Tava esperando o resultado do paredão pra saber que rumo tomar, como não deu certo lá, criei aqui um universo paralelo. Espero que gostem ;)
Rafa POV
O clima da casa tá mais "leve" desde que a Flay saiu, não tem ninguém gritando aos quatro cantos da casa, acabamos não tocando mais em assuntos de brigas por aqui. Mas numa conversa com Thelma e Manu uns dias atrás, ela comentou sobre a Gi ter pedido desculpas pra ela.
Confesso que me machucou muito o fato dela simplesmente não se importar em falar com todas as partes envolvidas naquele incidente da sala, mas relevei e guardei aquele sentimento dela.
Hoje temos mais uma festa, dia de comemorar mais um dia na casa que a gente sabe que está acabando e já bate uma tristeza. Eu estou precisando me animar um pouco, esses últimos dias foram de fortes emoções. Pelas roupas que nos deram, o tema é relacionado com alguma coisa nostálgica.
[...]
Dito e feito, era temática #tbt! Tudo me remetia a saudade de casa, esse ar nostálgico me fazia bem demais. As músicas estavam incríveis, tava tudo muito bom, mas infelizmente a Gi tava longe de mim. A gente já não se falava como antes.
Um dos shows que tiveram no telão foi do Raça Negra, mexeram demais com meu coração quando começaram a cantar "Deus me Livre".
"Te amo, mas vivo a fugir desse amor
Não dá pra ficar cara a cara
Eu quero esquecer
Mas se vejo você
Coração dispara"Nessa hora eu só sabia olhar pra Gi, se estivéssemos como antes eu ia cantar essa música olhos nos olhos dela. Acho que podia cantar todas as que eles cantaram olhando pra ela, como eu sinto saudade de estar do lado dela. Quando eu sentei pra descansar após esse show ela simplesmente apareceu na minha frente.
-Tá tudo bem com você, Gi?
-Preciso conversar um negócio sério com você.
-Tá, a gente pode conversar amanhã sem ter bebida envolvida.
-Ai é que tá, sem álcool eu não conseguiria falar isso com você.
-Nossa, mas é tão grave assim?
-Eu fico um pouco intimidada quando eu tô falando com você, cê com esse olhar sedutor e marcante. Eu bebi, mas é suficiente pra perder a timidez, ainda não estou looooouca do café.
Começo a prestar atenção em cada palavra que ela fala atentamente.
-Me desculpa por não ter vindo falar com você antes, eu não sabia por onde começar a dizer o quão é importante te ter pra mim aqui dentro. Espero de verdade que a gente possa um dia se encontrar lá fora para rir e conversar sobre toda essa loucura que a gente tá vivendo.
Ela me explicou tim-tim por tim-tim do que tava acontecendo, o nível de estresse que ela estava. Entendi absolutamente tudo, só pontuei algumas coisas mas resolvemos juntas e na base da conversa.
Voltamos a beber e ficamos até mais próximas na festa. Quem não gostou nada de ver nossa interação foi a Ma, mas isso é problema dela. Big Boss avisou na telinha que tinha mais cerveja na dispensa e a Gi, como sempre, se prontificou a buscar. E eu como uma boa amiga, fui ajudá-la.
Por um descuido meu fio do microfone ficou preso na porta, e ela veio me ajudar a soltar ficando cara a cara comigo. Ficamos paradas olhando uma pra cara da outra, achei que aquele era o momento. Tirei o cabelo que cobria um de seus olhos e coloquei atrás da orelha, senti um choque em minha mão quando toquei sua pele.
-O que você tá fazendo, sua doida? - ela me perguntou com o olho arregalado
- Uma coisa que eu já devia ter feito há muito tempo - respondi meu aproximando de seus lábios.
Nos beijamos pela primeira vez, nunca algo me pareceu tão certo quando beijar essa mulher. Eu sentia um calor subindo pelas minhas pernas e braços, tudo se concentrando no meu peito. Ela me acendia de uma forma tão intensa que eu não sabia explicar com palavras, mas meu corpo reagia. Sentia meu sexo se umedecendo cada vez mais rápido.
- “SANGUE, FOGO E LABAREDA, SENHOR!”. - disse ela se afastando do beijo pra recuperar o fôlego - Co-como assim?
-Queria fazer isso há tempos, criei coragem e fiz. Tô te dando sinais ó… tem tempo, mas se você quiser a gente para por aqui.
Senti seu o braço na minha cintura colando seu corpo no meu, a outra mão tirando o cabelo do meu rosto e o polegar passando em meus lábios, depois puxou o cabelo da minha nuca, me fazendo arrepiar dos pés a cabeça. Ela me beijou de novo, dessa vez um beijo calmo mas com muito desejo, senti o calor que vinha do meio de suas pernas e soube que era tudo recíproco.
Perdemos a noção da hora e esquecemos que fomos buscar mais bebidas para reabastecer a festa, no meio desse clima quente adivinha quem veio lembrar que a gente deveria levar a cachaça?
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Delírio
RomanceUm sentimento inesperado, milhões de pessoas antenadas em cada passo, e um simples desejo: VOCÊ. Será que o medo vai atrapalhar tudo? Ou será a concorrência que pode estragar seus planos? Talvez em uma festa, tudo possa mudar...