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Continuação...

Eu não fiquei mais um segundo ali, fui para meu quarto e já me preparava para dormir pelo resto do dia quando Gizelly entrou no quarto fechando a porta atrás de si. Fingi que nem tinha a visto, mas logo senti seus braços envolverem minha cintura, me abraçando por trás.

- Hellow, já tomou café? - ela se afastou e caminhou até ficar na minha frente. Olhar pra ela agora havia causado uma dor estranha no meu peito.

- Já. - respondi seco enquanto ela se aproximou mais de mim de forma sexy. - O que você quer hein?

- Ué, não posso te dar um pouco de atenção? - Ela começou a beijar meu pescoço e eu a afastei.

- Não tô com cabeça agora, Gizelly. - ela ficou sem jeito e eu pensei por alguns instantes. Eu precisava entrar no jogo dela, não é? - Quer dizer, desculpa Gi, é que eu ainda tô meio tenso com o paredão.

- Eu sei que não é isso, te conheço mais do que você pensa. - Gi me respondeu se sentando na cama e me olhando com uma sombrancelha arqueada.

- tu tá viajando, vamo aproveitar que não tem ninguém aqui agora vamo. - disso indo em sua direção, fazendo uma trilha de beijos entre sua boca e seu pescoço, mas ela não cedeu. - Para de cortar o clima velho.

- Eu não tô mais afim, eu não sou sua válvula de estresse. - Ela levantou e saiu do quarto, parecia magoada. Mas não era só isso que ela queria?

~Gizelly On~

Me sentia em uma montanha russa agora, tive uma noite maravilhosa, e uma manhã horrivel. Me sinto perdida aqui dentro, porque em questão de jogo eu não sei mais o que fazer, a respeito do Prior eu tô ficando LOUCA, porque a cada dia eu me sentia mais apaixonada por ele e eu tinha que guardar isso tudo pra mim.

Minha relação com o Prior, ainda é uma incógnita pra mim. Porque eu sinto que não deveria gostar de um cara que é fissurado em jogo, que já gritou comigo, colocou o dedo na minha cara, falou que grita com a própria mãe, que já me fez chorar inúmeras vezes aqui dentro do programa, que já me pôs lá embaixo só por pôr. Só que ao mesmo tempo eu gosto de forma como nos provocamos, brincamos um com outro, que vamos de uma briga para uma piada, da atração que temos, do quanto somos geniosos e orgulhosos, da determinação que temos. Mas o que ele pensaria de mim se eu despejasse tudo isso de uma vez só? Riria de mim, se afastaria, brigaria... talvez até me humilharia. Esse era Felipe Antoniazzi Prior, o homem que eu estava amando em segredo e eu teria que aprender a lidar com isso.

Já tinha guardado muitos segredos, mas esse era o que mais me doía. Eu não queria falar sobre isso com as meninas porque elas ficariam receosas em falar comigo sobre o jogo e até sobre coisas casuais que envolvesse ele. Eu precisava me abrir, mas com quem? Eu queria largar tudo agora, ir pra minha casa e dormir por dias até ter força novamente pra seguir a minha vida e esquecer o que aconteceu nas últimas semanas.

Eu estava no sofá da xepa, quando Babu se sentou no outro sofá.

- Você ta chorando, o que aconteceu? - Ele me perguntou enquanto acendia um cigarro.

- Só saudade da família. - sorri fraco.

- Eu reconheço choro de saudade, de choro tristeza. Foi por causa do café da manhã não é? - Assenti, eu não conseguia esconder as coisas do Babu.

- Eu tô perdida aqui dentro, o Prior tem razão quando diz que eu não sei porque vim. Eu não sei mais Babu, eu não consigo votar em vocês, assim como eu não consigo votar no Felipe. Por que... por que...

- Porque você ama ele - eu me desabei a chorar assim que Babu completou minha fala, concordando com o que ele acabara de dizer.

- Eu não queria Babu, eu tento negar isso, mas não consigo mais. Eu amo ele, eu nunca tive TANTA certeza disso sabe? Mas não é recíproco e eu fico tendo que guardar pra mim. A gente tá ficando escondido e tava sendo ótimo no início porque eu me sinto bem do lado dele. Mas logo começou a cair a ficha de que não vai passar disso, e assim que um de nós for eliminado vai seguir a vida lá fora. - Respirei fundo e pedi um cigarro para Babu, não, eu não costumava fumar. Fumei por um tempo na adolescência mas só em casos de estresse extremo. Assim que ele me deu, o acendi e comecei a traga-lo.

Lᴏᴠᴇ Mᴇ Oʀ Hᴀᴛᴇ Mᴇ - 𝙋𝙧𝙞𝙯𝙚𝙡𝙡𝙮Onde histórias criam vida. Descubra agora