Capitulo 8

51.8K 3.9K 1K
                                    

  Quando a limusine estacionou, desci sem muita demora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  Quando a limusine estacionou, desci sem muita demora. As portas do cassino se abriram e vários olhares cruzaram com o meu. Alguns assustados, outros surpresos. Em passos largos, fui para o elevador. Queria chegar o quanto antes na minha sala e eu via funcionários e clientes saírem do meu caminho.

Sentei em minha poltrona, tirei um charuto do terno, acendi e baforei, soltando a fumaça. Escutei batidas na porta e ordenei:

— Entrem.

Encarei os dois idiotas que se aproximavam da minha mesa. Estavam assustados, intimidados com a minha presença. Meros insetos, eu podia destruí-los facilmente. Controlei minha raiva, decidido a brincar com eles.

— Um viciado de merda invadiu o sistema do cassino, estão informados?

Eles olharam para mim, confusos. Os malditos não sabiam e isso só aumentava minha raiva. Pus minha arma sobre a mesa e eles olharam assustados para o objeto. Com a voz trêmula, um deles disse:

— Não recebemos nenhum aviso em nosso servidor.

— Hum! Interessante...

— Mas, nós vamos resolver isso, o quanto antes.

— Vocês têm dez minutos, depois do tempo estipulado, se não me trouxerem nenhuma informação, deem adeus a este mundo.

— Sim, senhor.

Quando saíram da minha sala, levantei-me da poltrona, fui até ao bar e me servi com um copo de uísque. Sempre gostei de causar medo em todos. Eu não tolerava erros em meus negócios, muito menos de quem trabalhava diretamente para mim. Bebi de um trago coloquei o copo no balcão. Voltei para a poltrona, afinal, o que me restava era esperar.

Fiquei observando as câmeras de segurança, vendo as pessoas jogar. Gosto desse negócio, nele me rendia muito dinheiro. Claro que não se compara com o dinheiro que ganho com a Bratva, mas quanto mais, melhor. Dentro do tempo estipulado, os imbecis reapareceram com um papel em mãos. Peguei o histórico do homem, Roberto Smith, empresário e atualmente desempregado, o único bem que possuía era sua modesta casa e eu sorri, sem humor. O barraco não pagaria metade do que ele me devia.

Observei o endereço, anotei e enviei para um de meus motoristas. Ordenei que alguns soldados se preparassem para uma viagem até Beverly Hills e, sem perder mais tempo, eu sai do cassino, querendo resolver aquela merda o quanto antes.

O veículo estacionou na frente da casa do infeliz. Sai do carro e avaliei. Andei, em passos largos, para a entrada e forcei a maçaneta mixuruca que se quebrou mais fácil do que eu esperava. Invadimos a casa e vi o desgraçado sentado em uma poltrona mais velha do que ele, comendo comida enlatada. Ele se assustou ao nos ver e se levantou da poltrona.

— Quem são vocês? — perguntou, assustado.

— Entregadores de pizza.

Avancei na direção do homem e agarrei seu pescoço. Encostei seu corpo na parede e o levantei do chão. Assustado e com falta de ar, ele segurou minha mão. Impossibilitado de respirar, ele se debatia, e eu via o desespero em seus olhos.

— Tentou invadir o servidor do cassino para apagar sua dívida? Já vi hacker melhores.

— Do que está falando? Eu não fiz nada — falou, sufocado.

— Não se faça de idiota seu verme. Acha que pode usufruir do meu cassino sem pagar? Ou paga em dinheiro ou com a vida.

— Eu pretendo pagar, eu vou pagar!

— Você é um fracassado, não tem nem onde cair morto.

— Eu tenho uma filha, ela trabalha, pode pagar a minha dívida.

— Vai jogar sua dívida nas costas da sua filha?

— Ela paga... — Roberto estava perdendo a consciência e eu o soltei, deixando-o cair no chão. Encarei os soldados e ordenei para alguns:

— Revistem a casa, podem pegar qualquer coisa de valor.

Subi os degraus procurando vestígios de outra pessoa na casa. Não queria que houvesse testemunhas quando o matasse. Andei até o último quarto, no fim do corredor, abri a porta e vi um quarto feminino. Entrei e me aproximei da penteadeira. Havia uma trilha de fotos, possivelmente da garota. Peguei uma fotografia em minhas mãos. A aparência da garota, com belos olhos azuis e o cabelo ruivo, me trouxe à tona algo que sempre lutei para esquecer. Observei aquele rosto com atenção. Ele possuía um rubor jovem e inocente e fico afeiçoado por tamanha beleza natural. Saí do quarto com a fotografia na mão e voltei para a sala.

— Essa é sua filha? — perguntei, estendendo a foto.

— Sim — ele confirmou.

— Que idade ela tem?

— 25 anos.

— Onde ela trabalha?

— Em um hospital em Los Angeles.

— Então, ela é médica?

— Sim. Eu sei que ela irá pagar a dívida.  

— Tem certeza? O valor é muito alto.

— Eu sei que pagará.

— Sua filha é muito bonita.

— Herdou a beleza da mãe, minha falecida esposa.

— Estou vendo maneiras de obter vantagens com essa dívida.

— Faça o que quiser, eu não ligo.

— Não se importa com a sua filha, Smith?

— Nem um pouco.

Cansado de suas palavras, agarrei sua camisa e o levantei do chão.

— Escute, a partir de hoje fará tudo conforme eu ordenar. Investigue mais sobre sua filha, quero saber dos passos dela.

— Para quê quer saber disso?

— Não te interessa! Apenas faça o que eu mandei.

Soltei o verme e acertei um golpe seu rosto. ele titubeou e caiu no chão, o golpe machucou seu rosto. Fiz sinais com as mãos e os soldados espalharam mini câmeras pela sala. Não queria que a garota percebesse nada. Deixamos o desgraçado na casa e fomos embora.

Na limusine, liguei o equipamento de monitoramento e, pelo iPad observei o miserável que, transtornado derrubava os móveis da casa. Sorrio, ele estava nervoso e isso era ótimo. Sempre gostei de desestabilizar meus oponentes. A garota se tornaria prostituta por culpa do pai. Ela era belíssima e, eu desfrutaria disso, até decidir seu destino final.

No hotel, tomei um banho e jantei. Deitado na cama, acessei às câmeras e observei a ruivinha limpar e arrumar a bagunça que seu pai tinha feito. Ela se mostrava cansada e exausta, provavelmente pelo dia de trabalho. Depois de terminar a faxina ela foi para a cozinha e vi o desgraçado sentar à mesa, com a mão no rosto. Ao servi-lo ela se assustou e tentou ajudar, mas ele iniciou uma discussão e acertou o rosto dela. Me surpreendi quando a vi jogar a comida sobre ele.

Ela foi para o quarto e, minutos depois, a vi sair de casa, carregando malas. Ela estava indo embora de casa e talvez isso fosse bastante vantajoso para mim. Eu tinha planos para ela e eles seriam deliciosos para mim.

 Eu tinha planos para ela e eles seriam deliciosos para mim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Curte e comenta

Aprisionada - Volume I. DISPONÍVEL NA AMAZON!Onde histórias criam vida. Descubra agora