Capítulo 15

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“Look at the stars

Look how they shine for you

And everything you do

Yeah they were all yellow

Ninguém nunca soube explicar da maneira como Regina esperava o porquê de cada cor ter um significado. Concordava com Emma que tudo era muito relativo, então, o significado de uma cor para alguém poderia ser diferente para outra pessoa. Nessa questão de significado de cores, passara a concordar com o senso comum de que o amarelo representava a alegria. Poderia relacionar ao sol, às flores, ao verão e a tudo que diante dos seus olhos parecia mais alegre se tivesse um toque de amarelo.

E, coincidentemente, era a cor do cabelo da mulher que dormia ao seu lado com um vestido de festa azul.

Nunca foi fã de cores claras ou cores “vivas”, sua personalidade lhe inclinava a tons mais escuros de azul, roxo, vermelho e preto. Entretanto, seu cérebro, por alguma razão, associava Emma a amarelo e amarelo à alegria.

Seus dedos passavam pelos fios do cabelo loiro de forma imperceptível para Swan que tinha o semblante sereno e respiração pouco pesada devido ao sono. Sorriu involuntariamente. Estava orgulhosa, feliz e ousaria dizer que se seu coração pudesse mudar de cor, ele estaria brilhando como o sol.

“I came along

I wrote a song for you

And all the things you do

And it was called 'Yellow'”

— Eu posso continuar com esse carinho mesmo acordada? — Sua voz soou baixa e rouca, fazendo Regina rir tão baixo quanto.

— Você está se aproveitando de mim, Emma Swan? — Perguntou com falsa indignação.

Emma assentiu e juntou ainda mais seu corpo ao da morena, escondendo o rosto em seu pescoço.

Regina respirou fundo.

— Nós dançamos, eu estava louca para beijar você. Subimos para o quarto, cambaleei na escada. Nos beijamos quando entramos aqui e então você disse que eu estava bêbada demais para fazer qualquer coisa. E bem, estou aqui provando que eu lembrei na manhã seguinte.

— Você é inacreditável, Regina Mills, e direta.

— Você bem disse. Regina Mills.

— Gosto disso — sorriu e separou seu corpo do de Regina, afastou seu rosto o suficiente para olhar o dela. — Preciso tirar esse vestido e essa maquiagem.

— É, eu também...

Uma gargalhada escapou da loira enquanto ela ainda observava Regina.

— O que foi? — Segurou o riso.

— Só é engraçado, nós dormimos sem nos preocupar com nada, como se fôssemos duas adolescentes que chegaram de um baile de formatura.

— Essa é a graça da vida, Emma, as inconstâncias — seu tom de voz era sugestivo e a fez sorrir novamente ao entender a referência.

— Ainda não acredito.

— Em breve teremos inúmeras pessoas com um exemplar te pedindo um autógrafo, pode ter certeza que então você vai acreditar.

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