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Continuação...

Entrei dentro da casa e fui em direção ao quarto vila, imaginando que Gizelly já estivesse pronta para dormir, e seu pensamento estava certo. Gizelly estava arrumando o quarto, que estava uma bagunça e eu sabia que parte daquela bagunça eu mesmo tinha causado.

- Gi, eu tava pensando, eu acho que nós não nos conhecemos tão bem ainda. - Falei, atraindo a atenção de Gizelly para mim.

- Como assim Prior? - ela falou, arqueando uma sobrancelha.

- Eu só sei que você se chama Gizelly Bicalho, é advogada, defensora dos direitos humanos, é do Espírito Santo e tem um cachorro chamado Jack Bacon. - Eu ri por causa do nome do cachorrinho dela. - Além de ser linda e muito louca.

- Não acha que isso é mais do que suficiente? - ela dizia enquanto voltava a arrumar algumas roupas que estavam jogadas no chão.

- Não, quero saber tudo de ti e quero que tu saiba tudo de mim também. A gente começou com o pé esquerdo. Por favor Gizelly...

- Eu não preciso saber de mais nada sobre você. Sei que o seu nome é Felipe Antoniazzi Prior, arquiteto, tem uma pizzaria, gosta de brincar com os sentimentos dos outros, se acha o maior jogador da história do BBB, só tem olhos pro jogo, seu beijo é bom. E você grita com a própria mãe. É o suficiente. -  ela disse rápido se sentando na cama.

- Não, não é, eu quero que tu conheça mais do que o Prior do BBB.

- Ta bem Felipe, o que você quer saber sobre mim? - ela suspirou e eu sentei ao lado dela.

- deixa eu pensar... Qual é sua melhor memória da infância?

- Eu adorava fingir que eu era modelo, eu fazia vários desfiles em casa. E fazia a casa inteira me olhar.- ela riu enquanto eu sorria fraco.

- Por que decidiu ser advogada?

- Por conta do meu pai, ele foi assassinado quando eu tinha 6 anos. Quando eu cresci resolvi que queria fazer a justiça pra outras famílias também. - Ela suspirou. - Por que escolheu arquitetura?

- Gosto dessa função de obra, planejamento. Por que o nome do seu cachorro é Jack Bacon?

- Porque é gostoso! - nós rimos. - Como você era quando criança?

- Uma peste, minha mãe tinha que tá sempre me puxando as orelhas, na escola chamavam ela toda hora. E você?

- Falante, muito falante.

- Nada mudou entre nós então - sorri - Qual lugar que você mais gostou de ter viajado?

- Fernando de Noronha, tudo lá é lindo, a energia é boa. Qual o significado da tua tatuagem?

- Nenhum, eu achei legal e fiz, mas eu não curto muito ela. E a tua?

- eu sofria de depressão e de ansiedade, quando eu comecei a melhorar tatuei "isso também passa". E sempre que eu começo a me sentir abalada eu olho pra ela e de uma certa forma isso me conforta.

Abracei ela, fazendo carinho no seu cabelo enquanto ela retribuia o abraço.

- Eu sei que você é forte, mas não precisa ser o tempo todo. Quando precisar conversar, me chama, ou chama o Babu. A gente vai te ajudar, independente de jogo. Entende? - Ela assentiu.

- Por que você nunca namorou? - ela me perguntou.

- Nunca tinha achado alguém que fizesse eu me sentir apaixonado, ou que eu me identificasse.

- As vezes é melhor ficar sozinho do que se prender a alguém que te fará mal.

- Isso por acaso é uma indireta?

- Não, nós não estamos juntos Prior.

- Sei, e quando vamos estar?

- Quem sabe em outra vida, outra dimensão, no inferno, sei lá.

- Porra, vim aqui na humildade querendo que tu me conhecesse melhor e tu me trata tão mal assim? - Me levantei rápido.

- Meio sentimental demais tu não acha? - ela cruzou os braços.

- Não Gizelly, eu não acho. Tu não vê o quanto eu tô me esforçando aqui? - bufei.

- Não vai ser com uma conversinha tranquila que eu vou dizer que tô pronta pra uma relação contigo. Se tu quer mesmo fazer isso direito, tem que entender que essas coisas não são do dia pra noite.

- A gente já perdeu muito tempo Gizelly!

- Sai fora garoto, eu sou muito nova tenho muita coisa pela frente, muuuuuuuuito tempo.

- Nós não sabemos o dia de amanhã.

- Não vem com essa Prior. - ela se levantou - Se você continuar insistindo eu vou parar de falar contigo, e de verdade.

- Não! Eu paro, eu juro.

- Mesmo?

- Eu já não te provei antes que sou um homem de palavra? - sorri sacana enquanto ela revirava os olhos.

- Tá bem então, eu vou acreditar, dessa vez.

- Você sempre acredita Gizelly - Eu ri vendo suas bochechas ficarem vermelhas.

- Para de ser idiota rapaz. - ela me deu um tapa leve no ombro. - Tô com fome, vou ver o que a Xepa pode me oferecer essa semana.

- Queria tu no vip, tu cozinha tri bem. Aí imagina tu e o Babu juntos na cozinha, tu é louco, eu ia passar bem.

- O líder da semana é tu, não me colocou porque não quis, simples.

- Ressentimento?

- Capaz, só falando mesmo.

Nós dois levantamos e fomos para a cozinha da xepa. Eu fiquei sentado enquanto assistia ela fazer um miojo.

- O lado bom da Xepa é que eu adoro um miojo - nós rimos.

- Do que você não gosta Gizelly?

Nós ficamos um bom tempo juntos, conversando sobre um pouco de tudo, até mesmo sobre o jogo. E pasmem. Nós não brigamos por isso. O clima era leve e agradável, e o fato de cada vez mais saber sobre a Gizelly me fazia ficar mais encantado. Pela primeira vez eu tinha olhado para uma mulher e senti o desejo de não só tê-la em um momento qualquer de forma carnal, mas o desejo de ter na vida, de construir uma família. Em vários momentos da conversa eu me perdia pensando nisso, em como seria nossa família. Gizelly sendo uma renomada advogada, eu com meu próprio escritório de arquitetura, uma casa bacana, uns pestinhas correndo e brincando por ali.

O que era esse feitiço que Gizelly tinha colocado em mim? Porque eu sinto que a amo tanto a ponto desse amor não caber mais dentro de mim e eu tenho que mostrar isso para o mundo todo. Tudo que ela faz, me deixando babando, até ela comendo miojo é bonito. Eu me sinto tão arrependido de ter sido um merda com ela tantas vezes, se eu tivesse sido um cara legal, eu não precisaria ficar me segurando pra não beijar ela a todo segundo. Mas eu queria ter ela do jeito certo, e por ela valia esperar o tempo que fosse preciso.

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Oi gente, mais um vez eu venho aqui para deixar claro que não defendo as atitudes do Prior, e que sou a favor que a justiça seja feita e Felipe pague pelo que fez. O estupro, nunca será culpa da vítima. E se tem acusações, testemunhas, até uma nota da faculdade, é por que aconteceu! Eu continuo escrevendo a fanfic, porque isso é um universo diferente, não condiz com a realidade e aqui Gizelly e Prior são só personagens dos quais nós decidimos o que acontece. Não passem pano para as ações dele!
Obrigado.

~Kisses.



Lᴏᴠᴇ Mᴇ Oʀ Hᴀᴛᴇ Mᴇ - 𝙋𝙧𝙞𝙯𝙚𝙡𝙡𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora