Capítulo 12 - Incerto

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Minseok sabia que havia algo de errado com o Oh, sabia que ele não iria superar toda aquela situação e que muito menos tiraria Meilee ou Luhan dos pensamentos. Era por esse e outros motivos que ele estava na casa de Kyungsoo, com as duas mãos na caneca de porcelana enquanto esperava o chá esfriar. Pensava em como falaria com o amigo a respeito de toda aquela situação.

Ele surtou, surtou porque estava guardando aquela dúvida repleta de certeza, ele sabia que Meilee era uma farsa e não poderia se intrometer. Mas quando Sehun ligou para si, naquela noite, alegando que havia descoberto tudo e que precisava de ajuda, sabia que não poderia negar.

Sua ira veio com tudo, talvez seu surto tenha valido por dois já que Sehun não esboçava reação nenhuma, e ele tinha direito.

— Então? — Kyungsoo começou voltando a se sentar na mesa, fitando o amigo. A barriga de três meses fofa fazendo inveja, o outro Kim também desejava um filhote, mas com todo o estresse e o trabalho, era difícil entrar com aquele assunto com Jongdae.

— Eu... — fitou o liquido a sua frente, suspirando — Soo eu acho que temos que tomar alguma providência.

O outro arqueou uma das sobrancelhas, levou sua caneca aos lábios enquanto a outra mão ficou no ventre rechonchudo.

— Estou ouvindo.

Kyungsoo era a única pessoa que acreditava fielmente que Sehun deveria ter entrado em contato com Luhan, ao menos para saber se estava tudo bem e para colocar um ponto final na relação, isso se fosse esse o caso. Os lobos de ambos eram compatíveis, e eles se gostavam, o grávido se achava um louco por ser o único ao perceber aquilo.

— Diga logo, Minseok — soltou um sorriso de lado, provocando um amigo — Sei que quer correr atrás do Luhan para deixar o Sehun mais calmo. Se arrependeu, por acaso? — alfinetou.

— Não fale assim, sabe que ele cometeu um crime grave.

— E por acaso foram atrás para entendê-lo?

As palavras de Kyungsoo eram um tanto duras, mas ele tinha um fundo de razão. Ninguém iria fazer aquilo à toa, Luhan tinha seus motivos e ninguém ali se preocupou em ouvi-lo.

Minseok soltou outro suspiro, sentia-se um pouco culpado agora.

— E o que devemos fazer? — cortou o breve silêncio — Sabemos que foi tudo muito errado da parte dele, mas e se o Sehun precisa saber do lado do ômega para finalmente ficar em paz?

— Ou finalmente entrarem em um acordo e, talvez, voltarem a ficar juntos?

— Kyungsoo...? — resmungou.

— Você está impossível — soltou uma risada nasalada — Até parece que não é um ômega atado ao alfa que escolheu por compatibilidade. Você sabe o que acontece com ambos quando um afastamento assim acontece, não é tão simples fazer lobos interiores mudarem de ideia! — ele começava a ficar vermelho de impaciência. Minseok queria ser o cabeça dura daquela vez. — Você quer ou não quer ajudar o Hunnie? — perguntou mais uma vez, vendo o outro morder o lábio inferior.

— É claro que eu quero, mas também quero distância desse Luhan.

— Infelizmente isso não lhe diz respeito, Min. Apenas o Sehun e o seu lobo podem decidir algo e não podemos interferir.

Kyungsoo se levantou mais uma vez, pegando o chá intocado do amigo para levar a pouca louça suja até a pia.

— Se você deseja ajudar o Sehun, então podemos entrar em contato com o Luhan, na China — dizia ainda de costas — Como ele pegou três anos de pena ainda podemos usar a justiça como meio e justificativa para entrar em contato com ele. Quando a gente conseguir um telefone, podemos simplesmente ligar — deu de ombros — Uma vez em contato podemos saber como ele está e assim tentar associar a situação dele com a do Sehun, aqui.

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