Capítulo 6

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O seu coração batia tão forte que parecia um tambor dentro do seu peito, ainda meio atordoada ela se lembrou de Ana, olhando a sua volta rapidamente achou a amiga sendo amparada por um outro rapaz com o rosto tão assustado quando ela imagina que também estava, os dois rapazes que haviam chegado nelas estavam no chão, ela só não sabia como o outro havia ido parar ali também, a multidão a sua volta ainda as olhava, Maya se sentia como um bicho exótico em exposição.

O rapaz que havia a ajudado se levantou do chão com o telefone em mãos já discando algum número, ela queria agradecê-lo pela ajuda, mas ele parecia concentrado demais no telefone e em observar o homem ainda desacordado no chão. A multidão a sua volta aos poucos começava a se dissipar, e ela agradecia mentalmente ao céu por isso, quando a ligação enfim encerrou e rapaz guardou seu celular no bolso ela viu a brecha perfeita para agradecer a ele pela ajuda, ela só não contava que o seu "salvador" tinha sido o mesmo que causara a sua ira logo cedo.

Seu coração agora errara as batidas ela só não soube explicar se por surpresa, raiva ou se ainda por causa da situação vergonhosa que passara a poucos minutos atrás. Ficando momentaneamente perdida ela voltou a realidade ao sentir uma mão a tocá-la assustada, ela deu um passo para se afastar.

-Desculpe! – O rapaz falou ao ver que a assustou. – Sou Igor, eu estava junto com Alex na hora que a confusão aconteceu. -Maya franziu o cenho ainda tentando entender o que ele queria com aquilo. – Sua amiga pediu para que eu te avisasse que ela vai estar na tenda das almofadas ou algo do tipo, e para ver se você estava bem.

-Eu estou bem, só um pouco nervosa e com dor. Mas e Ana? Como está? Tudo aconteceu tão rápido que nem sei como os dois rapazes pararam no chão. – Maya declarou passando as mãos entre o cabelo e então soltando um "Outch!" devido a dor que sentiu em sua mão.

-Sua amiga está bem, só um pouco nervosa assim como você, como posso ver. Você falou que está com dor, por algum acaso Thiago a machucou? – Indagou novamente a fazendo franzir o cenho.

-Você... Você conhece esse troglodita? – Indagou levemente assustada.

-Sim, nós conhecemos. – A voz do rapaz atrás dela soou entre eles, fazendo-a se lembrar que ele ainda estava próximo a eles. – A menina está bem? – Ele continuou falando, mas direcionando sua pergunta ao rapaz que falava com ela, Igor se ela não se enganava.

-Sim, eu só vim ver se a moça aqui estava bem e se queria vir com a gente, vou acompanhar a amiga dela até a tenda, mas ela ainda parece meio assustada e reclamou de dor.

-Você se machucou? – Alex perguntou então finalmente direcionando o seu olhar a menina que havia ajudado, sem deixar de se surpreender. – Você!

Maya não conseguiu conter o impulso de revirar os olhos ao ouvir a frase tão clichê.

-Sim, sou eu senhor desastrado. E não, eu não me machuquei apenas dei um mal jeito na minha mão ao socar a fuça do que eu imagino ser o seu amigo ali no chão.

-Sim, eu o conheço, mas não diria que somos tão amigos assim. – Respondeu como se fosse obvio. – Vem eu vou arrumar alguma coisa para botar em sua mão.

-Eu vou lá ajudar a menina, você dá conta de tudo por aqui?

-Vai lá cara, se preocupa não daqui a pouco a polícia está chegando e depois que tudo se resolver por aqui, a gente te encontra lá.

-Está bom cara, até daqui a pouco. – Eles deram uma espécie de aperto de mãos de brothers e então se separaram.

-Sua mão está doendo muito? – Alex perguntou tentando pegar na mão, mas Maya recuou. – Não vou machucar você, só quero garantir que não quebrou ou deslocou nada.

-Se você tentar alguma coisa eu te soco igual fiz com seu amiguinho aí. – Respondeu antes de estender a mão em direção a ele.

Alex pegou em sua mão e sentiu ela estremecer, ele lançou um olhar para seu rosto não deixando passar a quão bela ela era, mas balançando a cabeça logo em seguida, como se isso fosse capaz de espantar esse pensamento. Voltando a examinar a mão a sua frente, mas sendo interrompido novamente, mas dessa vez pela polícia.

-Foi você que nos ligou? – O policial perguntou, fazendo com que Alex soltasse a mão de Maya e endireitasse sua postura.

-Sim, foi eu mesmo. É que esses dois indivíduos – apontou para o chão mostrando os dois rapazes ainda desacordados- arrumaram confusão na festa incomodando duas moças, e nós tivemos que intervir de uma forma não muito educada.

Alguns minutos depois os policiais já havia saindo carregando os meninos e a festa já estava a todo vapor como se nada tivesse acontecido.

-Vem comigo, agora eu vou cuidar da sua mão. – Alex falou um pouco mais alto para que Maya pudesse ouvir sua voz e então antes que pudesse falar algo sentiu quando ele buscou o seu braço a puxando entre a multidão.

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