A colega de quarto.

Capítulo 62

- Brunna, abre a porta.

- Me deixa dormir Ludmilla, não to com saco.

- Amor pelo amor de Deus, vamos conversar, abre a porta.

- Agora você quer conversar?

- Eu não tinha como saber que você estava grávida.

- Isso só mostra o quanto você repara em mim, estou com três meses de gravidez, com quase todos os sintomas que tive antes e você nem desconfiou. 

- Desculpa, Bru. Poxa, você sabe que sou desatenta, eu prometo que vou tentar mudar isso, abre aqui.

- Não, amanhã a gente conversa, agora me deixe em paz.

Poxa, eu sou uma idiota mesmo. Agora a minha mulher não quer falar comigo e eu vou ter que dormir sozinha, sem um beijinho de boa noite e sem o cheiro dela.

- Não conseguiu se acertar com a Brunna, filha?

- Não mãe, ela ta muito chateada e grávida.

- Esperava uma comemoração e não brigas.

- Pera, você sabia mãe?

- Sim, fui eu quem a alertou semana passada. Percebi uma barriguinha, e ela sentiu muitos enjoos seguidos.

- E por que não me falou?

- Porque essa noticia quem tinha que te da era ela e não eu. Prometi que não iria interferir no casamento de vocês e vou cumprir.

- Aaa mãe, uma coisinha ou outra não tem problemas, eu agradeceria se você tivesse me contado numa boa, não da forma como fiquei sabendo.

- Meu amor você já é uma mulher feita, e uma ótima esposa, tenho certeza que vocês vão se acertar logo.

- Ótima esposa eu não sou, nem percebi que a minha mulher tava grávida.

A minha mãe se aproximou e me acolheu em seus braços, melhor sensação do mundo. Sinto o amor dessa mulher como se tivéssemos convivido a vida inteira juntinhas.

- Não se martirize por isso, é normal, nem mesmo nós mulheres que engravidamos percebemos as vezes.

- Eu fugia antes de relacionamentos porque eu queria ter varias mulheres, mas se eu soubesse que era tão difícil assim, teria fugido por isso.

- Tudo na vida tem seus dois lados, filha. Em todo relacionamento há discordâncias e brigas, mas é muito bom amar alguém e se sentir amada.

- Eu só queria fazer amor com ela e dormir agarradinha, mãe. To com saudades dela, eu juro que não fiz nada de errado, agora vou ter que dormir sozinha, nem sei mais se consigo.

- Bom, eu não gosto de me intrometer, mas vou ver se consigo convence-la a te ouvir hoje ou pelomenos te deixar dormir na cama de vocês. E seja qual for a vontade dela você vai respeitar, ok?

- Sério, mãe? Você faria isso por mim?!

- Claro, não vou suportar ver meu bebê chorando kkk

- Ei! Não to chorando, ta maluca dona Silvana?

Tomara que a minha mãe consiga convencer a Brunna, juro que fico quietinha na cama, só quero curtir a presença dela e do nosso bebê. Agora que a ficha ta caindo, EU VOU SER MÃE NOVAMENTE!!!

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BRUNNA

O que eu fiz? Por que expulsei ela assim do quarto sem motivos? Malditos hormônios exagerados, logo hoje que estou me sentindo carente, queria tanto um pouco de carinho, sem sexo, só carinho mesmo.