Uma... Duas... Três batidas bruscas na porta, ainda não conseguiram derrubar o pequeno armário que afastamos para impedir a entrada de qualquer um.
- Não vai aguentar muito tempo. – falou Peter, me encarando visivelmente preocupado.
- Fique quieto. Apenas atire no primeiro que entrar.
Aquele banheiro era uma droga! A única janela para ventilação que tinha era pequena demais. Eu passaria tranquilamente com a grande ajuda da minha estatura, mas Peter era grande e estava fora de cogitação deixa-lo para trás.
Ouvimos mais uma forte batida na porta e enfim o armário cedeu, abrindo-a bruscamente. Peter atirou no primeiro que entrou e avancei com o punhal em mãos, rasgando a garganta do segundo. Mais tiros foram ecoando pelo banheiro e em pouco tempo, cerca de doze corpos estavam caídos e ensanguentados no chão do banheiro. Alguns perfurados por tiros e outros com as gargantas dilaceradas ou um grande buraco no crânio.
Peter estava parado analisando o estrago que fez. A primeira morte causada por você pode ser bem traumatizante.
- Eu não...
- Foi em legítima defesa. – falei puxando-o para fora e tomando a pistola de sua mão. – Não vai ser preso nem acusado de nada, são criminosos e estavam tentando matar você. – conclui, verificando a quantidade de munições que ainda tínhamos.
Pouca... precisávamos sair dali, e rápido.
Devolvi a arma para ele. Sua mira poderia não ser perfeita, mas era boa e confiável.
Procurei não dizer mais nada durante o resto do caminho. Já estávamos quase alcançando a porta quando Peter me puxou para a esquerda me prensando contra a parede com seu corpo.
- Mas o que... – comecei, tentando afastá-lo, mas ele se manteve no lugar e tapou minha boca com a mão livre.
Ele apontou com a cabeça uma dupla armada que acabara de dobrar no corredor vindo em nossa direção. Percebi que Peter nos escondeu atrás de uma coluna grande o bastante para nós dois.
A dupla passou por nós sem notar nossa presença, e suspirei quando sumiram no final do corredor.
- Obrigada. – Preste mais atenção se não quiser morrer.
Continuando o caminho, abri a porta esperando encontrar mais deles do lado de fora, mas estava deserto. Nem os alunos que fugiram estavam ali.
Analisei o estacionamento da parte de trás da escola por mais um tempo até voltar a correr, agora em direção ao carro estacionado não muito longe, mas lembrei que a chave ficara com Gael. Parei, procurando o celular no bolso e discando o número de Gael.
- Onde está? – perguntei assim que ele atendeu.
- No auditório. Fizeram alguns reféns, Gabriela. E adivinha? Querem a cabeça de um certo babaca. Estou tentando tirá-los daqui de dentro, e vocês?
- Já estamos no estacionamento, mas a chave está com você. Acho que vou pegar uma moto aqui e...
- Não! É perigoso soar alarme se você roubar. – falou com um tom apressado na voz.
- Mas é perigoso ficar aqui fora esperando, Gael. – retruquei, estranhando seu pedido. Ele nunca me pediria para esperá-lo.
- Gabriela, espere. Já saio! – dito isso, ele finalizou a chamada.
- O que vamos fazer?! – perguntou Peter, me encarando ansioso.
- Ele pediu para esperarmos... – parei de falar assim que percebi um grupo vindo em nossa direção pela entrada do colégio. Eles estavam vindo rápido demais, armados. – Mas que droga! – praguejei, já puxando Peter na direção contrária.
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Sou eu ou eles
ActionUma garota em uma missão com sua equipe completa e treinada só quer guerra com quem está lhe dando tanta dor de cabeça! Gabriela Bolton está totalmente focada em descobrir os motivos por trás de tantos sequestros de bebês em sua cidade. A cada resg...