Madrid || l.h.

•09•

Margot

Seus lábios começam hesitantes sobre os meus, dando a oportunidade para que eu me afastasse. Sei que está indeciso, então, com a mente mais clara do que nunca, levo minhas mãos ao seu peito, segurando sua camiseta e o puxando para mim.

Sinto o suspiro de alívio de Luke quando o faço e seu beijo torna-se imediatamente mais urgente. Nossas línguas se tocam e posso jurar que sinto meu corpo queimando por dentro. Luke se aprofunda, uma mão deixando meu rosto e indo de encontro ao meu quadril, apertando-o.

Parecia besteira pensar assim, mas eu não podia evitar a sensação de que estava vivendo a mesma intensidade de quando nos declaramos um para o outro, no escritório de Luke. Entretanto, era inegável que esse beijo era melhor, mais ardente, mais profundo e mais verdadeiro do que nunca. Eu queria tocá-lo, como se não o tivesse tocado por uma vida inteira. A distância de pouco mais que uma semana parecia ser demais para nós dois.

Levo minhas mãos ao seu pescoço e o envolvo. Quero me aproximar ainda mais, embora pareça impossível. Luke desce sua boca pela minha pela, chegando ao pescoço e me dando um tempo para respirar. Gemo quando sua língua passa pela pele sensível logo depois de sugá-la levemente e Luke me responde apertando ainda mais meu quadril.

- Preciso de você. - admito com os olhos fechados, ofegando pela boca enquanto enterrava meus dedos em seus cachos.

Luke pausa o movimento de sua boca e ergue o rosto para olhar o meu. De repente, me sinto constrangida por ter verbalizado, sem realmente saber se ele estava com o mesmo desejo que o meu.

Mas seus olhos brilhavam, aquele mesmo brilho que eu via todas as vezes que nos beijávamos. O mesmo brilha que vi quando o toquei pela primeira vez. A memória fez minha mão formigar.

Luke leva as duas mãos ao meu rosto mais uma vez, delicadamente. Seus olhos se concentram em mim.

- Senti tanto a sua falta. - sussurra, a boca a centímetros da minha. - Do seu cheiro, do seu toque, do calor da sua pele...

Sinto minha nuca se arrepiar. Seu hálito bate contra o meu rosto e minha respiração falha por um momento. Quero dizer que senti falta dele também, e de todas as sensações que me proporciona, mas minha voz some enquanto o desejo por ele aumenta.

- Mas quero que saiba que não tem que fazer nada que você não queira. - Luke me olha com mais intensidade, como se quisesse captura minha total atenção. E, com um leve sorriso, continuou. - Nosso acordo ainda estaria de pé. Vou entender se você não estiver pronta.

Balanço a cabeça. Levo minhas mãos ao seu rosto, a barba loira por fazer roçando em minha pele. Era uma sensação gostosa.

Ao invés de falar, trago-o para mim de novo, começando de onde nosso beijo parou. Sem controle suficiente para inícios lentos, aprofundo-me nele, intensificando o beijo. Luke geme contra minha boca e sinto seu corpo se mover. Ele se abaixa, sem interromper o movimento de nossas bocas, e puxa minhas pernas, me colocando sobre seu colo.

Não presto atenção para onde está me levando, o que está fazendo, quando tudo no que consigo me concentrar é sua boca, mas enrolo minhas pernas ao redor de sua cintura. Percebo quando senta na cama, me puxando consigo. Estou ofegante quando nos separamos por alguns segundos.

Ouço seus sussurros, alguns desconexos e outros jurando seu amor, enquanto seus lábios alcançam a base do meu pescoço.

Movo meu quadril por cima dele, fazendo-o gemer. Consigo sentir a conexão dos nossos corpos, o quanto precisa de mim, por entre a calça de moletom e meu short fino.