Capítulo 49

4.5K 312 81
                                    

- O que foi mãe?

- Demorou ein?

- Já estou aqui.

- Me diz uma coisa, qual quarto você acha que eu e seu pai devemos ficar?

- Me chamou pra perguntar isso?

- Claro!! A casa é sua, não quero me arrepender da escolha, mudar é cansativo.

- Não tô com cabeça pra escolher quarto mãe, vou voltar e tentar dormir um pouco. Ah mãe, eu não tenho mais 15 anos e também não sou solteira, não entra mais assim no meu quarto.

- Mas eu bati antes, vocês não responderam.

- Se não respondemos é porque estávamos ocupadas demais pra isso.

- Vai jogar na nossa cara que estava transando Brunna, não te eduquei assim.

- Estou com seis meses de gravidez, e ainda é uma novidade minha vida sexual pra vocês?

- Pois é, ainda Precisamos conversar sobre essa gravidez mocinha.

- Não vamos colocar tabus em questões simples e naturais pai.

- Não estava na hora de você engravidar, nem ao menos casou ainda.

- Iremos casar, só focamos primeiro na casa por causa do bebê.

- Mesmo assim, você é nova demais pra essas coisas, ainda tá vivendo uma paixaozinha de adolescente. Isso vai passar e você vai procurar uma pessoa que esteja a sua altura.

- Não é paixaozinha de adolescente, a Ludmilla é o amor da minha vida.

- Ela não está a sua altura, nem uma família ela tem, não sabemos nada sobre ela.

- Não vou admitir que nenhum de vocês falem coisas desse tipo aqui, não vou admitir ofensas a minha mulher.

- Veja só o que ela te tornou, você nunca falou grosso comigo.

- Me tornei um ser humano melhor e realizada, completamente satisfeita em vários aspectos e se vocês não concordam com meu relacionamento não faz sentido algum morar conosco.

- Está nos expulsando?

- Não, estou querendo dizer que se vão morar aqui precisam respeitar a Ludmilla e o nosso relacionamento.

Minha cabeça a essa altura já estava começando a incomodar, rumei em direção ao quarto.

A Ludmilla está deitada e nem se quer tocou na comida que levei. Minha presença está sendo ignorada, eu sei que ela está se segurando para não dizer as coisas que sua mente tem trabalhado.

Deitei tentando me acomodar em seus braços, sei que ela está chateada, mas estou com dor de cabeça e quero muito seus carinhos.

- O que foi?

- Minha cabeça está doendo.

- Dorme um pouco, vai ajudar.

- Amor, você está chateada comigo?

- Não quero conversar sobre isso agora.

É óbvio que a culpa é dos hormônios, fui tomada por uma vontade incontrolável de chorar e sem poder conter as lágrimas caí em prantos.

- Por que você está chorando, Brunna?

- Desculpa ter trazido eles pra cá, eu só estava com medo, não sei cuidar de uma criança, pensei que fosse uma boa idéia.

- Se você ficar chorando sua cabeça vai doer mais.

- Não me importo, não vai parar de doer de qualquer jeito.

A colega de quarto.Onde histórias criam vida. Descubra agora