. Em todos os sentidos.
Em contrapartida, porém, esse avançamento trouxe certa liberdade para o mais novo, irritando, assim, o estudante. Sempre que tinha chance, Jungkook andava semi-nu pelo quarto e corredores, ignorando os olhares desejosos e indecentes sobre seu corpo, além de usar, com frequência, blusas transparentes e regatas.
Naquela hora, por exemplo, Jeon treinava sem camisa e com a presença de um curto short, que agarrava em suas coxas fartas pelo suor.
Essa visão fazia Taehyung revirar os olhos de raiva, além de suspirar alto, expressando seu aparente desconforto.
— Você está bem? — o tatuado questionou, enquanto pausava seu treino, indo em direção a garrafa de água.
Ao avistar o recipiente atrás de si, Kim pegou-o e deu para o menor, que agradeceu com um sorriso pequeno.
Observando as tatuagens vivazes do corpo de Jeongguk, contemplou mais uma vez a escrita que tanto lhe instigava.
"Se continuar a acreditar, o seu sonho se tornará realidade."
Quando um sútil engasgo se fez presente, Taehyung se assustou, encarando imediatamente o garoto. Não percebeu, porém, que o motivo do engasgue foi pelo acariciar de suas mãos, agarradas agora, na epiderme do outro.
— Está tudo bem? — perguntou confuso, não conseguindo decifrar o olhar de Jeon.
— Você gostou dessa tatuagem — riu baixo, desviando sua visão do rosto de Kim. — Eu não deveria ter te mostrado.
Enviando o seu melhor semblante ofendido a Jungkook, o estudante começou a criar seu suposto discurso de arrependimento, enquanto afagava e apertava a cintura do menor, até notar, realmente, o que estava fazendo. Arregalando seus olhos, tirou rapidamente as palmas de onde estavam.
— Me desculpe — proferiu baixo, envergonhado demais.
— Disse que nunca visitou Busan, sim? — o tatuado desconversou, atraindo a atenção desejada. — O que acha de conhecermos a cidade hoje?
