O seu coração batia tão forte que parecia um tambor dentro do seu peito, ainda meio atordoada ela se lembrou de Ana, olhando a sua volta rapidamente achou a amiga sendo amparada por um outro rapaz com o rosto tão assustado quando ela imagina que também estava, os dois rapazes que haviam chegado nelas estavam no chão, ela só não sabia como o outro havia ido parar ali também, a multidão a sua volta ainda as olhava, Maya se sentia como um bicho exótico em exposição.
O rapaz que havia a ajudado se levantou do chão com o telefone em mãos já discando algum número, ela queria agradecê-lo pela ajuda, mas ele parecia concentrado demais no telefone e em observar o homem ainda desacordado no chão. A multidão a sua volta aos poucos começava a se dissipar, e ela agradecia mentalmente ao céu por isso, quando a ligação enfim encerrou e rapaz guardou seu celular no bolso ela viu a brecha perfeita para agradecer a ele pela ajuda, ela só não contava que o seu "salvador" tinha sido o mesmo que causara a sua ira logo cedo.
Seu coração agora errara as batidas ela só não soube explicar se por surpresa, raiva ou se ainda por causa da situação vergonhosa que passara a poucos minutos atrás. Ficando momentaneamente perdida ela voltou a realidade ao sentir uma mão a tocá-la assustada, ela deu um passo para se afastar.
-Desculpe! – O rapaz falou ao ver que a assustou. – Sou Igor, eu estava junto com Alex na hora que a confusão aconteceu. -Maya franziu o cenho ainda tentando entender o que ele queria com aquilo. – Sua amiga pediu para que eu te avisasse que ela vai estar na tenda das almofadas ou algo do tipo, e para ver se você estava bem.
-Eu estou bem, só um pouco nervosa e com dor. Mas e Ana? Como está? Tudo aconteceu tão rápido que nem sei como os dois rapazes pararam no chão. – Maya declarou passando as mãos entre o cabelo e então soltando um "Outch!" devido a dor que sentiu em sua mão.
-Sua amiga está bem, só um pouco nervosa assim como você, como posso ver. Você falou que está com dor, por algum acaso Thiago a machucou? – Indagou novamente a fazendo franzir o cenho.
-Você... Você conhece esse troglodita? – Indagou levemente assustada.
-Sim, nós conhecemos. – A voz do rapaz atrás dela soou entre eles, fazendo-a se lembrar que ele ainda estava próximo a eles. – A menina está bem? – Ele continuou falando, mas direcionando sua pergunta ao rapaz que falava com ela, Igor se ela não se enganava.
-Sim, eu só vim ver se a moça aqui estava bem e se queria vir com a gente, vou acompanhar a amiga dela até a tenda, mas ela ainda parece meio assustada e reclamou de dor.
-Você se machucou? – Alex perguntou então finalmente direcionando o seu olhar a menina que havia ajudado, sem deixar de se surpreender. – Você!
Maya não conseguiu conter o impulso de revirar os olhos ao ouvir a frase tão clichê.
-Sim, sou eu senhor desastrado. E não, eu não me machuquei apenas dei um mal jeito na minha mão ao socar a fuça do que eu imagino ser o seu amigo ali no chão.
-Sim, eu o conheço, mas não diria que somos tão amigos assim. – Respondeu como se fosse obvio. – Vem eu vou arrumar alguma coisa para botar em sua mão.
-Eu vou lá ajudar a menina, você dá conta de tudo por aqui?
-Vai lá cara, se preocupa não daqui a pouco a polícia está chegando e depois que tudo se resolver por aqui, a gente te encontra lá.
-Está bom cara, até daqui a pouco. – Eles deram uma espécie de aperto de mãos de brothers e então se separaram.
-Sua mão está doendo muito? – Alex perguntou tentando pegar na mão, mas Maya recuou. – Não vou machucar você, só quero garantir que não quebrou ou deslocou nada.
-Se você tentar alguma coisa eu te soco igual fiz com seu amiguinho aí. – Respondeu antes de estender a mão em direção a ele.
Alex pegou em sua mão e sentiu ela estremecer, ele lançou um olhar para seu rosto não deixando passar a quão bela ela era, mas balançando a cabeça logo em seguida, como se isso fosse capaz de espantar esse pensamento. Voltando a examinar a mão a sua frente, mas sendo interrompido novamente, mas dessa vez pela polícia.
-Foi você que nos ligou? – O policial perguntou, fazendo com que Alex soltasse a mão de Maya e endireitasse sua postura.
-Sim, foi eu mesmo. É que esses dois indivíduos – apontou para o chão mostrando os dois rapazes ainda desacordados- arrumaram confusão na festa incomodando duas moças, e nós tivemos que intervir de uma forma não muito educada.
Alguns minutos depois os policiais já havia saindo carregando os meninos e a festa já estava a todo vapor como se nada tivesse acontecido.
-Vem comigo, agora eu vou cuidar da sua mão. – Alex falou um pouco mais alto para que Maya pudesse ouvir sua voz e então antes que pudesse falar algo sentiu quando ele buscou o seu braço a puxando entre a multidão.
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Verão inesquecível
ContoMaya é uma estudante de psicologia e completamente apaixonada pelas praias nordestinas, por isso novamente ela escolheu passar as férias lá. Ela só não contava que um banho de refrigerante tornaria as suas férias tão memorável. Era para ser apenas u...