Capítulo 7

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Eu não poderia demonstrar nervosismo ali. Seria um tanto quanto constrangedor.

— É melhor irmos juntos com eles também. — falei, simplesmente.

— Espera, podemos ficar um pouco afastados? queria conversar com você. — disse ele.

—É, hãn... claro. — por que ele queria falar comigo?

E então seguimos para a areia da praia, mas um pouco distantes de uma Alexia e de uma Sabrina brincando de jogar água uma nas outras, e de um Josh e um Blake conversando animados de algum assunto que eu não saberia do que se tratava.

Sentamos finalmente na macia areia.

— Bom, o que você queria falar exatamente comigo? — falei constrangida.

— Gostei do seu vestido.

Era isso?

— Oh, eu também gosto dele. — falei.

— Legal.

— Legal...

E um silenciou pousou entre nós.

Deitei na areia, para olhar para o céu. E então ele também deitou, mas olhou para mim.

— Quando nos encontramos na escola, eu vi algo em seus olhos. — disse Liam, finalmente despachando o silêncio entre nós.

— Eu disse que não me dou bem com primeiros dias de aula. — sorri constrangida.

— Não acho que seja só isso.

— Como assim? — e então sentei, mas continuei a falar. — Liam, tipo assim, não podemos fingir intimidade. Eu não te conheço direito, não é?

E então ele sentou também e me encarou.

— Então, vamos lá. Fale mais de você, eu quero te conhecer. Me mostre o seu mundo.

O encarei confusa, e então ele continuou a falar.

— Só por essa noite. Amanhã é apenas amanhã.

— O que você quer saber? — falei sem ainda entender muito bem aonde ao certo ele queria chegar.

Ah, sei lá. Talvez, música favorita?

— Depende muito. Acho que alguma que me faça ficar animada ao nascer do sol, ou alguma que... — mas não terminei, porque ele completou minha frase.

— ... me faça querer dançar a noite na chuva.

Sim — e então sorri, e ele retribuiu.

— Você sabe o por quê do seu nome? — perguntou ele, de repente.

— Na verdade sim, minha mãe me contou quando eu era pequena ainda. Ela amava olhar a lua com meu pai, todas as noites. E então gostou da possibilidade de eu ter esse nome. Disse que quando fossem mais velhos poderiam contar a história de amor deles para a sábia lua, como forma de "homenagem" para a mesma — respondi, com o olhar triste vagando em lembranças enterradas.

— É o que estamos fazendo, né? Olhando para a lua. Isso me deixa calmo.

Era exatamente isso que eu sentia.

Posso lhe perguntar uma coisa? — falei olhando para ele, depois de tirar os olhos do céu.

— Claro.

— Essa é a vida que você gosta? Ou o papel que gosta de interpretar? Não quero ser inconveniente, só sempre tive vontade de perguntar isso.

— Eu... Eu não entendi. — disse ele me olhando confuso.

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