Capítulo 6

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POV Brunna

Enquanto estava no meu horário de descanso, mantinha meus olhos  no celular, fazia duas semanas desde que Yris havia me beijado e não trocamos uma única palavra desde então.

Eu sabia que não seria capaz de retribuir da maneira que ela queria, apenas senti que isso não iria acontecer porque nunca fui capaz de vê-la de outra maneira. Eu sabia que deveríamos conversar, mas não sabia quando isso deveria acontecer.

Eu não sabia quanto tempo estava ali na minha bolha até que alguém colocou um café na frente dos meus olhos. Olhei para cima, e vi a morena sentada à minha frente.

- Um mal dia?

- Eu só estava pensando. - Eu rapidamente guardei meu celular. - Muito obrigada, quanto devo a você?"

- Oh não, é cortesia. - Eu sorri para ela com gratidão, agora era o que eu mais precisava. - Na verdade, eles me deram  quando souberam que era para você.

- Eles me querem neste lugar. - Ela encolheu os ombros.- O que?

- Isso é normal.

- Como assim?

- Você é uma pessoa acolhedora, Brunna. - Ela olhos nos meus olhos, me deixando nervosa por um momento - Além disso, acho que você tem muitos fãs que apreciam sua atenção e claro, admiram sua beleza. - Ela desviou o olhar.

- E você?

- O que tem eu?

- Você é um deles?  - Ela pareceu surpresa com a minha pergunta, quando ela abriu a boca para me responder, meu chefe assobiou para me dizer que era hora de voltar ao  trabalho. - Foi uma piada, Ludmilla! - Dei um leve soquinho em seu ombro com um sorriso antes de tomar o café e levá-lo comigo para a cozinha.

O que eu estava fazendo?

Toda vez que eu estava com ela, não media minhas palavras e falava sem pensar, ela era minha antiga paixão e agora era casada com Isabelly. Ela era legal e, se quisesse que fôssemos amigas, deveria parar de fazer esses tipos de comentários.

Quando cheguei em casa, vi meus pais na sala assistindo televisão, quando fui beijar suas bochechas para cumprimentá-los, a porta de casa foi aberta e meu irnão entrou rapidamente fechando a porta com força antes de ir para o segundo andar, indo pro quarto, suponho.

- Esse mau humor vem da sua família. - Meu pai foi o primeiro a falar ao olhar para minha mãe que lhe deu um tapinha no ombro - Aí!

- São coisas da adolescência, suponho. -  Eu disse com um encolher de ombros. - Eu vou ver o que há de errado com ele.

- Eu fazer um chocolate quente para você. - Mia me disse com um sorriso antes de eu ir para o quarto do meu irmão. Ao entrar, vi-o deitado em sua cama e, quando me aproximei, vi os machucados no rosto, fechei rapidamente a porta do quarto antes de me sentar ao lado dele.

- Brunno, que diabos?

- Foi aquele idiota do Henrico. - Ele rosnou, vi que ele havia um corte na testa e suspirei. Fui ao banheiro de seu quarto procurando a gaveta de remédios para limpar seu rastro de sangue e curar suas feridas. - Você sabe que eu não sou violento, mas ele ja esgotou minha paciência.

- O que aconteceu?

- Estou namorando com a ex-namorada dele, o que o incomoda tanto que ele me provoco, em
geral eu o ignoro mas hoje ele falou sobre Mário e eu não ia deixar isso barato.

Eu dei a ele um pequeno sorriso antes de bater no braço dele, não me importando se doía.

- A violência é inútil.

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