POV Ludmilla
Voltar para Dallas não foi muito emocionante em comparação a Isabelly, que parecia feliz,
embora devesse ser realista que sua alegria era pelo trabalho de seus sonhos. Acabei aceitando depois de ter sido ajudada por Marcos a retomar, pelo menos eu seria capaz de ensinar em um ambiente familiar.Quando cheguei ao antigo instituto onde tinha estudado com minha esposa, eu o observava do meu carro antes de entrar; aos 25 anos de idade, nunca imaginei voltar para cá depois de estudar em Yale, enquanto estudava secretamente, ele havia planejado me ensinar em algum curso faculdade ou algo assim, não onde os jovens eram obrigados a frequentar a minha aula.
Havia chegado a sala antes do sinal tocar e já havia alguns garotos conversando animadamente sobre as férias de verão. Vê-los lá me lembrou quando eu tinha apenas 16 anos, até Isabelly me deixou quando ela arranjou um namorado.
A campainha tocou e eu me levantei da cadeira para escrever meu nome no quadro.
- Bom dia, meninos e meninas - Todos responderam como se fossem robôs programados. - Eu sou Ludmilla Oliveira e serei... - Fui interrompida por um garoto que rapidamente entrou na sala
tropeçando em seus pés, fazendo alguns rirem. - Está bem?- Sim, sou apenas um pouco desajeitado. - Ele se levantou rapidamente.
- Isso simplesmente acontece. - O garoto assentiu antes de ir para o assento vazio restante. - Como eu estava dizendo, eu sou Ludmilla Oliveira. Eu serei a professora de filosofia. Agora, vou explicar um pouco do que faremos durante o ano e... - Vi menino que havia caido, levantar a mão - O que houve?
- E as apresentações? - Eu levantei uma sobrancelha. - Você sabe, como nos filmes, quando aparecemos e dizemos como foram incriveis as férias de verão até termos que voltar aqui.
- Com o tempo vou aprender o nome de todos vocês, não se preocupe. - Eu estava voltando até a minha mesa, quando ele falou novamente
- Agora, com quem vou me gabar do meu verão?
- Qual é o seu nome? - Perguntei o fitando
- Eu sou Brunno Gonçalves. - Ele falou com um sorriso que conhecia muito bem, eu soube imediatamente qual era o jogo dele.
- Bem, Brunno, você pode me mostrar seu verão depois das aulas à tarde e ficará para ensaiar. - Seu sorriso desapareceu e eu me virei para o quadro.
Se havia uma coisa que eu havia aprendido muito bem com minha experiencia na adolescencia e ensinando isso, era que eu nunca deveria dar o braço a torcer imediatamente. No começo, eles costumavam ser leões esperando por qualquer erro para rasgá-lo em pedaços, mas eu sabia muito bem que em algumas semanas eu era capaz de deixá-los saber que, por ser
uma professora nova e jovem, eles não podiam me derrotar, depois que soubessem que
que as coisas relaxaram um pouco.Depois de escrever o nome de Platão no quadro, me virei novamente e todos ficaram em silêncio.
-Eu sei como era o trabalho do Sr. Smith porque ele me ensinou e também sei que metade da turma dormia. Sinto muito por vocês, mas vocês terão que se acostumar a trabalhar comigo. Comecaremos do começo e avançaremos nos grandes filosofos politicos para este semestre. Não estou interessada em recitar ao pé da letra o que eram de cada autor, estou interessada em entender o que estão lendo. Eu não tenho uma orientação, estou muito aberta para receber as interpretações de cada um sobre sua opinião, porque é isso que me interessa, que vocês não sejam apenas simples robôs. - Fui até minha mesa e peguei uma das copias. - É uma seleção de textos, não se preocupem, não vou fazer vocês lerem todos os livros dos autores. - Coloquei as copias na mesa de um dos meninos e ele imediatamente entendeu a mensagem, distribuindo as copias aos colegas de classe. Eu sei muito bem que será um pouco difícil desnaturar o modelo que eles têm agora, mas pelo menos eu quero que eles tentem na minha classe. - Dedicaremos tempo para garantir que todos entendam o que estamos lendo, porque eu e vocês não queremos ver o rosto deles no verão
Cada aula eu explicaria os textos porque sabia que, na idade deles, era um pouco difícil para eles entenderem perfeitamente o que os filósofos estavam tentando explicar, a menos que sejam pessoas que tenham conhecimentos previos de filosofia e tenham quase certeza disso como professor Smith encarregado deles, apenas os alunos que se dedicaram à auto-educação podiam trabalhar a um ritmo mais rápido. Eles deveriam pelo menos avançar em suas casas e
ter uma classificação para sua participação em cada classe, pelo menos assim saberiam quem lera e quem não lera.A tarde, depois de repetir a aula por mais quatro vezes, eu tinha Brunno na frente da minha mesa escrevendo com os fones de ouvido. Eu apenas sorri lembrando de todos os problemas que Isabelly sempre teve na juventude. na juventude? Deus, eu estava começando aparecer minha mãe.
Eu olhei para o meu anel pensando em Isabelly e como ela havia mudado desde que eu a conheci, me perguntando se eu havia mudado assim também. Isabelly costumava ser uma garota problematica, pelo menos era o que todo mundo pensava, a verdade era que ela era apenas direta e um tanto rude na maneira de dizer as coisas e isso só trouxe problemas para todo mundo, acho que naquela época era mais fácil.
- Pronto. - O garoto suspirou, olhei para o relógio e apenas 20 minutos se passaram.
- Então leia. - Falei o fitando
- Eu não posso só ir pra casa? - Eu balancei minha cabeça em negação, e ele suspirou novamente. - Neste verão, a verdade é que não fiz nada além de trabalhar em uma sorveteria para ajudar minha mãe em casa e escapar da minha irmã mais velha, ela me irrita muito, mas esse é o nosso relacionamento. Ah, eu ia deixar tudo por aqui, mas vou lhe contar uma coisa para que você não me odeie durante o ano. Eu nem fiz mais nada de interessante, só queria chamar a sua atenção mesmo, pois te achei muito melhor que o Sr. Smith. - Ele abaixou a cabeça com medo do que iria vir depois disso. Eu apenas balancei a cabeça em negação e evitando rir para ainda passar minha pose de durona.
- Eu não te odeio, nem tenho motivos para isso. Só não quero ser vista como alvo fácil porque não sou, e que isso sirva de lição.
- Claro, não se preocupe, isso não vai acontecer novamente.
- Eu encontrei você, Brunno. - Olhei para a porta onde estava uma mulher de cabelos pretos com expressivos olhos castanhos, ela entrou e olhou para mim de cima a baixo. - Oi, me chamo Brunna Gonçalves, sou irmã dessa pequena criatura. - Eu fiquei hipnotizada com aqueles olhos castanhos tão profundos. - Sinto muito que esse idiota tenha causado problemas e espero que não esteja tomando o seu tempo
- Não, nós terminamos. - Eu sorri um pouco e ela pegou o braço do menor para arrastá-lo para fora.
- Adeus, senhorita Oliveira. - Eu sorri acenando até vê-los sair
Estava arrumando minhas coisas quando Brunna voltou.
- Oliveira? - Eu concordei - Ludmilla Oliveira?
- Nos conhecemos?
- Bem, eu conheço você - Ela sorriu e que sorriso - Você era duas gerações mais velha que a minha. - Eu concordei - É bom saber que alguém tão bem sucedida quanto você retornou a cidade.
- Obrigada, eu acho.
- Meu irmão tem muita sorte de ter uma professora tão esperta e fofa quanto você, adeus Ludmilla.
Fiquei surpresa com o comentário dela, ela saiu tão rápido quanto chegou, me deixando confusa na sala de aula.
Nessa fic, Brunno é mais novo que Brunna rs, beijinhos e até mais 💕
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The Betrayal
FanfictionLudmilla é casada com Isabelly que se conhecem desde a infância, tudo estava dando certo entre as duas, até que Brunna aparece, o que será que vem por aí? Essa é uma adaptação da fanfic cujo nome é Chealing, todos os créditos dado a autora original...