Capitulo 11

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  Com dificuldade, abri meus olhos, mas tudo estava embaçado

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  Com dificuldade, abri meus olhos, mas tudo estava embaçado. Apertei as pálpebras e as abri novamente. Encarei o local, mas não consegui ver direito, a luz fraca impossibilitava. Tentei mover meu corpo, mas percebi que estava amarrada em uma cadeira. Mesmo confusa, tentei me mexer, me soltar, mas era impossível. A corda apertava firmemente meus pulsos. Conforme meus olhos se acostumavam com a baixa luminosidade, comecei a perceber onde estava, parecia uma espécie de galpão ou armazém, como se eu estivesse em um filme de terror.

Ouvi gemidos de dor e procurando na penumbra, discerni meu pai, amarrado em uma parede, como um animal. Olhei para a cena, assustada. Ele estava em um estado deplorável e era de partir o coração. Ele levantou os olhos, me encarando e, em um tom de voz preocupado, falou:

— Que bom que acordou, filha.

Ainda confusa, o encarei. Eu não conseguia raciocinar direito. Tentei me lembrar do que tinha acontecido, mas minha mente era uma bagunça. Eu estava em um lugar estranho, amarrada, na presença de meu pai com o corpo machucado, era evidente que ele tinha sido torturado e isso me deixou ainda mais apavorada. Mas, mesmo cheia de pavor e medo, não deixei de me surpreender com uma coisa. 'Filha', ele disse e não escuto essa palavra vinda de seus lábios há muito tempo.

— Onde estamos? — Perguntei, ainda desorientada.

— Isso não importa. Me escute, tente se soltar, você precisa fugir dele.

Um arrepio percorre a espinha e minhas mãos suam. Aquelas palavras me deixaram paralisada. Meu coração acelerou, por causa de algum erro de meu pai, irei morrer.

— Fugir de quem?

— Eu tentei enganá-lo, ele descobriu e veio atrás de mim. Mas, isso não importa! Tente escapar.

— Eu não consigo — falei, aflita, tentando me libertar das cordas.

— Force mais, continue tentando.

Ouvi um barulho de porta se abrindo e tentei identificar a origem, mas não vi nada, não tinha luz o suficiente. Escutei passos se aproximando de nós. Eu estava tensa e assustada, meu coração queria fugir do peito. Conforme a figura se aproximou, vi a cor escura de seus sapatos. Subi os olhos por suas pernas, cobertas com uma calça social. Mãos fortes e grossas fechavam o botão do paletó. Era um homem elegantemente, com porte altivo e exalando poder.

Olhos azuis, sérios e sombrios, me encararam, o homem se aproximava da luz e eu podia vê-lo melhor. Ele tinha braços largos e fortes, o terno marcava seus músculos, e parecia claro que a peça fora feita sob medida.

Seu rosto parecia familiar, mas eu não conseguia lembrar de onde. Meu corpo ficou rígido, quando ele veio em minha direção. Parado em minha frente, o homem me avaliou intensamente e seus olhos me assustavam, parecia que eu estava na frente do próprio diabo. Meus lábios tremeram e tentei falar alguma coisa, mas nenhuma palavra ousava sair.

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