Capítulo 12

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A praia estava relativamente cheia para uma segunda feira, os seis já foram a procura de algum espaço na areia para que pudessem se acomodar, o sol estava mais do que quente, eles se sentiam como sorvetes derretidos, assim que acharam um lugar que pudessem por suas coisas, Maya mal terminou de forra sua canga e já foi tirando logo sua roupa, seu biquíni vermelho deixava seu corpo ainda mais em evidencia, ajeitando sua calcinha e colocando-a exatamente na marquinha de antes ela estava tão entretida que mal havia se dado conta que um par de olhos a analisava minuciosamente, quando finalmente havia parado de se ajeitar que ela se deu conta de que estava sendo observada, ficando totalmente sem jeito ela tentou conter a vontade de se cobrir, o olhar de Alex a deixava ainda mais quente que o sol que já esquentava sua pele. Respirando fundo e ignorando essas sensações, ela falou com as meninas se afastando logo depois e indo em direção a água, mas antes que pudesse molhar os pés ela sentiu quando braços fortes a pegaram tirando-a da terra e correndo em direção a água, afundando-os logo depois.

Maya voltou a superfície buscando o ar ainda surpresa pelo o que havia acontecido, passando as mãos no rosto ela olha de um lado para o outro a procura do ser que havia feito isso com ela, antes que pudesse perceber ela foi puxada novamente para baixo, ficando de frente para Alex que ria pra ela, subindo a superfície novamente ela tentava conter o sorriso idiota que surgia em seus lábios.

-Até que a água está bem agradável, melhor ainda com a vista. – Alex falou surgindo atrás dela, fazendo-a virar em direção a ele.

-De fato, devo concordar com você, mas acredito que teria sido melhor ainda se eu quase não tivesse morrido de susto no processo. – Ela respondeu espalmando a mão na água e atingindo-o.

Ainda com um sorriso estampado nos lábios Alex mergulhou fazendo com que Maya olhasse a sua volta a sua procura, virando-se de um lado pro outro procurando por ele, mas antes que tivesse qualquer atitude sentiu-se sendo puxada para baixo mais uma vez, dessa vez já sabendo quem era ela já se deixou ser puxada com um sorriso estampado em seu rosto, embaixo d'agua sentindo a o corpo balançar junto ao balanço da água, ela se movimentou na água como se para fugir, mas antes que pudesse voltar a superfície sentiu quando ele a puxou pelo braço e com os corpos de ambos se chocando, ele a beijou. Ela nunca havia sido beijada debaixo d'agua, nunca nem imaginou que isso lhe aconteceria, mas ao acontecer não pode deixar de curtir o quão prazerosa a situação podia ser, a pressão da água deixava os toques que ela recebia no corpo ainda mais gostoso, mas ao sentir que o folego estava começando a se esgotar, ambos se permitiram retornar a superfície ainda ligados um ao outro, através do beijo.

*

Os meninos estavam jogando vôlei na areia enquanto as meninas estavam conversando, Maya estava deitada na canga pegando sol enquanto Sabrina e Ana tomavam sol sentadas na cadeira, as três tinham sorrisos leves no rosto e uma conversa tão leve que as fizeram se assustar quando viu a bola caindo entre elas, se virando um pouco na canga Maya viu quando os meninos riam e não pode evitar de sorrir quando Alex piscou para ela, mordendo a bochecha por dentro pra evitar que o sorriso se alargasse mais, ela balançou a cabeça levemente voltando a atenção para as amigas, quando viu que os meninos já entravam no mar.

-A noite de ontem realmente foi bem proveitosa. – Ana falou.

-Maya que o diga, né amiga. – Sabrina falou implicando com a amiga e recebendo um revirar de olhos como resposta.

-Como se ninguém mais além de mim tenha pegado alguém né. – Maya respondeu de forma automática. – Todas nós aqui estamos em um flerte de verão.

-Eu diria mais um amor de verão, pelo menos para mim. – Ana falou atraindo os olhares chocados das duas amigas e se pondo a explicar logo depois. – Eu nunca fui de me envolver com ninguém assim na primeira noite, ainda mais sem conhecer a pessoa, mas a sintonia da gente bateu tão rápido e de primeira sabe, eu nunca me senti assim, estranhamente eu senti uma sensação de estar em segurança, como se eu estivesse em casa, em paz.

-Acho que eu te entendo, não sei te dizer exatamente o que senti, mas acho que é bem nessa vibe que você falou mesmo. – Sabrina falou após alguns minutos de silencio, como se estivesse processando o que amiga havia falado.

-Acredito que de alguma forma, todos nós sentimos algo que nos fez baixar a guarda e aproveitar a noite, no final de tudo o verão acabou se tornando inesquecível para todos nós. – Maya falou fazendo um gesto como se englobasse todos nele. – Fortalecemos amizades – Falou apontando pra Sabrina – Conhecemos novas amizades – Direcionou seu olhar a Ana e apontou com a cabeça em um gesto singelo em direção ao mar – E no final de tudo ainda encontramos pessoas especiais.

-É realmente essas férias foram uma das melhores da nossa vida, não tenho do que reclamar. – Ana falou. – Bem quer dizer tirando os babacas de ontem as férias foram realmente memoráveis.

-Olha para mim, até os babacas serviram para algo. – Maya falou rindo. – Eu nunca havia socado a cara de alguém ontem, e devo confessar que foi muito prazeroso fazer tal ato.

-Você socou a cara dele? – Sabrina indagou chocada.

-Antes disso eu dei uma joelhada bem forte entre as pernas dele, mas ai ele quis bancar o machão e na hora da raiva e do nervoso eu nem processei direito o que estava fazendo, quando vi já tinha acertado um soco na cara dela e logo depois o Alex chegou o nocauteando de vez. Eu nem ao menos vi o que acontecia a minha volta, tanto que até agora não entendi como o outro homem foi parar no chão.

-Essa é fácil! – Ana falou dando de ombros e soltando uma risada logo depois. – Eu também dei uma joelhada nele, mas antes que ele pudesse me contra atacar Igor chegou por trás dando um mata leão, ele desmaiou em questão de segundos e eu fiquei chocada demais pra esboçar qualquer reação.

Os meninos saíram da água depois de um tempo e as meninas continuavam tão entretidas em sua conversa que nem se quer notaram eles se aproximando, só se deram conta quando era tarde demais. Alex havia deitado em cima de Maya fazendo-a soltar um grito pelo susto e pelo contato da pele gelada dele com a quente dela, tentando se virar na tentativa de tirar ele de cima dela.

Todos riam, quando enfim os meninos soltaram as meninas. Alex se jogou ao lado de Maya dividindo a canga com ela, recebendo um olhar fulminante dela logo depois.

-Se continuar com esse olhar assassino, eu te jogo na água de novo. – Ele respondeu de forma descontraída.

-Você não é nem louco de fazer isso de novo. – Ela retrucou de maneira óbvia.

-Não me desafie mocinha.

O sol já estava se pondo quando eles enfim saíram da praia, as meninas reclamavam que estava cansada, e Maya resmungava por ter que terminar de arrumar a sua mala para poder voltar para casa.

O clima de despedida já se fazia presente, os meninos e Maya já estavam meio desanimados, as férias haviam terminados e o incomodo por saberem que terem que se separar também. 

Verão inesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora