Prefácio

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Mikhail Kovarnov Drummond

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Mikhail Kovarnov Drummond

   No mundo sombrio, carregar um sobrenome importante não é uma tarefa fácil. Grandiosidade e poder abrem portas que somente um Drummond pode ultrapassar.

A organização Bratva iniciou-se no século 20, após a primeira guerra mundial, junto com a União Soviética. Garantir um poder de força maior não foi um trabalho fácil, meu pai e meu avô sempre desejaram possuir status e poder, mas, na época em que viviam, isso parecia impossível. Contudo, perceberam que o segredo estava na força e na mente, capazes de enxergar a imensidão de onde poderíamos chegar. Até aqui.

Fui educado e treinado especificamente para comandar uma organização criminosa, tudo cuidadosamente planejado por meus antecessores que prepararam o caminho para que eu liderasse a Bratva. Os treinos começaram assim que demonstrei interesse pela vida que me aguardava, pois eu já sabia o que queria: a porra do mundo todo. Comecei de baixo, treinando entre os soldados e servindo a meu pai, tudo para mostrar do que eu era capaz. Servi nas linhas de frente de batalhas entre máfias e em missões para engrandecer a organização, pois eu sabia que tudo isso, um dia, seria meu.

Assim que atingi a maioridade, comandei a organização da maneira que achei adequado. Construí empresas, hotéis de luxo e cassinos, qualquer coisa que multiplicasse meu poder e meu dinheiro. Para mim, tudo que conseguia era consequência de uma mente avançada e perspicaz, mas, mesmo assim, para aumentar meu território, seria obrigado a me casar e assim garantir que existisse um herdeiro.

Louise Roux era a escolha perfeita: herdeira de dois territórios, a máfia francesa e tailandesa, mas por ser mulher, não poderia assumir a máfia francesa. No entanto, casando-se comigo, eu dominaria tudo. Consegui negociar com seu pai e formar uma aliança. Não foi uma tarefa fácil, precisei ameaçar, articular e dificultar os negócios em seu território até chegarem perto de entrar em decadência e perder tudo o que conquistaram, mas por minha ajuda e clemência, aceitaram minha oferta, mesmo Louise sendo contra nossa união.

Louise era uma mulher muito bonita, uma ruiva admirável. Mas, por mais que fosse dona de toda beleza do mundo, eu odiava sua personalidade meiga e fraca de mulher comum. Sua docilidade e falta de coragem me causavam grande repulsa, pois eu sabia que isso iria afetar na educação da criança que ela estava esperando. Eu determinei os termos de nossa convivência, deixando clara a minha preferência e isso a apavorava, todo santo dia.

Andrei Kovarnov Drummond

  Quando Andrei Kovarnov nasceu, deixei que Louise ficasse com a criança por tempo integral, fornecendo o precioso leite materno que o tornaria forte e saudável. Mas, logo que o garoto começou a andar, me aproximei, passando a levá-lo para a Bratva. Queria que ele se acostumasse com meu estilo de vida, desde cedo. Louise tentava intervir, pois sabia quais eram minhas intenções, mas eu a colocava em seu lugar, sempre que necessário. Entretanto, mesmo sabendo que não podia me impedir, ela insistia. Por outro lado, eu não poderia me livrar dela, não por enquanto. Entre os termos do casamento, ficou estipulado que educaríamos a criança em conjunto, até que completasse cinco anos. A mulher abusava dessa cláusula e, por várias vezes, a flagrei ensinando coisas inúteis como compaixão e religiosidade. Ela sabia que isso custava caro, mas era teimosa e insistia.

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