Capítulo 1

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O sol brilhava naquela manhã, era um dia ensolarado e quieto. Os passarinhos passavam a percorrer pelo céu, as flores mais vivas do que nunca e o meu humor constantemente ficava mais alegre com dias assim.

Era estranho pensar que você nunca sabe ao certo como vai ser o amanhã. Eu não sei se quando eu acordar estará nevando, se estará um clima normal, ou se estará um sol reluzente, como por exemplo. O mais estranho é que passava disso, passava de apenas climas.

Constantemente eu lembrava de dois anos atrás, da dor, do choro, e dos sorrisos um dia antes. Era algo surreal de se acreditar que um dia você está no topo do mundo, e no outro você só quer não pertencer mais no mesmo. Você sente tudo desabar em frações de segundos, e não há nada que se possa fazer a não ser viver o outro dia como se fosse o último.

Esse era meu lema, eu colocava em cima de tudo todos os dias. Eu viveria minha vida como se fosse o último dia, até realmente ser.

Depois de minutos (ou horas), saio da janela imensa diretamente direcionada ao jardim, vulgo meu lugar preferido da casa.

Olho ao redor do meu quarto, as vezes eu me sinto imensamente grata por ter um lugar onde eu possa dormir, onde posso chamar de lar. A tristeza sempre vem quando lembro que nem todos tem essa honra.

— Venha filha, você já está atrasada! — disse minha mãe, após aparecer a metade de seu rosto na porta semi aberta.

Descendo as escadas, me deparo com o café da manhã já pronto e com Lili, minha cachorra, correndo pela cozinha animada ao finalmente me ver.

— Filha, você tem que parar de enrolar tanto todos os dias. Sempre nos atrasamos por isso.
— Eu sei mãe, e eu peço minhas sinceras desculpas. Mas realmente não posso controlar minha mente, é tipo, inevitável. Os pensamentos só aparecem.

Lá estava eu, enquanto me apressava para comer, dando minha outra desculpa de o porque não conseguir controlar a minha mente. Mas era a verdade, eu acho que desde criança sempre fui assim tão pensativa.

Os minutos se passavam e eu já estava nervosa. Não poderia perder logo a primeira aula. Não hoje, não no primeiro dia.
Assim que me despedi da minha mãe apressadamente, fui correndo pegar minha mochila para finalmente ir.

Como, graças a Deus, minha casa era muito perto da escola, eu sempre ia a pé. Isso nunca me incomodou, pelo contrário, eu amo andar por aí enquanto admiro tudo ao meu redor.

Eu passei a ver o mundo com mais alegria depois de tudo. Era como se antes eu só visse árvores secas me rodeando, mas hoje eu admiro-as e vejo o quanto cada folha seca pode ser imensamente linda.

Estava tudo bem, eu já estava chegando. E... olhe só... 6 minutos antes da aula começar! Como pensei que me atrasaria?

Novo ano, novas pessoas. Fique calma, vai dar tudo certo.

Passando pelo portão branco e enorme, eu via a multidão. Grupos de um lado, grupos de um outro. E mais uma vez, como todos os anos, eu chegava... sozinha.

Fui até um dos poucos bancos disponíveis, já que ocupavam todos. Faltava pouco, o sinal já iria tocar, não fique nervosa.

Meu deus, porque eu tinha que ser tão na minha? Por mais extrovertida que eu seja com pessoas que me conhecem, ao lado de "estranhos" eu era a típica garota quieta e solitária. Mas eu não me via assim, pelo menos não desse jeito como as vezes me olhavam.

*prim prim prim*
 
E lá vamos nós.

Corri apressadamente pelas as pessoas ao meu redor, mas tinha TANTA gente. Acho que eles nem ligavam que já tocou o sino, bom, se tiverem pelo menos ouvido, já que fofocar e falar mal de alguém deve ser tão prazeroso pra eles que nem se quer notavam o que passava ao redor deles.

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