Capítulo 14

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Que saudade que estou dela, queria mais um beijo agora. A minha mãe falou que quando a gente se apaixona tudo fica diferente, faz sentido. Por exemplo, a bagunça dela não é mais um incomodo pra mim, certo que eu arrumo, mas não me irrita mais.

Já passam das 23:00 horas e eu estou muito ansiosa pra vê-la novamente, será que já está vindo? Tem meia hora que estou deitada em sua cama sentindo seu cheiro. Tem um radinho de pilhas que eu nunca tinha visto no meio das suas coisas, música me deixa mais tranquila.

- Olá amigos ouvintes. Essa é a mais pedida da noite, prepara o coração.

Diz aí que horário cê pode
Deixa que o meu eu encaixo com o seu
E aí só me fala o lugar
Usa esse meu sentimento pra você me usar
Aproveita minha boca livre pra você treinar

Pode dar chupão no meu pescoço
Disfarço com maquiagem
Eu te dou o mapa do meu corpo
Pode explorar a vontade
O que você quiser tá valendo
Aceito ser o seu experimento

Enquanto você não apaixona em alguém
Vai ficando comigo que cê vai se dar bem
Aproveita meu beijo que assim
Cê não passa vontade
Vai usando meu corpo pra fazer teste driver.

A letra dessa música não é de fácil compreenção pra mim, mas me parece que a moça aceita qualquer condição para ter a pessoa amada satisfazendo seus desejos. Quanto mais eu tento entender sobre relacionamentos amorosos, menos lógica eu encontro. Ela fala que quer ser só um teste driver, eu não sei como isso se aplica em um romance, mas sei que não quero.

Não compreendo ainda os meus sentimentos, mas tenho certeza do que quero e eu quero ela só pra mim. Não vou aceitar que ela namore também a Verônica, se bem que ela disse que não namoravam, só faziam sexo, mas eu posso fazer com ela, embora me assuste.

Eu acredito que ela ficaria muito feliz se a gente fizesse sexo, sempre faz questão de deixar claro o quanto precisa transar. Se é uma necessidade, eu não vejo nenhuma objeção em ajudar, afinal quando precisei ela me foi de grande ajuda.

Não sei o porquê dessa demora toda, ela me prometeu que chegaria cedo. Vou deitar em minha cama, estou com sono, e ela já deve está vindo.

- Bom dia, princesa.

- Bom dia, você não cumpriu sua promessa ontem.

- Desculpa, tive um contra tempo.

- De que tipo?

- Só um contra tempo princesa, nada de mais.

- Deve ter sido algo importante, pra você quebrar sua promessa.

- E foi

- Saiu como uma garota?

- Você tem que deixar de ser tão curiosa

- Me responde.

- Sim, Brunna. Eu saí com uma garota, pronto?

- Você falou que não iria sair com ninguém, que só iria a boate, por que mentiu?

- Eu não menti, fui até a boate e lá encontrei uma antiga amiga.

- Vocês transaram?

- Já falei que não se pergunta isso.

- Só responde, Ludmilla.

- Sim, transamos. Não vejo o menor sentido nessa conversa.

Meus olhos encheram de lágrimas e uma raiva anormal tomou posse de mim.

- Você é uma mentirosa.

Corri para o banheiro, já com o rosto repleto de lágrimas, bati a porta com força já tirando as roupas e ligando o chuveiro. O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO? COMO ISSO PODE ESTÁ DOENDO TANTO?

- Deus, se você existe como a minha mãe fala tanto, tira isso de mim, por favor, por favor, por favor, por favor.

Chorei como uma criança que sente saudades da mãe, aquela dor no peito, todo aquele desconforto de tristeza que estava possuindo o meu ser me fez tomar uma decisão. Quer saber, eu não vou ficar aqui chorando, se é sexo que ela quer, vou dá isso agora a ela.

- Ludmilla?

- Ta mais calma?

- Sim

- Quer me explicar o que foi isso?

- Não, eu quero fazer outra coisa agora.

Me aproximei dela, que não desviou sequer um segundo o olhar do meu e deixei minha toalha cair. Ela ficou alguns segundos inerte, até começar a desviar a atenção dos meus olhos e passar a analisar o meu corpo mordendo o lábio inferior e balançando a cabeça em negação. E eu fiquei completamente parada esperando-a tomar a iniciativa e conduzir o ato sexual.

- Se veste, Brunna.

- Não, eu quero fazer sexo com você.

- Não, você não quer isso. Coloca uma roupa agora.

Andei em sua direção, acabando com o espaço que ainda existia entre nós, abracei o seu pescoço e sussurrei em seu ouvido.

- Eu quero

- Por favor, pequena. Não me faz perder o pouco de controle que tenho.

- Me beija

Falávamos em sussuros, mesmo não tendo perigo de alguém nos ouvir. Peguei suas mãos e as coloquei em minha cintura, olhei em seus olhos uma última vez antes de beijar seus lábios.

Ela me prendeu em seus braços, me prensando contra o seu corpo e eu pude sentir seu pênis ficando ereto, devorava a minha boca em um beijo envolvente, delicioso e lento. Estou presa a essas sensações, estou preste a me entregar para essa mulher de todas as formas que ela conseguir me envolver, algo me diz que não vou me arrepender.

Pode dar chupão no meu pescoço
Disfarço com maquiagem
Eu te dou o mapa do meu corpo
Pode explorar a vontade
O que você quiser tá valendo
Aceito ser o seu experimento.
🎶🎶



A colega de quarto.Onde histórias criam vida. Descubra agora