04:00 da manhã e aqui estou eu, me arrumando para mais um dia de trabalho e me perguntando porque oras eu fui escolher medicina como profissão? Como porque? Eu amo salvar vidas, amo cuidar das pessoas e ainda mais aquelas que são necessitadas, por isso, todos os dias saio de minha simples casa num bairro nobre para ir aos bairros mais perigosos do Equador a fim de levar, pelo menos, o máximo que eu possa oferecer para os meus queridos pacientes que vivem numa pobreza extrema sem as mínimas condições de vida.
Justamente hoje, não sinto nenhuma vontade de sair da cama, sempre quando tenho essa indisposição é porque sinto que o dia será cheio, como se fosse um mal pressentimento, mas no final, tudo sempre dá certo.
Nem sempre...
Chego no hospital depois de um engarrafamento de 40 minutos e, porra, acho que não tem como meu dia piorar, dou bom dia às recepcionistas e corro para pegar os prontuários dos pacientes e me encontrar com a equipe que sempre me acompanha nas visitas domiciliares, vejo que hoje iríamos ao bairro de Las Penas conhecido como um dos bairros mais perigosos e comandado pela máfia do Equador o que eu duvido que exista porque a situação daquele povo é deplorável e, se existisse um líder, embora fosse um mafioso, deveria fazer algo por aquelas pessoas, seria o mínimo da sã consciência.
Perdida em pensamentos nem percebo que chegamos ao lugar, me preparo ainda dentro do carro colocando jaleco, separando alguns pares de luvas, caneta e os meus inseparáveis estetoscópio e esfigmomanômetro mais conhecido como aparelho de aferir a pressão, o mais usado por aqui.
Assim que desço do carro acompanhada da minha colega de trabalho e assistente social Marisa e meu amigo colorido Jhonatan que é enfermeiro e sempre me acompanha nas visitas, percebo uma grande movimentação, pessoas com armas era o que mais víamos por aqui mas, com armas desse porte e em grande quantidade era novidade.
Assim que íamos adentrar na localidade um homem alto, os cabelos loiros tingidos com mais ou menos 1,80 de altura, uma arma prateada na mão e uma metralhadora nas costas nos para.
– Com licença, sou Lauren doutora responsável pelos cuidados médicos deste bairro esta é a minha equipe e preciso que você nos deixe passar. Falo e o homem não move um músculo.
– Oi? Você ouviu? Eu preciso passar!
– Por favor se usa, doutora! Disse o homem com um sorriso debochado e me encarando de cima abaixo.
– Olha aqui, pra quem você trabalha hein? Eu estou aqui querendo fazer o meu trabalho que é salvar vidas e ajudar essas pessoas que mal tem o mínimo para sobreviver e você, por sinal, está atrapalhando. O homem travou o maxilar e pude perceber os seus músculos por baixo da roupa se tencionando.
– Olha aqui você, doutorazinha, o meu patrão não vai gostar nada de saber que uma vagabundinha de jaleco e mal educada está rondando nossa área, vou te deixar subir mas toma cuidado porque hoje é dia de confronto com o inimigo e eu duvido muito que tu vá sair daqui viva pra contar a história.
O homem continuou com o sorrisinho no rosto e eu juro que poderia responder àquele gigante de cabelo loiro, mas suas palavras só me fizeram querer concluir meu dia de trabalho e ir embora daquele lugar, segurei firme no estetoscópio que estava apoiado em meu pescoço e passei por aquele homem muito afetada para poder ao menos olhar pra trás.
As visitas estavam tranquilas, estávamos quase terminando os atendimentos quando ouvimos um grande barulho, muitos tiros e várias pessoas gritando e correndo, enquanto Marisa e Jhon ficaram na casa da senhora Mercedes, deixando os medicamentos e recomendações necessárias eu estava indo a casa de nosso último paciente quando tudo aconteceu, em meio ao caos que já estava formado, me vi sem poder voltar á casa de Mercedes, paralisei quando me deparei a grande quantidade de pessoas que vinham correndo na direção contrária a que eu ia, não tive dúvidas e comecei a correr junto aquelas pessoas visto que se eu ficasse, seria pisoteada, olhando pra trás, vi um homem branco, alto e muito bem vestido ser baleado, aquilo me fez tremer e consequentemente cair em meio a multidão que agora em busca de se proteger do tiroteio passava por mim sem se importar em me chutar e pisotear, em busca de me proteger dos chutes e pontapés, me encolhi e coloquei meus braços em frente ao meu rosto, não tinha forças pra levantar, depois de longos minutos, tudo pareceu mais tranquilo e mesmo com dor no corpo decido levantar e procurar o carro para retornar ao hospital e fazer alguns curativos.
Assim que me ponho de pé, vejo aquele ogro que queria barrar nossa entrada, ele também me vê e sorri ao ver meu estado, atrás dele chegam outros homens trazendo aquele que eu vi sendo baleado e vejo os olhos de desespero do ogro quando vê que é o seu patrão:
– Vamos, temos que levá-lo a um hospital– diz um dos homens
– Que hospital o que, vamos levá–lo a mansão, lá ele vai receber os cuidados de um médico, aliás, uma médica pois tem uma bem a nossa frente.– O ogro fala olhando pra mim e eu junto as forças que tenho para correr.
Corro muito porém não é o suficiente pois quando dou por mim já estou sendo segurada por aquele homem enorme e de repente, sinto um pano com um cheiro muito forte sendo pressionado contra o meu nariz, me vejo sem forças e apago no segundo depois, puta que me pariu, eu estou fodida...Continua gente, me digam o que acharam desse capítulo, é importante pra mim já que nunca escrevi uma fic kkkkk beijinhos do Chris pra tod@s que comentarem!!!
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Opposite Lives
FanfictionOposite lives: Entre o amor a vida e a máfia Preparem-se para conhecer a calorosa e embalante história de Lauren Rodriguez e Christopher Velez. Entre o amor a vida e a máfia, de qual lado você ficaria?