Capítulo 4

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POV Brunna

Demorou um pouco para eu juntar os pontos depois de ver o anel de Ludmilla, depois de algumas horas lembrando tudo o que vi no ensino médio, na verdade o que todo mundo notou naquela época. A amizade que Ludmilla  e Isabelly tinham aos  olhos de muitos era um tanto tempestuosa.

Primeiro pensei no fato de que, apesar de morarem juntas, Ludmilla morava com o marido. Depois de ouvir meus pensamentos, eu sabia que talvez não fosse uma idéia tão razoável e só precisei pensar novamente para conhecê-la. Ela voltou o trabalho de Isabelly enquanto estavam juntas. Foi a coisa mais razoável para mim depois de me lembrar deles no ensino médio, eu costumava observa-las , bem, na verdade, apenas observava Ludmilla.

- Ei, Bru! - Mário pendurou no meu pescoço me fazendo tropeçar, quando me estabilizei novamente, ele colocou o braço em volta dos meus ombros. - Você já vai?

- Eu tenho que ir buscar meu irmão. - Ele revirou os olhos.

- Você parece a babá dele.

- Eu sou irmã dele. Ser filho único libertou você dessas experiências. -  Ele riu mostrando seus dentes brancos. - Se você quiser, eu posso te levar para casa no caminho.

- Ou podemos ir à sua casa. -  Ele encolheu os ombros.

- Eu tenho trabalho a fazer, você só me distrai.

- Eu tenho que fazê-lo também, a propósito, obrigado pelo elogio.

- Não foi bajulação. - Eu dei-lhe um empurrão para longe de mim. - Vamos, mas estou avisando, vou te ignorar.

- Eu gosto de passar um tempo com você, Bru! - Nós dois sorrimos, ele provavelmente era o  garoto mais doce que eu conhecia, fico feliz por tê-lo como meu melhor amigo.

- Ei, pessoal. - Yris se aproximou de nós com um sorriso. - Já estão indo?

- Sim.

- Vamos fazer o trabalho na casa da Bru, você vem? - Olhei para Mário, não me incomedei com a presença de Yris , mas ele nem me perguntou. Então notei um tipo de olhar conhecido entre eles, acho que entendi o que estava acontecendo.

- Nāo te incomoda? - Eu balancei a cabeça em negação. - Ótimo.

- Então vamos.

Ela sentou no banco do passageiro e Mário entrou rapidamente, pegando meu celular para colocar alguma música. Eles foram cantando o caminho inteiro até a escola do meu irmão. Quando chegamos saí do carro,  soltei um suspiro e olhei em volta, esperando meu irmão, demorou apenas um minuto para vê-lo correndo em minha direção. Eu olhei  para ele confusa até ver que, a alguns metros atrás dele, um garoto estava o perseguindo.

- Vamos pra casa - Revirei os olhos quando ele pulou no para dentro de meu carro, Mário desceu para ficar ao meu lado. - Brunna!

- Fique quieto, Brunno. - Ele me olhou confuso. O garoto que o perseguia parou na minha frente e de Mário.

- Deixe-me entrar, garota. - Eu cruzei braços.

- Por que eu deveria deixar você bater no meu irmão?

- Ele estava  beijando minha namorada.

- Ex namorada - Brunno disse da janela, e eu ri quando vi o garoto vermelho de raiva.

- Garoto, isso já diz muita coisa. -  Mário  colocou a mão no ombro do atleta.

- Não me toque. -  Ele afastou a mão de meu melhor amigo. - Ei, eu sei quem você é... - Ele olhou para Mário estreitando os olhos. - Você é aquela garota que pensa que é um homem. - Ele começou a rir e Mário olhou para ele seriamente, não demorou muito para Brunno  descer para lhe dar um empurrão.

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