Meu amor passará através de Universos

497 50 213
                                    

“Depois de um tempo, pensava que nunca te encontraria
Eu convenci a mim mesmo de que nunca te encontraria
Quando, de repente, eu te vi
De início pensei que você fosse uma constelação
Eu mapeei suas estrelas, daí tive uma revelação:
Você é tão bonito quanto é infinito
Você é o universo do qual me encontro indefeso
Um astrônomo nos meus melhores dias
Após descartar todas as minhas medidas”

Vênus- Sleeping at Last.

E então ele abriu os olhos, pouco a pouco. A claridade invadiu suas retinas e quando se realizou onde estava, seu tronco se ergueu, confuso e perplexo.

Na costa do mar, Jinyoung se colocava de joelhos sentindo cada um de seus músculos se contraírem devido a baixa temperatura. A neve caía e nem mesmo o sol era suficiente para aquece-lo. Suas vestes molhadas grudavam em seu corpo, lhe fazendo tremer e que calafrios percorressem á cada centímetro de seu ser.

Estava vivo, como pode? Quando caíra pelo precipício jurou que aquele seria seu fim. E a última visão das faces apavoradas de seus amigos era a unica coisa que estava vívida em sua mente.

Vivo ele estava. Então por que ele não estava feliz? Por que aquele sentimento de que algo estava faltando preenchida seu coração? De que perdeu alguém importante...

Jinyoung levou suas mãos até seu peito, sentindo um vazio doloroso. Quis chorar, e não, ele não sabia o motivo. Isso fazia esse sentimento ser ainda mais espantoso, pois poderia parecer uma ingratidão absurda já que mesmo diante da morte, Jinyoung estava vivo, e ele nem ao menos tinha resposta para isso.

Estava desnorteado, e se não fosse pelo o frio estralante, ele permaneceria ali, se questionando com perguntas nas ele quais não receberia respostas.

Se levantou com uma certa dificuldade, seu corpo estava rígido e seus lábios tremiam, céus, nunca desejou tanto estar aquecido como agora. E apertando seus braços, ele adentrou na mata, sentindo seus pés afundarem na camada de neve sob o chão.

Em meio ao bosque, ele ouvira um choro doloroso, era baixo, sutil, mas ainda sim audível. Jinyoung não conseguiu evitar de seguir a origem do som, estava desesperado para encontrar ajuda, já que parecia que a qualquer momento, seus pés desabariam e ele congelaria em meio aquela neve.

E ao chegar na origem daquela lamúria, ele chegou no precipício. Aonde um rapaz se encontrava de costas para si, seus ombros tremiam pelo o choro.

Conhecia aquelas costas, aquele cabelo levemente grande e negro, nunca poderia esquecer.

— J-Jaebum…? — Chamou fraco pelo frio, se aproximando mais.

O amigo pareceu erguer a cabeça de supetão, e quando o mesmo se voltou para Jinyoung, seus olhos dobraram-se de tamanho e ele parecia sentir um misto de emoções.

— Jinyoung!!? — Ele gritou incrédulo, enquanto corria desesperado para si, lhe abraçando forte e deixando com que as lágrimas caíssem com mais intensidade. — M-Mas… o que? C-Como?  — Balbuciou desnorteado, enquanto segurava o rosto pálido do amigo.  — Céus, aqui, você pode pegar uma hipotermia desse jeito! — Jaebum pensou rápido quando sentiu a pele fria, retirando seu sobretudo e colocando sobre um Jinyoung trêmulo.

— Jinyoung, me desculpe, eu deveria… eu deveria… — Tentou dizer, culpado. Mas as lágrimas retornaram e sua voz falhou no processo. — Eu achei… que tivéssemos te perdido! Eu sabia, mesmo a polícia dizendo para nós que você provavelmente estaria… e-estaria m-morto, eu senti que... ainda poderia haver esperança. – Ele dizia, enquanto chorava de felicidade.

The boy • JINSON •Onde histórias criam vida. Descubra agora