The Betrayal

Capítulo 25

um POV só da Isabelly?? ou vocês vão ama-lá ou odia-la mais ainda kkkk

POV Isabelly

O sol que chegou ao meu rosto me fazendo acordar e senti uma forte dor de cabeça; bebi demais na noite anterior. Percebi que estava no meu quarto, lembrei que Blue me trouxe ontem, mas não era a única coisa que me lembrava. Toda vez que acordava e sentia o lado de Ludmilla vazio e frio, me senti sozinha novamente e comecei meu dia pensando nela. Quando me virei para pegar meu telefone, notei que havia uma aspirina ao lado de um copo de água, fiquei à vontade para tomá-la rapidamente antes de verificar minhas mensagens.

Era um sábado e eu apenas tinha que continuar meu trabalho, já que Ludmilla  havia saido, eu me concentrei no meu trabalho a maior parte do tempo para evitar afundar em minha própria miséria. Parte de mim queria pensar que, se eu terminasse o trabalho quando Ludmilla chegasse em
casa, teria o tempo que deveria ter dado a ela, já havia me comportado como uma idiota muitas vezes no passado e agora estava começando a me comparar com meu pai. Me sentia desolada por ter traido Ludmilla uma vez, não tinha desculpas pelo que fiz, eu era apenas uma idiota de que, se tivéssemos conversado sobre nosso relacionamento com o tempo, teríamos evitado todo esse drama em que nos metemos.

Desci para preparar algo para comer e notei que tudo estava limpo, fiquei surpresa que essa garota tinha feito tanto por mim. Eu nunca tinha conhecido alguém assim, nem mesmo Ludmilla, talvez isso explicasse muito. Alguém poderia realmente ser tão bom? A garota me ajudou muito em voltar para casa e me salvou de cometer o maior erro de qualquer vida, dirigindo embriagado.

O carro. Porra, eu não queria sair de casa hoje e se eu a deixasse lá por muito tempo, poderia arriscar uma multa pelo meu registro. No momento, o mínimo que eu queria era problemas, acho que o trabalho poderia esperar um pouco, de qualquer forma, não é como se Ludmilla decidisse voltar para casa hoje, talvez ela nem volte mais. Eu decidi pegar um Uber em busca do meu carro, fiquei agradecida por Brunna cuidar de todos os detalhes, porque era um carro bastante caro pelo qual eu ainda estava pagando, quando abri a porta dos fundos para garantir
que todas as minhas coisas estivessem lá dentro, quando olhei para através dos espelhos, vi Brunna trabalhando na cafeteria.

Aquela garota não descansa?

Eu a observei trabalhar por um tempo, quando eu estava começando a me sentir uma perseguidora, decidi ir entrar no estabelecimento, teria que agradecer a ela e bem, eu também precisava de um café e seria rude não agradecer a ela enquanto olhava para o rosto dela.

- Isabelly! - Brunna se aproximou quando me viu entrar. - Esta tudo bem? - Uma preocupação real refletida em seu rosto que me surpreendeu: ela era real?

- Sim, eu vim apenas para tomar um café. Além disso, eu tive que vir buscar o meu carro.

- Você pode se sentar, eu vou fazer seu pedido daqui a pouco. - Ela me deu um sorriso e eu assenti, ela recebeu os pedidos enquanto eu a observava da mesa. Ela parecia tratar todos com a mesma gentileza. - O que você vai querer?

- Um café expresso. - Brunna assentiu. - E uma fatia de torta de limão.

- Ok. - Brunna sorriu, ela saiu antes que eu pudesse agradecer a ela pela noite passada. Não havia muitas pessoas na cafeteria, mas foi entendido, ainda era cedo. Decidi olhar para o meu celular para evitar parecer uma perseguidora ou algo assim. Quando abri meu email, notei que tinha mais trabalho do que imaginava. - Parece que você está prestes a explodir. - Ela colocou o copo ao lado da fatia de bolo na minha frente.

- É apenas o trabalho.

- Você trabalha demais, começa a ficar enrugada e espero que esteja guardando dinheiro suficiente para todo o botox que você injetará. - Eu não pude deixar de rir, porque provavelmente é verdade. - Então já que você está melhor, aproveite seu café.

- Brunna! - à chamei antes que ela se virasse. - Sobre ontem...

- Fique tranquila, será um segredo entre nós duas, você não precisa se preocupar se pensou que eu contaria para Ludmilla sobre isso.

- Obrigada por tudo. - Eu disse a ela honestamente e ela apenas sorriu para mim.

- Não se preocupe, não é a primeira vez que algo assim acontece por aqui, apenas tente não tentar dirigir da próxima vez. - Ela logo mudou para um rosto preocupado. - Não apenas por sua causa, mas porque você pode envolver outra pessoa.

- Eu sei, ontem eu era apenas uma tola.

-Sim, era mesmo. - Eu levantei uma sobrancelha e ela deu de ombros. - Eu tenho que voltar ao trabalho, me chama se você precisar de alguma coisa.

Decidi tomar um momento para mim e apreciar meu café, coloquei meus fones de ouvido e depois de um tempo me senti em paz. Acho que desde a adolescência não me senti assim, sempre tive ansiedade e me enchi de problemas na vida para evitar ter tempo para pensar demais nas coisas, mas em dias como esse eu sentia que era necessário um momento para mim. Eu senti como se estivesse subitamente afundando, construi a vida que sempre desejei, mas assim que veio, ela se foi. De vez em quando, olhava para Brunna,  entendendo por que Ludmilla estava com ela; era compreensível quando você tinha uma boa pessoa que olhava para você de uma maneira que produzia calor, me lembrou Ludmilla quando ela era mais jovem. Então uma lembrança veio à minha mente.

Eu estava andando furiosamente pelos corredores, não me importava com a minha aula de quimica na época, não tinha cabeça para pensar em fórmulas tolas. Eu não podia acreditar que Ludmilla ousou ter um namorado, quero dizer, sim, mas é de se esperar que eu tenha sido certificada como capitã de torcida e a coroa possa ser minha. Pode ser um clichê, mas era o que mamãe esperava de mim. Abri meu armário e joguei minhas coisas dentro, o que causou um desastre, porque tudo acabou caindo. Rosnei antes de começar a arrumar minhas coisas, logo vi alguém me ajudando e encontrei intensos olhos castanhos que olhavam para mim.

- Que desastre.

- Obrigada, agora vá embora. - Eu disse de mau humor.

- Você não deve franzir a testa tanto, você terá rugas. - Ela sorriu e, embora não parecesse dizer isso de uma maneira ruim, isso só me deixou com raiva.

- Saia da minha vista! - Ela apenas revirou os olhos antes de sair. Eu me senti um pouco mal, mas não ia pedir desculpas a ela, senão eles pensariam que eu começaria a me desculpar por tudo e isso não causaria uma boa impressão. Além disso, ela é amiga daquele esquisito que se veste de
menino.

Quando consegui voltar para casa, senti aquele vazio mais uma vez, mas de uma maneira estranha estava começando a me acostumar com isso pela primeira vez em todo esse tempo, até me esqueci disso enquanto estava na cafeteria. Talvez eu só precise sair com amigos ou algo assim.

Viram? Isabelly nem é tão ruim assim, ou talvez seja. O que vocês acham? Aguardem os próximos capítulos rs.

Volto mais tarde, bjs 💕