Frio e implacável, Arthur Drummond, é líder de um império criminoso localizado na Rússia e conhecido como Bratva. Em uma de suas costumeiras viagens de negócios para Los Angeles, Arthur descobre que alguém o roubava. É durante o acerto de contas que...
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Meus dois melhores amigos me olharam chocados, como se eu tivesse falado algo impactante e impensável, mas, não consegui encontrar nada de errado em meu pensamento que justificasse esse olhar. Morei com um pesadelo desde que minha mãe morreu e era hora de buscar novas experiências, de viver a minha vida e, acima de tudo, morar sozinha. Viver em um lar só meu, onde faria o que quisesse, livremente e como quisesse. E o mais importante, teria paz.
— Mas, por quê?! — Gio questionou, com um olhar de indignação.
— Eu pensei que ia morar conosco. Já estávamos planejando reformar o quarto de hóspedes e deixar a seu gosto — falou Noah.
— Eu sei que as intenções de vocês são as melhores, mas não posso aproveitar da minha situação para morar na casa de vocês — me justifiquei, dizendo exatamente o que passava pela minha cabeça.
— Achei que queria morar conosco. Não precisa procurar outro lugar se a gente quer você aqui! Aqui também é sua casa — disse Gio, pousando a mão sobre a minha.
Comecei a ficar aflita, parecia até que eu estava sendo má educada quando me estendiam a mão, mas eu não podia aceitar. Noah ficou me avaliando por uns instantes e percebeu minha aflição, ele me conhecia muito bem e, em resposta ao meu silêncio, perguntou, com ternura.
— É isso que você realmente quer?
— Sim! — Respondi, sem demora.
— Mas, ruivinha... — Gio tentou me fazer mudar de ideia.
— Estou crescida e finalmente tive a coragem de sair daquele ambiente tóxico. Está na hora de morar sozinha, de ser mais independente do que já sou, entendem?
Eles perceberam meu olhar entristecido e os olhos cheios de lágrimas. Notaram que era minha escolha e que só isso importava, nesse momento. Por fim, sorriram com um olhar tristonho, mas me motivaram:
— Não podemos te convencer do contrário, então o que nos resta é respeitar e apoiar, não é Giovana? — Noah perguntou.
— Isso mesmo — confirmou Gio, com um pequeno sorriso.
— Obrigada por me entenderem, eu não sei o que seria de mim sem vocês.
— Eu também não sei — falou Noah, convincente.
— Bom, já que não podemos te fazer mudar de ideia, vamos te ajudar a encontrar um lugar legal.
— Vai com calma, loirinha. Meu orçamento é bem razoável, então procure algo simples.
— Nada disso! O apartamento será por minha conta — informou, entre sorrisos.
— Mas, ela é rica mesmo... — Noah brincou, com uma expressão engraçada.
— Milionária! — Gio o corrigiu — pois, além de ter meu próprio emprego sou herdeira de uma fortuna!
— Está bem, senhora milionária, vamos terminar de comer, antes que esse café da manhã esfrie.
