Capitulo 17

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Ariel Smith

  Meu subconsciente me pede para que eu permaneça no quarto, no entanto, me encorajo para sair do quarto. Dou um passo à frente, não continuarei mais nem um minuto nesse quarto, não morrerei de fome por causa dele. Não posso permitir que ele me intimide. Mesmo com minha alma rebelde, permaneci parada, em frente a porta, criando coragem para deixar o cômodo.

  Todas as dores que eu senti, a violência, cada gesto rude voltou como um raio na minha cabeça, lembrar do que ele fez comigo me deixa aflita, se o desobedecer, ele pode me punir. Mas o que ele pode fazer mais do que já faz? Então, com força suficiente, deixo o quarto. Ando pelos corredores até chegar nas escadas, estou faminta, estava próximo do meio dia e Matilde ainda não havia aparecido.

Será que ele está me testando? Até onde o obedeço? Não... Eu penso em voltar para o quarto, mas minha barriga ronca e começo a descer as escadas. Aquele homem é louco, um psicopata problemático, não existe remorso ou bondade em seu coração, o que ele fez comigo é uma prova viva.

  Cada degrau, sinto o meu coração palpitar forte, estou nervosa, com medo de que ele faça algo comigo. Uma revolta cresce dentro de mim, não morrerei de fome por um capricho daquele crápula demoníaco. No fim das escadas, olhei para os lados, me certifiquei que não havia ninguém, nenhum rastro de alma viva ou morta.

Comecei a andar com cautela, olhava para todos os lados da mansão, ela era imensamente bonita e ao mesmo tempo macabra. Cada cômodo era ricamente decorado, olhava para todo o recinto deslumbrado pelo luxo. Conforme eu admirava, tentava gravar o meu percurso para que não me perdesse facilmente.

Encontrei um corredor de várias portas, me aproximei de uma e abri, havia encontrado a cozinha, entrei no cômodo. Me deparei com Matilde, ela estava em frente ao fogão, estava preparando a refeição do dia. Quando se virou, se deparou comigo, ainda parada na porta de entrada.  Ela abriu um sorriso acolhedor, chamou-me:

— Senhorita, bom dia. Não fique parada aí, se aproxime.

Me aproximei com cautela, sentei-me em uma cadeira do balcão em que ela havia apontado.

— Bom dia, Matilde. — Respondi, dei um sorriso fraco.
— Que bom que saiu do quarto. Está com fome?
— Sim, foi meu motivo de ter saído de lá. — falei para ser sincera, ela me olhou com ternura.

— Eu pretendia levar seu café, mas o senhor me proibiu, disse que a senhorita desceria.

Eu vi o quanto ela sentia medo, constatei que sua crueldade não é apenas comigo.

— Esse homem é tão mal, Matilde. — falei, suspirando pelo desabafo.
— Sei que está sendo difícil, já que será a futura esposa do líder dos Bratva. — Ela falou, minha expressão de tristeza mudou para confusão.
— Futura esposa? — eu perguntei apavorada.
— Sim senhorita, a senhora casará com o líder da máfia russa. — Ela me explicou, vi em seus olhos também a confusão.

Sim, me lembro que ele disse que eu seria sua futura esposa, mas jamais farei isso. No entanto, ao ouvir sobre ele ser líder dos Bratva, fiquei confusa.

— Você poderia me explicar sobre essa Bratva? — perguntei a ela, tentando esconder o meu pavor.
— Não estou autorizada a falar nada sobre isso, senhorita. Me desculpe.
— Por favor, Matilde. Não contarei nada para ele. — Supliquei, ela suspirou e tomando a decisão, começou a me explicar:

— Os Bratva são membros de uma sociedade mafiosa, a máfia russa. É uma organização criminosa conhecida pelo mundo todo, e o sr. Drummond é o líder. — Com aquela explicação, fiquei mais apavorada.

— Ele me disse que era dono de um cassino em Los Angeles.

— Senhorita, o sr. Não é apenas um líder mafioso, ele também é empresário. Tem cassinos, hotéis de luxo para despistar a mídia e a polícia, com todo esse dinheiro e a fama que tem, não se compara com o que ganha na máfia.

— O que ele ganha?

— Respeito, poder. — respondeu, parecia estar com medo. — Com o poder que ele tem, consegue aliados dentro e fora do governo, da polícia.

Fiquei aflita com toda aquela revelação, ele era um homem altamente perigoso, pior do que eu pensava. Matilde percebendo a minha expressão de horror, pegou em minha mão e apertou com força, tentando me trazer conforto.

— Não se preocupe com isso, tudo bem?
— Impossível. — falei, engolindo em seco.
— Irei preparar o seu café. — Ela falou, iniciando a se movimentar pela cozinha.
— Não precisa, Matilde, posso preparar. — Seus movimentos pararam, ela me olhou assustada.
— Não, o sr. Drummond me informou que eu cuidaria de suas refeições.

  Suspirei entristecida, continuei sentada no mesmo lugar enquanto ela preparava o meu café. Me sentia uma boneca marionete, ele quem decidia como me moveria. Estava me sentindo controlada a todo momento.  Matilde não demorou para preparar o café, ela fez ovos mexidos, panquecas e bacon, um copo de suco e frutas frescas, eu comi com vontade, estava faminta. Terminando de comer, pensei em continuar ali com Matilde, ela era uma senhora muito simpática, estava com uma idade avançada, me falou que nasceu na organização.

— Eu sinto saudade dos meus amigos. — falei, deixando uma lágrima escapar dos meus olhos.
— Eu sinto muito, sei que está sendo difícil.
— Eu não entendo. Por que ele me escolheu para ser esposa dele? Eu não vou me casar com um homem como ele.
— É claro que vai.

O meu corpo ficou rígido ao ouvir sua voz, por um instante a minha alma abandonou o meu corpo. Olhei para Matilde, suplicando com os olhos, mas ela abaixou a cabeça assim que percebeu sua presença. Olhei para a porta, lá estava ele, frio e implacável. Arthur vestia um sobretudo preto, aquela cor combinava perfeitamente com ele, sombrio.

Seus braços cruzados na frente do corpo, marcava seus músculos no terno. Encarei seus olhos azuis, eles transmitem raiva, mas ao mesmo tempo desejo.

— Venha. — Ordenou para mim, estendendo a sua mão e esperando a escolha certa de lhe obedecer.

  Me aproximei dele com temor, ainda mais agora por saber quem de fato ele é. Sua mão fechou na minha como uma corrente pesada. Logo, me puxou para fora da cozinha. Eu queria permanecer na cozinha, ficar com Matilde, mas não importava o que eu queria. Arthur me levou para o seu escritório. Ele abriu a porta e me soltou em meio ao cômodo. Com a porta trancada, ele andou até uma mesinha posta com bebidas e copos de vidro em cima, se serviu em seguida.

  Ele bebeu sua bebida enquanto andava em direção a uma janela, ele olhava para o jardim, coberto de manto branco.

— Vem aqui!

  Iniciei meus passos para se aproximar dele, a cada passo, eu sentia que a qualquer momento o chão se abriria e eu seria puxada. Parei em sua frente, ele depositou seu copo em uma estante. Arthur voltou seus olhos para mim, um olhar intimidador, sinto medo, meu rosto e corpo queimava da maneira que ele me encarava.

Uma de suas mãos pegou uma mecha de cabelo, brincou entre os dedos e fez uma linha reta na frente do meu corpo, até chegar em meus seios. Ali, o seu toque contornou e apertou em seguida. Senti o seu toque, meu corpo queria se afastar dele, se afastar de suas mãos. No entanto, seu toque parou. Ela foi até o meu queixo e levantou meu rosto.

— Vamos a uma celebração esta noite. — Ele avisou, continuou a falar: — A empregada vai te ajudar a se vestir.
— Para onde vamos? — perguntei com receio.
— Logo saberá. — disse misterioso, suspirei irritada, sem perceber, falei com euforia.
— Não, eu quero saber agora!

Ele continuou com sua expressão inabalável, não sabia se aquilo me assustava ou me confortava. Para meu azar, Arthur agarrou meu queixo com força e fez-me olhá-lo dentro de seus olhos, os azuis de suas órbitas estavam escuros.

— Já disse, não, é uma palavra que eu não quero ouvir da sua boca!

Com isso, Arthur tomou os meus lábios com urgência. Seus lábios me esmagavam, colidiu com crueldade. Ele me puxou mais para o seu corpo, seus braços circularam em torno do meu corpo e me apertou, estava ficando sem ar, ele sabia disso, era como se não quisesse que eu saísse de sua posse. O beijo desesperado não esperava que eu correspondesse, lágrimas começaram a descer dos meus olhos, eu tento me afastar, mas era inútil, quanto mais eu me mexia, mais ele me apertava.

  Arthur tirou a minha roupa com urgência, não impedi ou ao menos protestei. Enquanto estava apenas de calcinha, ele continuava vestido com seu terno impecável. Sua mão grossa e áspera agarrou a peça delicada e arrancou do meu corpo com violência. Arthur me colocou em cima da sua mesa, já posicionado entre minhas pernas, ele abriu a fivela do seu cinto e pôs o seu pênis para fora.

— Arthur, por favor.
— Cala a boca.

Ele me fez deitar na mesa e sem mais, me penetrou fundo e forte. Gemi de dor, tentei empurrá-lo para ao menos ir devagar, no entanto, ele agarrou meu pulso e continuou se movimentando nada gentil. Eu o sentia bater no colo do útero, apertei os olhos apenas ansiando que ele terminasse.

— Olhe para mim. — Ordenou, sua voz rouca saiu ofegante.

Ouvia seus suspiros e gemidos, seus movimentos eram tão fortes que os objetos em cima da mesa foram ao chão. Olhei para ele, estava de bruços em cima de mim, seu olhar intenso penetrava a minha alma, parecia que ele queria arrancar toda a bondade que habitava em mim. Seu rosto é lindo, magnífico de corpo, mas a sua alma é podre, atitudes cruéis e horríveis.

— Fala que é minha, meu anjo, diz que eu sou o seu homem. — pediu com a voz ofegante, o rosto transfigurado de desejo.

Como eu diria aquela mentira? Eu não sou dele, ele não é o meu homem. Vê-lo naquele estado me deixa confusa, parecia estar vulnerável e fraco. Percebendo que não falaria, Arthur agarrou a raiz do meu cabelo e ordenou entre dentes:

— Fala!
— Eu sou sua, você é meu homem.

  Ele diminuiu o aperto e continuou a me estocar, a me penetrar com força, em busca do seu prazer. Parecia que ele me quebraria ao meio, a maneira que ele se lançava dentro de mim, nossos sexos se chocavam com ardor. Suas mãos soltaram meus pulsos e foram para os meus seios, ele me puxou e abocanhou meus seios, ele mordia o bico e chupava até deixá-los inchados.

Arthur retirou seu pênis da minha vagina e o colocou de uma vez, gritando, gemendo e ofegante de puro êxtase.

— Caralho! Princesa, menina gostosa! — eu senti o seu pênis latejar e gozar dentro de mim, ele me preencheu com seu líquido recém adquirido.

Enquanto recuperava o fôlego, Arthur encostou sua testa na minha e fechou os olhos, permaneci imóvel até que ele se movesse primeiro. Rapidamente ele se afastou e me ajudou a descer da mesa, com o resto da minha dignidade eu me vesti, exceto a calcinha, ela estava rasgada, não havia como usá-la novamente, então eu a coloquei no bolso do moletom.

  Arthur organizou suas calças, logo, tirou do seu terno um charuto e um isqueiro, ele acendeu, imediatamente o escritório ficou nublado de fumaça, percebendo o meu incômodo, soltou em meu rosto.

— Vá para o quarto, mais tarde a empregada te ajudará a se arrumar.

Eu nada disse, apenas queria sair dali. Antes que desse algum passo, ele agarrou meu braço e me fez olhá-lo, me puxou para um beijo demorado, ele nada foi gentil.

— Não faça nada que me aborreça, hã?! — encostou sua testa na minha.
— Sim. — Respondi, tentando manter firmeza.

Ele me soltou e eu caminhei rapidamente para fora do escritório, eu sentia seus olhos nas minhas costas, mas ignorei, rapidamente deixei aquele cômodo e voltei para o quarto.

Homem capetoso 😒<|>  /\

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